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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Primeiro caso de Ebola nos Estados Unidos

O paciente, agora em quarentena em um hospital em Dallas, viajou via Bruxelas. Medo entre os outros passageiros, mas as autoridades de saúde garantem que não é necessário se alarmar


Roma, 02 de Outubro de 2014 (Zenit.org)


Primeiro caso de Ebola nos Estados Unidos. Trata-se de um paciente adulto cuja identidade ainda não foi divulgada, internado no dia 27 de setembro, no Texas Health Presbyterian Hospital, em Dallas, depois de ter apresentado todos os sintomas da febre hemorrágica. O homem chegou dia 20 de Setembro nos Estados Unidos vindo da Libéria, um dos países da África Ocidental junto com a Guiné e Serra Leoa mais atingidos pelo vírus. "Ele foi dos Estados Unidos visitar alguns parentes que vivem naquele país", disse Thomas Frieden, do Centro para o controle e prevenção da doença (Cdc), de Atlanta, a mais alta autoridade de saúde nos Estados Unidos. Frieden insistiu para que não fosse criado um alarmismo injustificado.

De acordo com a media americana, o paciente teria chegado a Dallas no voo da Monróvia, capital da Libéria, para Bruxelas. De lá, ele pegou outro avião para os Estados Unidos. Como afirmou o governador do Texas, Rick Perry, o homem teve contacto com algumas crianças em idade escolar que, por enquanto estão sendo monitorizadas pelas autoridades de saúde.

O paciente está agora em estado de quarentena no mesmo hospital que em 26 de setembro, depois de ter passado pela sala de emergência com sintoma de febre, foi "mandado para casa", conforme declarou à ANSA Anthony Fauci, director do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIAID).

Enquanto isso, aumenta o medo do Ebola na América, especialmente entre os passageiros que viajaram com o paciente. Mas parece que para eles não há nenhum perigo - garantiram as autoridades de saúde – dado que os sintomas do Ebola se desenvolveram 4 ou 5 dias após o retorno do homem aos Estados Unidos.

"Não há dúvida de que a situação ficará sob controle e que a doença não se espalhará nos Estados Unidos", salientaram os médicos, explicando que a prioridade, neste momento, além de tratar o paciente em terapia intensiva, é identificar todas as pessoas que tiveram contacto com ele desde que ele chegou em solo americano, a partir da família.

Por enquanto não há casos suspeitos no Texas ou nos Estados Unidos. Na verdade, de acordo com o CDC, o paciente de Dallas é o primeiro e único caso diagnosticado no país.

Dentro do hospital onde o paciente está em isolamento, foram activados todos os procedimentos de alerta máximo para impedir o risco de contágio para outros pacientes, para os médico e profissionais da saúde, voluntários e visitantes.

O CDC também lançou um vídeo intitulado "Salvar vidas, proteger as pessoas", que fornece todas as informações para prevenir a transmissão. O método utilizado pelos especialistas, definido "a chave para parar a epidemia e salvar vidas", é chamado de "contact tracing", basicamente uma caça aos possíveis infectados para rastrear todos aqueles que entram em contacto directo com um paciente infectado com Ebola.

Os médicos pedem ao paciente e seus familiares para listar todos aqueles com quem interagiu, que serão procurados e colocados em quarentena por 21 dias, a fim de verificar a presença de qualquer sintoma do vírus. "Se um deles começa a mostrar sintomas da doença é imediatamente isolado, monitorizado e tratado", explica o filme.

O processo - explica a Ansa - leva semanas, e deve ser repetido até que não haja novos pacientes com sintomas. De acordo com os especialistas, no entanto, o controle da temperatura corporal nos aeroportos não é capaz de produzir resultados satisfatórios, pois o período de incubação do vírus Ebola é de 2 dias, mas pode chegar a 20 para que os sintomas se manifestem.

Até mesmo o presidente Barack Obama foi informado sobre o caso do Texas pelo Director do Centro, Tom Frieden. Os dois – anunciou a Casa Branca – “falaram sobre os rigorosos procedimentos de isolamento em que o paciente está sendo atendido e os esforços para rastrear os contactos do paciente e minimizar os riscos de novos casos".

Se nos Estados Unidos parece não haver perigo, em países como a Libéria, Guiné e Serra Leoa a emergência está no nível mais alto por causa do vírus que já matou mais de 3.000 pessoas e infectou milhares de pessoas. Outros focos também foram identificados na Nigéria e no Congo.

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