“A fé em Jesus Cristo tornou São Pedro e São Paulo irmãos e o martírio os fez se tornarem uma só coisa”
Horizonte,
29 de Junho de 2015
(ZENIT.org)
Fabiano Farias de Medeiros
“A fé em Jesus Cristo tornou-os irmãos e o martírio os fez se
tornarem uma só coisa. São Pedro e São Paulo, tão diferentes entre eles
no plano humano, foram escolhidos pessoalmente pelo Senhor Jesus e
responderam ao chamado oferecendo suas vidas.” Ressaltou o Papa
Francisco na solenidade de São Pedro e São Paulo, padroeiros de Roma,
que é considerada uma das mais antigas da Tradição da Igreja.
Regista-se que no século IV já se tinha a tradição de, neste dia,
celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a
segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros; e a terceira nas
catacumbas de São Sebastião, na qual foram depositadas as relíquias dos
santos. É um dia de preceito para a Igreja Católica e neste dia o Papa
impõe aos arcebispos recém-ordenados o pálio. A Tradição também remonta
que a festa foi uma cristianização do culto pagão à Remo e Rómulo, tidos
pela mitologia como os fundadores de Roma.
São Pedro foi pescador e foi o apóstolo escolhido por Deus para que
sobre ele fosse fundada a Igreja: "Tu és Pedro e sobre esta pedra
fundarei a minha Igreja". Por este motivo recebeu o título de "Príncipe
dos Apóstolos" e sendo o primeiro Bispo de Roma, confirmou a primazia do
Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica. Foi martirizado
pela crucificação, a qual pediu para ser feita de cabeça para baixo,
pois não era digno de morrer como Jesus.
São Paulo, de perseguidor de cristãos, tornou-se o "Apóstolo dos
Gentios" e empreendeu diversas viagens apostólicas e missões em favor do
anúncio da Palavra de Deus. Escreveu diversas cartas, exortando,
ensinando e motivando as comunidades a permanecerem firmes na fé. Por
ser cidadão romano, foi condenado a uma chamada “morte nobre” pela
decapitação.
Sobre o sangue destes mártires foi edificada a Igreja que os
reconhece como colunas de nossa fé e princípio da universalidade,
caridade e unidade. Sobre isso falava Santo Irineu de Lião: “A Igreja
espalhada em todo o mundo conserva esta doutrina e esta fé com
diligência, formando quase uma única família: a mesma fé com uma só alma
e um só coração, a mesma pregação, ensinamento, tradição como se
tivesse uma só boca.”
(29 de Junho de 2015) © Innovative Media Inc.
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