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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Um ano após o anúncio das novas relações entre EUA e Cuba

Foi de grande importância o impulso dado pela Igreja e pelo Papa. Um facto publicamente agradecido por Barack Obama e Raul Castro


Nesta quinta-feira, 17 de Dezembro, faz um ano do anúncio simultâneo realizado pelo presidente dos EUA, Barack Obama e o presidente de Cuba, Raúl Castro, sobre a implementação de um processo para restaurar as relações diplomáticas e comerciais entre os seus respectivos países, congeladas desde 1961.

Desde então até agora, vários fatos marcaram este acontecimento no país caribenho: a reabertura de embaixadas oito meses depois, a visita do Papa Francisco à Ilha, o aperto de mãos entre Obama e Castro na VII Cúpula das Américas, seu esperado encontro na sede da ONU... Em suma, toda uma série de acontecimentos nos quais a Igreja e o Santo Padre tiveram um papel discreto, mas decisivo, e que foi reconhecido e agradecido publicamente por ambos mandatários.

A criação de uma comissão bilateral para resolver os assuntos económicos, sociais e culturais; a saúde global, o turismo e as viagens; o comércio; Internet e as comunicações e a segurança, formaram parte da agenda de negociações do último ano, conforme destacado pela Casa Branca numa Folha Informativa.

Mas, apesar desses progressos, ainda há muito a ser feito no âmbito do respeito dos direitos humanos. Por enquanto, só houve uma reunião de alto nível em Março, para resolver este problema espinhoso que afecta há mais de meio século o povo cubano. Por esta razão, - destaca o documento divulgado ontem pelo Gabinete do Secretário de Imprensa - Washington "continua criticando as violações dos direitos humanos e advogando pelo respeito à liberdade de expressão e de reunião pacífica”.

Os próximos passos não são fáceis, porque os dois lados divergem sobre onde colocar a ênfase na hora de liberalizar a sociedade e a economia do país caribenho. Para o regime cubano o importante é a liberação económica e para o Governo dos EUA é mais importante a liberação política.


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