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terça-feira, 23 de junho de 2015

São João Fisher

Com sua retidão, conhecimento e fé, São João Fisher defendeu e conservou a fé até o martírio

Horizonte, 22 de Junho de 2015 (ZENIT.org) Fabiano Farias de Medeiros

“Ele é o único homem neste tempo que é incomparável em retidão de vida, de aprendizagem e de grandeza de alma" narra a Tradição sobre João Fisher que nasceu na cidade de Yorkshire em Beverly, Inglaterra no ano 1469. Quarto filho do casal Robert Fisher e Agnes, o jovem desde cedo teve acesso aos melhores estudos. Perdeu o pai aos oito anos e aos quatorze anos já se destacava como aluno exemplar chegando a ser professor aos vinte anos.

Logo depois ingressou na Universidade de Cambridge, vindo a formar-se e doutorar-se em Teologia em poucos anos. Seu coração á medida que imergia no conhecimento, também aspirava aos dons celestiais e assim decidiu-se pelo sacerdócio. Por não ter idade canónica, viu-se impedido mas através de uma dispensa papal, o jovem ordenou-se no dia 17 de dezembro de 1491. Atuou como diretor, vice-reitor e reitor da Universidade de Cambridge. Foi nomeado vigário de Northallerton e posteriormente Bispo de Rochester. Devido a sua dedicação e zelo sua residência espiscopal era definida assim: “assemelha-se, pelas regras que observa, a um mosteiro, e pela ciência a uma Universidade”.

Sempre generoso e solícito aos pobres e peregrinos e de vigorosas alocuções e pregações João Fisher ficou conhecido por sua austeridade, sendo convidado a ser capelão e confessor pessoal da Condessa Margarida, mãe de Henrique VII. Com o advento da Reforma Protestante, João Fisher combateu com vigor o protestantismo através de sermões e documentos como o célebre “A Defesa dos Sete Sacramentos”. Em 1535, com o caso de divórcio de Henrique VIII e sua situação irregular com Ana Bolena, Fisher posicionou-se de forma contundente reafirmando a doutrina do matrimónio: "O matrimónio católico é indissolúvel e o divórcio não será possível para um matrimónio católico que não se tenha anulado".

João Fisher foi caluniado, preso e executado por decapitação no dia 22 de junho de 1535. Na mesma ocasião foi também decapitado seu amigo Tomás More. Foi beatificado em 29 de dezembro de 1886 pelo Papa Leão XIII e canonizado em 19 de maio de 1935 pelo Papa Pio XI.



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