O
documento coloca a ciência e o progresso ao lado da fé e da ética. Os
dados estão inteiramente de acordo com a melhor pesquisa atual
Roma,
18 de Junho de 2015
(ZENIT.org)
Sergio Mora
O professor Hans Joachim Shcellnhuber, do Instituto Potsdam para o
Impacto climático e investigação, tomou a palavra durante a apresentação
da encíclica, “a primeira encíclica que tem um powerpoint na na
apresentação", disse.
Acrescentou que o documento papal é inteiramente único porque colocas
duas vozes poderosas no mundo, de um lado a fé e de outro lado a
ciência.
Às vezes se diz, indicou o cientista, que “o clima mudou sempre nas
épocas, mas a mudança recente é muito diferente da dos milénios
anteriores”; e mostrando alguns gráficos mostrou, por exemplo, a
estabilidade dos últimos 11 mil anos, o que permitiu a agricultura,
entre outras coisas.
Disse que as mudanças climáticas dependem dos três fatores, da órbita
da Terra, às vezes diferente, em torno do Sol, as pequenas mudanças de
grau no seu eixo, o que causa alterações. E depois, o efeito estufa.
Também mostrou um gráfico com o resumo de milhares de dados sobre os
mares. Começou da revolução industrial na Inglaterra e na Europa, à qual
se acrescenta Estados Unidos, a assim o resto dos países, chegando à
China que em 20 anos coincide com o resto pelas emissões de carbono
Em seguida, mostrou a diferença de receitas e a relação de produção
de carbono relacionado com a riqueza. Os pobres contaminam pouco,
indicaram os gráficos, enquanto que o consumo dos países ricos
muitíssimo mais. Concluiu que para o final deste século se espera um
aquecimento de até 5-7 graus.
Tudo o que está na encíclica está de acordo com as provas científicas, disse o estudioso.
Foram apresentados também gráficos sobre a temperatura, que para o
final do século se calcula um aquecimento que somente se registou em milénios. E disse que o aquecimento global não será gradual, mas que
será rápido e irreversível.
Tem-se o consenso de que a temperatura pode subir dois graus,
recordou. E acrescentou: “Pensem na temperatura do corpo, e dois graus
já é febre, cinco a mais e a pessoa está morta. Indicou que “afetará as
selvas e perderemos as calotas polares". Considerou que estamos muito
além do ponto de retorno.
O aumento de um metro no nível do mar, se continuar assim,
produziria, por exemplo, os furacões. E enquanto 20 mil anos atrás
tínhamos 4 graus a menos, no final deste século poderão ser 5 ou 7 a
mais.
A encíclica traz duas grandes mensagens, concluiu o professor do
Santa Fe Institute for Complex Systems Research dos EUA: um é o da razão
e do progresso e outro o da ética, da fé e dos valores cristãos. Por
isso ao Cântico das Criaturas é adicionado a parte científica.
(18 de Junho de 2015) © Innovative Media Inc.
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