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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Padre Lombardi: não existe nenhuma carta do papa sobre o celibato

Director da Sala de Imprensa da Santa Sé desmente suposta mensagem de Francisco ao cardeal Hummes sobre a questão


Roma, 31 de Dezembro de 2014 (Zenit.org)


O director da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, foi perguntado pelo blogue italiano “Il Sismografo” sobre uma suposta carta que o papa Francisco teria enviado ao cardeal brasileiro Cláudio Hummes a respeito do celibato eclesiástico. Lombardi declarou: "Posso afirmar que não existe nenhuma carta do papa ao cardeal Hummes sobre esta matéria. É verdade, porém, que o papa convidou em mais de uma ocasião os bispos brasileiros a buscarem e proporem com valentia as soluções pastorais que eles julgarem adequadas para enfrentar os grandes problemas pastorais do país".

Não é a primeira vez que acontece um episódio parecido. Na audiência geral de 10 de Dezembro, o próprio pontífice disse que, ao divulgarem notícias sobre o sínodo de Outubro, "os meios de comunicação demonstravam um pouco do estilo das crónicas desportivas ou políticas: falava-se com frequência de dois lados, pró e contra, conservadores e progressistas". O Santo Padre explicou que "um sínodo não é um parlamento em que diversos partidos ou grupos de poder debatem, mas sim um contexto de comunhão, privilegiado e protegido, no qual o Espírito Santo age".

O papa recordou também que "o documento de trabalho, fruto da consulta feita a toda a Igreja, foi a base do primeiro relatório, prévio ao diálogo fraterno realizado na sala sinodal, sem jamais serem postas em dúvida as verdades fundamentais do sacramento do matrimónio: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a abertura à vida. Em seguida, os grupos linguísticos trabalharam a partir de um segundo relatório, que recolhia as diversas opiniões manifestadas na sala. E, com estas contribuições, foi elaborado um relatório final, que será enviado às conferências episcopais de todo o mundo para que elas preparem a próxima assembleia ordinária, em 2015".

Francisco encerrou a sua fala dizendo que "os documentos oficiais do sínodo são três: a mensagem final, o relatório final e o discurso final do papa. Não há outros".



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