O Population Research Institute denuncia que os Estados Unidos investem em controle demográfico contra a vontade das mulheres e ignorando os problemas reais
Roma, 15 de Abril de 2014 (Zenit.org)
Um país como a Tanzânia é ameaçado por muitos problemas, mas
a superpopulação não é um deles. O revela um estudo do Population
Research Institute, que demonstra como o Usaid (a agência federal dos
EUA responsável pela ajuda estrangeira) está adoptando uma política de
intervenção no país Africano totalmente alienada dos problemas reais.
O Population Research Institute denuncia que o Usaid gasta somente
20 centavos na nutrição para cada dólar gasto na contracepção, diante de
uns 16% de crianças menores de cinco anos na Tanzânia que estão abaixo
do peso. E ainda, no País, uma criança em nove morre antes do seu quinto
aniversário e uma mulher em vinte e três corre o risco de morrer
durante o parto; No entanto, a USAID (a controvérsia do Pri) gasta
apenas 36 centavos na saúde materna e infantil para cada dólar gasto em
contracepção. Além disso, destaca ainda o centro de pesquisa, num País
onde apenas o 12% da população tem acesso a instalações sanitárias
decentes, apenas 23 centavos são gastos pelos Estados-Unidos em matéria
de água e serviços de saneamento para cada dólar investido para o
controle da população.
"Talvez (lê-se numa passagem do artigo publicado pela Population
Research Institute) o Usaid poderia justificar estes gastos se o povo
da Tanzânia pedisse maiores intervenções para a contracepção. Mas não é
assim”. Num dos Países mais pobres do mundo (o PIB per capita é de
1.700 dólares por ano), não se entende o motivo de gastar tanto em
contracepção com relação ao que é gasto “para a saúde materna, a saúde
das crianças, a água, a higiene, a nutrição, e o cuidado das doenças”.
Especialmente, nota o Pri, as mulheres da Tanzânia demonstram que querem
continuar a colocar filhos no mundo, com uma taxa de fertilidade de 5,4
e com uma estatística que diz que pelo menos a metade das mulheres da
Tanzânia que já tem cinco filhos gostariam de ter mais ainda.
E destaca, além do mais, que mais de 50% das mulheres casadas e mais
de 60% das solteiras pararam de usar contraceptivos. Destas, apenas 1%
o fez pelos custos excessivos, enquanto que todas as outras pararam por
uma nova gravidez ou porque não gostavam da forma como o próprio corpo
reagia a estas medicinas. Portanto, diz o Population Research Institute,
que o 70% das mulheres da Tanzânia suspende o uso dos contraceptivos
pagos com as contribuições dos "contribuintes americanos desavisados".
Polemicamente, o Pri conclui dizendo que Barack Obama, “que se define
a si mesmo como um anti-imperialista”, estaria mais em sintonia com os
desejos do povo africano se decidisse investir para enviar ajudas
concretas, mais do que para defender políticas de controle populacional.
“Pelo contrário (escreve o Pri) ele até mesmo aumentou um
‘imperialismo reprodutivo’, gastando mais dinheiro do que jamais fora
gasto antes para incentivar o aborto, esterilização e contracepção entre
os africanos (além de que entre os asiáticos e entre os
latino-americanos)”. A próxima vez que quiser se desculpar de algo (sugere ao presidente dos Estados Unidos o centro de pesquisa) – que o
faça para as políticas de aborto, esterilização e contracepção para com
aqueles que estão chorando porque não têm água potável para beber,
comida, e cuidados médicos básicos”.
***
Fonte : http://pop.org/
[Trad.TS]
(15 de Abril de 2014) © Innovative Media Inc.
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