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domingo, 27 de abril de 2014

Novo anúncio pró-família: uma falsa oferta de trabalho escandaliza e emociona os candidatos

Reflexão sobre coisas das quais não nos damos conta 

O assombro vai crescendo à medida que os aspirantes
conhecem o que se enfrentam.
Actualizado 17 de Abril de 2014

ReL

As caras dos candidatos dizem tudo e não é necessário acrescentar muito mais (ver abaixo o vídeo): o que em princípio parecia uma oferta de trabalho normal, realizada mediante videoconferência, vai-se convertendo pouco a pouco na descrição de umas condições laborais inaceitáveis que provocam o assombro dos aspirantes.

Estas são as informações que progressivamente vamos conhecendo sobre o posto oferecido:

"Não é somente um trabalho, provavelmente é o trabalho mais importante".

"A sua denominação é Director de Operações".

"As responsabilidades e exigências são muito numerosas".

"A primeira é a mobilidade. Terás que estar de pé todo ou quase todo o tempo. Constantemente de pé, constantemente inclinado, constantemente rendendo ao máximo nível".

Os entrevistados perguntam pelas horas que ocupa o trabalho:

"Aproximadamente 135 horas semanais, basicamente 24 horas por dia, 7 dias por semana".


E um quer saber então se em algum momento se pode sentar ou parar para descansar: "Não, não há pausas".

"É legal?", pergunta uma rapariga. "Sim, por suposto". "E pode-se comer?". "Podes comer, mas quando o tiver feito o outro sócio".

"É muito intenso", diz um. "É uma loucura", diz outra. "É cruel", sintetiza uma terceira.

Logo vem os conhecimentos requeridos para exercer: "Capacidade de negociação e de relações interpessoais, e licenciatura em medicina e em economia e finanças, atenção constante, em ocasiões estar levantado com o outro sócio durante a noite, se tens uma vida própria tens que renunciar a ela... E em ocasiões como Natal, Dia de Acção de Graças, Ano Novo ou em férias, o trabalho não diminui, mas sim que aumenta".

"É uma loucura", "É inumano", "Não é saudável"... Alegam os candidatos.

E chegamos ao salário: há compensações, como "os vínculos que estabeleces ou o sentimento de ajudar o outro sócio", mas quanto ao salário... "Nada!". Não se cobra, o que já desata o assombro final dos candidatos.

Então o entrevistador afirma que há milhões de pessoas nesse posto e com essas condições. "Quem?", perguntam.

"As mães", responde, começando a revelar o sentido da brincadeira, previsível para quem vê o vídeo mas que, no contexto de uma entrevista de trabalho formal, não descobrem os aspirantes até que não o explicitam.

No final alguns deles dedicam, emocionados, umas palavras às suas respectivas mães: "Obrigada por tudo o que fizeste. És genial".

E de quem foi esta ideia? De uma empresa de cartões de parabéns, que a converteu na sua campanha para o Dia da Mãe. Dado o impacto do resultado (mais de dez milhões de visitas no Youtube), de certeza que lhes compensa.




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