Com sua retidão, conhecimento e fé, São João Fisher defendeu e conservou a fé até o martírio
Horizonte,
22 de Junho de 2015
(ZENIT.org)
Fabiano Farias de Medeiros
“Ele é o único homem neste tempo que é incomparável em retidão de
vida, de aprendizagem e de grandeza de alma" narra a Tradição sobre João
Fisher que nasceu na cidade de Yorkshire em Beverly, Inglaterra no ano
1469. Quarto filho do casal Robert Fisher e Agnes, o jovem desde cedo
teve acesso aos melhores estudos. Perdeu o pai aos oito anos e aos
quatorze anos já se destacava como aluno exemplar chegando a ser
professor aos vinte anos.
Logo depois ingressou na Universidade de Cambridge, vindo a formar-se
e doutorar-se em Teologia em poucos anos. Seu coração á medida que
imergia no conhecimento, também aspirava aos dons celestiais e assim
decidiu-se pelo sacerdócio. Por não ter idade canónica, viu-se impedido
mas através de uma dispensa papal, o jovem ordenou-se no dia 17 de
dezembro de 1491. Atuou como diretor, vice-reitor e reitor da
Universidade de Cambridge. Foi nomeado vigário de Northallerton e
posteriormente Bispo de Rochester. Devido a sua dedicação e zelo sua
residência espiscopal era definida assim: “assemelha-se, pelas regras
que observa, a um mosteiro, e pela ciência a uma Universidade”.
Sempre generoso e solícito aos pobres e peregrinos e de vigorosas
alocuções e pregações João Fisher ficou conhecido por sua austeridade,
sendo convidado a ser capelão e confessor pessoal da Condessa Margarida,
mãe de Henrique VII. Com o advento da Reforma Protestante, João Fisher
combateu com vigor o protestantismo através de sermões e documentos como
o célebre “A Defesa dos Sete Sacramentos”. Em 1535, com o caso de
divórcio de Henrique VIII e sua situação irregular com Ana Bolena,
Fisher posicionou-se de forma contundente reafirmando a doutrina do matrimónio: "O matrimónio católico é indissolúvel e o divórcio não será
possível para um matrimónio católico que não se tenha anulado".
João Fisher foi caluniado, preso e executado por decapitação no dia
22 de junho de 1535. Na mesma ocasião foi também decapitado seu amigo
Tomás More. Foi beatificado em 29 de dezembro de 1886 pelo Papa Leão
XIII e canonizado em 19 de maio de 1935 pelo Papa Pio XI.
(22 de Junho de 2015) © Innovative Media Inc.
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