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quarta-feira, 16 de abril de 2014

A Tanzânia precisa de comida e não de contraceptivos

O Population Research Institute denuncia que os Estados Unidos investem em controle demográfico contra a vontade das mulheres e ignorando os problemas reais


Roma, 15 de Abril de 2014 (Zenit.org)


Um país como a Tanzânia é ameaçado por muitos problemas, mas a superpopulação não é um deles. O revela um estudo do Population Research Institute, que demonstra como o Usaid (a agência federal dos EUA responsável pela ajuda estrangeira) está adoptando uma política de intervenção no país Africano totalmente alienada dos problemas reais.

O Population Research Institute denuncia que o Usaid gasta somente 20 centavos na nutrição para cada dólar gasto na contracepção, diante de uns 16% de crianças menores de cinco anos na Tanzânia que estão abaixo do peso. E ainda, no País, uma criança em nove morre antes do seu quinto aniversário e uma mulher em vinte e três corre o risco de morrer durante o parto; No entanto, a USAID (a controvérsia do Pri) gasta apenas 36 centavos na saúde materna e infantil para cada dólar gasto em contracepção. Além disso, destaca ainda o centro de pesquisa, num País onde apenas o 12% da população tem acesso a instalações sanitárias decentes, apenas 23 centavos são gastos pelos Estados-Unidos em matéria de água e serviços de saneamento para cada dólar investido para o controle da população.

"Talvez (lê-se numa passagem do artigo publicado pela Population Research Institute) o Usaid poderia justificar estes gastos se o povo da Tanzânia pedisse maiores intervenções para a contracepção. Mas não é assim”. Num dos Países mais pobres do mundo (o PIB per capita é de 1.700 dólares por ano), não se entende o motivo de gastar tanto em contracepção com relação ao que é gasto “para a saúde materna, a saúde das crianças, a água, a higiene, a nutrição, e o cuidado das doenças”. Especialmente, nota o Pri, as mulheres da Tanzânia demonstram que querem continuar a colocar filhos no mundo, com uma taxa de fertilidade de 5,4 e com uma estatística que diz que pelo menos a metade das mulheres da Tanzânia que já tem cinco filhos gostariam de ter mais ainda.

E destaca, além do mais, que mais de 50% das mulheres casadas e mais de 60% ​​das solteiras pararam de usar contraceptivos. Destas, apenas 1% o fez pelos custos excessivos, enquanto que todas as outras pararam por uma nova gravidez ou porque não gostavam da forma como o próprio corpo reagia a estas medicinas. Portanto, diz o Population Research Institute, que o 70% das mulheres da Tanzânia suspende o uso dos contraceptivos pagos com as contribuições dos "contribuintes americanos desavisados".

Polemicamente, o Pri conclui dizendo que Barack Obama, “que se define a si mesmo como um anti-imperialista”, estaria mais em sintonia com os desejos do povo africano se decidisse investir para enviar ajudas concretas, mais do que para defender políticas de controle populacional. “Pelo contrário (escreve o Pri) ele até mesmo aumentou um ‘imperialismo reprodutivo’, gastando mais dinheiro do que jamais fora gasto antes para incentivar o aborto, esterilização e contracepção entre os africanos (além de que entre os asiáticos e entre os latino-americanos)”. A próxima vez que quiser se desculpar de algo (sugere ao presidente dos Estados Unidos o centro de pesquisa) – que o faça para as políticas de aborto, esterilização e contracepção para com aqueles que estão chorando porque não têm água potável para beber, comida, e cuidados médicos básicos”.

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[Trad.TS]

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