Em sua homilia na capela da Domus Santa
Marta, o Papa ofereceu uma catequese sobre a oração, que "não precisa
de muitas palavras", mas da "força do Espírito Santo"
Roma,
(ZENIT.org)
Federico Cenci
Foi uma catequese sobre a oração a homilia do Papa Francisco na
missa desta manhã em Santa Marta. A partir da passagem: "Na nossa
fraqueza nada podemos sem a tua ajuda", o Papa recordou que depois da
ferida do pecado original, todos nós somos "fracos" e "escorregamos nos
pecados”. Portanto, "não podemos dar um passo sem a ajuda do Senhor".
O orgulho pessoal, no entanto, pode ofuscar esta verdade. “Quem
acredita ser forte, quem crê que pode se arranjar sozinho é, no mínimo, ingénuo e, no final, acaba derrotado por tantas fraquezas que carrega
consigo”, afirmou o Santo Padre.
A consciência de tal fraqueza alarga o âmbito da fé. "Todos nós temos
fé - continuou ele - todos nós queremos avançar na vida cristã, mas se
não estamos conscientes da nossa fraqueza, acabaremos derrotados". Por
isso - disse o Papa – é bela a oração que diz: "Senhor, eu sei que na
minha fraqueza nada posso fazer sem a sua ajuda".
Ajuda que pedimos por meio da oração. Jesus "ensina a rezar" - disse o
Papa - mas não "como os pagãos", que achavam que eram "escutados com a
força da palavra". Então, Francisco ofereceu aos fiéis o exemplo de
Ana, mãe de Samuel, que pediu ao Senhor, orando em silêncio, a graça de
ter um filho. O sacerdote que estava ali, olhava aquela mulher
silenciosa e achando que ela estava bêbada a repreende.
"Reza-se assim diante do Senhor", disse o Papa. “Na oração –
continuou- como sabemos que Ele é bom, sabe tudo de nós e do que
precisamos, começamos a dizer a palavra 'Pai', que é uma palavra humana,
certamente, que nos dá vida, mas apenas em oração podemos pronuncia-la
com a força do Espírito Santo".
O convite de Francisco é, portanto, "rezar simplesmente assim",
confiar na "força do Espírito que reza em nós" e "com o coração aberto
na presença de Deus que é Pai e conhece, sabe do que nós precisamos
antes que façamos o pedido".
O Bispo de Roma, ao concluir a homilia, destacou a conclusão do
Evangelho de hoje, em que Jesus ensina seus discípulos que se eles não
perdoarem os males dos outros, tampouco o Pai perdoará as suas faltas.
"Nós só podemos rezar bem e chamar Deus de 'Pai' se o coração está em
paz com os outros, com os irmãos", comentou o Papa. Não há necessidade
de dizer: "Mas, Pai, essa pessoa me fez isso e aquilo... ", acrescentou
Francisco, pedindo: “Perdoe, perdoe como Ele lhe perdoará".
O exercício do perdão é uma fortaleza. "E assim - disse o Papa - a
fraqueza que temos, com a ajuda de Deus na oração, se torna fortaleza
porque o perdão é uma grande fortaleza. É preciso ser forte para
perdoar, mas essa força é uma graça que recebemos do Senhor, pois somos
fracos".
(18 de Junho de 2015) © Innovative Media Inc.
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