O paciente, agora em quarentena em um hospital em Dallas, viajou via Bruxelas. Medo entre os outros passageiros, mas as autoridades de saúde garantem que não é necessário se alarmar
Roma, 02 de Outubro de 2014 (Zenit.org)
Primeiro caso de Ebola nos Estados Unidos. Trata-se de um
paciente adulto cuja identidade ainda não foi divulgada, internado no
dia 27 de setembro, no Texas Health Presbyterian Hospital, em
Dallas, depois de ter apresentado todos os sintomas da febre
hemorrágica. O homem chegou dia 20 de Setembro nos Estados Unidos vindo
da Libéria, um dos países da África Ocidental junto com a Guiné e Serra
Leoa mais atingidos pelo vírus. "Ele foi dos Estados Unidos visitar
alguns parentes que vivem naquele país", disse Thomas Frieden, do Centro
para o controle e prevenção da doença (Cdc), de Atlanta, a mais alta
autoridade de saúde nos Estados Unidos. Frieden insistiu para que não
fosse criado um alarmismo injustificado.
De acordo com a media americana, o paciente teria chegado a Dallas
no voo da Monróvia, capital da Libéria, para Bruxelas. De lá, ele pegou
outro avião para os Estados Unidos. Como afirmou o governador do Texas,
Rick Perry, o homem teve contacto com algumas crianças em idade escolar
que, por enquanto estão sendo monitorizadas pelas autoridades de saúde.
O paciente está agora em estado de quarentena no mesmo hospital que
em 26 de setembro, depois de ter passado pela sala de emergência com
sintoma de febre, foi "mandado para casa", conforme declarou à ANSA
Anthony Fauci, director do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas
(NIAID).
Enquanto isso, aumenta o medo do Ebola na América, especialmente
entre os passageiros que viajaram com o paciente. Mas parece que para
eles não há nenhum perigo - garantiram as autoridades de saúde – dado
que os sintomas do Ebola se desenvolveram 4 ou 5 dias após o retorno do
homem aos Estados Unidos.
"Não há dúvida de que a situação ficará sob controle e que a doença
não se espalhará nos Estados Unidos", salientaram os médicos, explicando
que a prioridade, neste momento, além de tratar o paciente em terapia
intensiva, é identificar todas as pessoas que tiveram contacto com ele
desde que ele chegou em solo americano, a partir da família.
Por enquanto não há casos suspeitos no Texas ou nos Estados Unidos.
Na verdade, de acordo com o CDC, o paciente de Dallas é o primeiro e
único caso diagnosticado no país.
Dentro do hospital onde o paciente está em isolamento, foram activados
todos os procedimentos de alerta máximo para impedir o risco de
contágio para outros pacientes, para os médico e profissionais da saúde,
voluntários e visitantes.
O CDC também lançou um vídeo intitulado "Salvar vidas, proteger as
pessoas", que fornece todas as informações para prevenir a transmissão. O
método utilizado pelos especialistas, definido "a chave para parar a
epidemia e salvar vidas", é chamado de "contact tracing", basicamente
uma caça aos possíveis infectados para rastrear todos aqueles que entram
em contacto directo com um paciente infectado com Ebola.
Os médicos pedem ao paciente e seus familiares para listar todos
aqueles com quem interagiu, que serão procurados e colocados em
quarentena por 21 dias, a fim de verificar a presença de qualquer
sintoma do vírus. "Se um deles começa a mostrar sintomas da doença é
imediatamente isolado, monitorizado e tratado", explica o filme.
O processo - explica a Ansa - leva semanas, e deve ser repetido até
que não haja novos pacientes com sintomas. De acordo com os
especialistas, no entanto, o controle da temperatura corporal nos
aeroportos não é capaz de produzir resultados satisfatórios, pois o
período de incubação do vírus Ebola é de 2 dias, mas pode chegar a 20
para que os sintomas se manifestem.
Até mesmo o presidente Barack Obama foi informado sobre o caso do
Texas pelo Director do Centro, Tom Frieden. Os dois – anunciou a Casa
Branca – “falaram sobre os rigorosos procedimentos de isolamento em que o
paciente está sendo atendido e os esforços para rastrear os contactos do
paciente e minimizar os riscos de novos casos".
Se nos Estados Unidos parece não haver perigo, em países como a
Libéria, Guiné e Serra Leoa a emergência está no nível mais alto por
causa do vírus que já matou mais de 3.000 pessoas e infectou milhares de
pessoas. Outros focos também foram identificados na Nigéria e no Congo.
(02 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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