Director da Sala de Imprensa da Santa Sé desmente suposta mensagem de Francisco ao cardeal Hummes sobre a questão
Roma, 31 de Dezembro de 2014 (Zenit.org)
O director da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico
Lombardi, foi perguntado pelo blogue italiano “Il Sismografo” sobre uma
suposta carta que o papa Francisco teria enviado ao cardeal brasileiro
Cláudio Hummes a respeito do celibato eclesiástico. Lombardi declarou:
"Posso afirmar que não existe nenhuma carta do papa ao cardeal Hummes
sobre esta matéria. É verdade, porém, que o papa convidou em mais de uma
ocasião os bispos brasileiros a buscarem e proporem com valentia as
soluções pastorais que eles julgarem adequadas para enfrentar os grandes
problemas pastorais do país".
Não é a primeira vez que acontece um episódio parecido. Na
audiência geral de 10 de Dezembro, o próprio pontífice disse que, ao
divulgarem notícias sobre o sínodo de Outubro, "os meios de comunicação
demonstravam um pouco do estilo das crónicas desportivas ou políticas:
falava-se com frequência de dois lados, pró e contra, conservadores e
progressistas". O Santo Padre explicou que "um sínodo não é um
parlamento em que diversos partidos ou grupos de poder debatem, mas sim
um contexto de comunhão, privilegiado e protegido, no qual o Espírito
Santo age".
O papa recordou também que "o documento de trabalho, fruto da
consulta feita a toda a Igreja, foi a base do primeiro relatório, prévio
ao diálogo fraterno realizado na sala sinodal, sem jamais serem postas
em dúvida as verdades fundamentais do sacramento do matrimónio: a
indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a abertura à vida. Em
seguida, os grupos linguísticos trabalharam a partir de um segundo
relatório, que recolhia as diversas opiniões manifestadas na sala. E,
com estas contribuições, foi elaborado um relatório final, que será
enviado às conferências episcopais de todo o mundo para que elas
preparem a próxima assembleia ordinária, em 2015".
Francisco encerrou a sua fala dizendo que "os documentos oficiais do
sínodo são três: a mensagem final, o relatório final e o discurso final
do papa. Não há outros".
(31 de Dezembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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