Na missa celebrada em Turim, Francisco
explica o amor que não desilude, reafirmando a proximidade, a paciência,
a esperança de quem nunca desiste, mesmo diante da infidelidade humana
Roma,
(ZENIT.org)
Staff Reporter
“A salvação pode entrar no coração se nos abrirmos à verdade e
reconhecermos os nossos erros, os nossos pecados; desta forma, fazemos
uma bela experiência daquele que veio, não para os sãos, mas para os
enfermos; não para os justos, mas para os pecadores.”
Foi o que disse o Papa Francisco durante a homilia pronunciada diante
de uma multidão de pessoas que se aglomerava na Piazza Vittorio, em
Turim, a maior praça da Europa.
Ele citou pelo menos três características do amor de Deus: é um amor fiel, que recria tudo, estável e seguro.
Um amor fiel que não desiste "mesmo diante da nossa infidelidade".
"Jesus - disse o Papa - permanece fiel, mesmo quando erramos e nos
espera para nos perdoar: Ele é o rosto do Pai misericordioso”.
De acordo com o Papa reconhecer as próprias limitações, as próprias
fraquezas “é a porta que abre ao perdão de Jesus, ao seu amor, que nos
renova em profundidade e nos recria".
Mas como reconhecer os sinais de que fomos "renovados"?
O Papa Francisco explicou que os sinais são vistos quando somos
capazes de reconhecer que “fomos despojados das vestes deterioradas e
velhas dos rancores e das inimizades, para sermos revestidos da túnica
limpa da mansidão, da benevolência, do serviço aos outros, da paz no
coração, daquela própria dos filhos de Deus".
A força do amor de Deus se revela quando chegamos ao ponto de dizer: "Eu não posso fazer mais".
O Papa alertou todos e especialmente os cristãos sobre o risco de
“deixar-nos paralisar pelo medo do futuro, buscando a certeza em coisas
que passam ou em modelos de uma sociedade obtusa, que tende mais a
excluir, que incluir”.
“O Senhor vai ao encontro do homem e lhe oferece a rocha do seu amor, à qual cada um pode ancorar, na certeza de não sucumbir”.
Falando sobre a região de Turim e Piemonte, Francisco recordou que
ali cresceram muitos santos e beatos, que acolheram o amor de Deus e o
difundiram pelo mundo: "santos livres e obstinados!”
O Papa pediu ao Senhor que nos ajude a "sermos sempre conscientes
deste amor ‘rochoso’, que nos torna capazes de não nos fechar, diante
das dificuldades, mas de enfrentar a vida com coragem e encarar o futuro
com esperança".
Por fim, o Santo Padre confiou todos, especialmente os irmãos e irmãs
que fogem das guerras e das perseguições em busca de paz e liberdade, à
Nossa Senhora Consoladora. “Que ela nos ajude a seguir o Senhor, a
sermos fiéis, a deixar-nos renovar, a permanecermos firmes no amor”.
(21 de Junho de 2015) © Innovative Media Inc.
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