Pedido do porta-voz do Vaticano, padre Lombardi, na conferência de imprensa com os dois postuladores
Roma, 22 de Abril de 2014 (Zenit.org)
Entramos na semana de preparação para a canonização de João
Paulo II e de João XXIII, que acontecerá neste próximo domingo, 27 de Abril.
Por esta razão, os postuladores da causa de canonização de ambos
papas, monsenhor Slawormir Oder de João Paulo II, e Fray Giovangiuseppe
Califano de João XXIII, realizaram hoje na sala de imprensa do Vaticano
uma conferência explicando alguns aspectos desses pontífices.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, enfatizou aos
jornalistas que diante de um evento tão importante é necessário “focar
fundamentalmente na santidade destes dois papas, e não somente em tantas
coisas bonitas e boas que realizaram”.
O porta-voz da diocese de Roma, o padre Walter Insero, disse que
nesta terça-feira à noite na catedral São João de Latrão, se realizará
“o primeiro encontro dedicado aos jovens, e preparado como tal”.
Confirmou que o evento contará com a presença do vigário geral da
diocese, o cardeal Agostino Vallini, terá uma liturgia da palavra com o
testemunho dos dois postuladores, sobre o tema “por que são santos”.
"Depois se terá – apontou Insero – uma catequese sobre as vocações que actualizará a mensagem destinada à vida dos jovens”.
Na conferência, o postulador de João XXIII, o padre Califano começou
recordando que depois da morte do Papa as pessoas perceberam a santidade
do mesmo, conseguindo “uma grande fama de santidade”.
Acrescentou que "graças aos diários da alma de João XXIII podemos
conhecer a sua santidade em todas as etapas da sua vida”. Entre elas,
“aos 23 anos o seu compromisso de fazer-se santo, apoiando-se em quatro
ponto: o espírito de união com Jesus; o recolhimento do coração; a
oração do santo terço; a vigilância nas próprias acções”.
O postulador franciscano lembrou também quando o ‘Papa Bom’ dizia:
“Todos me chamam Santo Padre; não possuo a santidade, mas os desejos de
possuir esta santidade estão vivos e determinados”.
Esclareceu também que ao ter que resumir a figura de tão grande santo
“pode-se destacar dois factores: o primeiro, o do pastor e pai”. Tais
conceitos, acrescentou o postulador, foram adicionados pelo Papa
Francisco quando recebeu há poucos dias no Vaticano os bispos da diocese
de Bérgamo.
Outro aspecto é a "cordialidade, mansidão e alegria, que desembocaram
na definição de ‘papa bom’”, destacou. E recordou, por exemplo, a
visita ao hospital pediátrico ‘Menino Jesus’ e à prisão romana ‘Regina
Coeli’. “Conseguiu assim entrar no coração das pessoas, e quando se fala
‘papa bom’ a lembrança é de João XXIII”, disse.
O outro ponto, disse o padre franciscano, é a "obediência e a paz",
duas palavras que “definiu como a sua história e a sua vida. A
obediência à inspiração ao Espírito Santo enfatizada também pelo Papa
Francisco ao receber os bispos de Bérgamo”. Concluiu recordando que o
Papa italiano teve que obedecer e deixar a sua própria terra para viver
em realidades muito difíceis. “A raiz da sua santidade foi a obediência
evangélica à voz do seu Senhor”, disse.
A causa começou em 1966, e graças a um pedido encabeçado pela diocese
natal do Papa, Bérgamo, enviou-se o pedido de canonização na
comemoração dos 50 anos da morte de João XXIII, em coincidência com os
50 anos do começo do Vaticano II e do Ano da Fé, indicou o postulador.
Foi também apresentada junto com a 'positio', concluiu o postulador,
um livro com a grande quantidade de graças obtidas pelos fieis devido à
intercessão de João XXIII, e indicou-se que o culto do Papa Bom
espalhou-se a muitas dioceses do mundo que lhe dedicaram vários
edifícios e actividades. E além da importância do Vaticano II na Igreja
de hoje, e em temas como a paz e o ecumenismo.
[Trad.TS]
(22 de Abril de 2014) © Innovative Media Inc.
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