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sábado, 19 de dezembro de 2015

Conselho Mundial de Igrejas: um Natal de Amor num momento crítico para a vida eclesial

Secretário geral Olav Fykse Tveit recorda o drama dos refugiados em todo o mundo


"Neste ano do Senhor de 2015, o número de refugiados e de pessoas deslocadas no mundo é maior do que nunca", afirma o secretário geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), rev. Olav Fykse Tveit, na mensagem de Natal em que recorda o drama mundial das pessoas forçadas a fugir das próprias terras.

São 59,5 milhões, de acordo com as estimativas mais recentes, um número impressionante e crescente  “de mulheres como Maria, de homens como José e de crianças como o Menino Jesus, em busca desesperada de um tecto sobre as suas cabeças”, escreveu Tveit no texto, reproduzido por L'Osservatore Romano.


Em seguida, ele lista as causas dessa dramática fuga em massa: "Guerras, injustiças, perseguições, doenças e outros desastres naturais, além das consequências das alterações climáticas. Essas causas precisam ser abordadas", diz o pastor, que visitou alguns refugiados em estruturas criadas por diferentes comunidades eclesiais. "Fiquei impressionado com a generosidade", diz ele, e com o esforço posto em prática para restaurar a dignidade daqueles que a perderam.


"Temos muito a oferecer uns aos outros", acrescenta o reverendo, "na compaixão, no amor e na esperança", porque "este é um momento crítico na vida da Igreja e da sociedade em geral, em todos os continentes".

A mensagem cita um comunicado divulgado por vários líderes religiosos da Europa sobre a recente emergência dos refugiados do continente, enfatizando que, "como cristãos, partilhamos a convicção de ver nos outros a imagem do próprio Cristo. Além disso, a experiência da migração é conhecida pela Igreja. A Sagrada Família também foi refugiada. A encarnação de nosso Senhor também cruza a fronteira entre o humano e o divino ".

Os representantes religiosos também sublinharam que, "como igrejas, temos a oportunidade de compartilhar mais plenamente a experiência em oferecer apoio espiritual e pastoral, cooperação ecuménica e inter-religiosa e construção de pontes entre as diferentes comunidades".


Neste período do ano cristão, "lembramos o grande amor demonstrado por Deus ao mundo com o dom de Jesus Cristo. E ouvimos novamente a história da fuga da sua família à procura de uma casa, de um lugar mais seguro. Lembramos também o ensinamento do Mestre, como registado em Mateus 25, 40: Em verdade vos digo que toda vez que o fizestes ao menor dos meus irmãos, a mim o fizestes".


"Neste momento de celebração da encarnação de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, honremos todos os dons que recebemos de Deus na Criação e respeitemos todos os membros da família humana".


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