Depois do ataque de Mario Vargas Llosa a Conferência Episcopal do Peru destaca que o escritor entra em temas que superam as suas competências
Roma, 22 de Abril de 2014 (Zenit.org)
O escritor peruano Mario Vargas Llosa pronunciou-se neste
domingo em um artigo publicado no jornal espanhol ‘El País’, em favor da
União civil entre homossexuais e criticou o comunicado da Conferência
Episcopal Peruana (CEP) sobre a questão chamando-o de "cavernoso e de
uma grosseira ignorância".
Diante do ataque, os bispos defenderam o seu direito de expressar
os ensinamentos da Igreja e de tratar temas que se referem à dignidade
da pessoa e ao seu fim último. Lamentaram além do mais a linguagem “com adjectivos desrespeitosos aos bispos do Peru” utilizado pelo Nobel da
literatura.
Não é a primeira vez que Vargas Llosa critica a algum bispo do seu país, como aconteceu no começo deste mês de Abril.
Em um comunicado datado desta terça-feira 22 de Abril e publicado no
site da Conferência Episcopal se indica: “Como pessoas e como peruanos,
os bispos do Peru temos o direito e a liberdade de expressar os
ensinamentos da Igreja aos nossos fieis e à opinião pública, com o
respeito que sempre tivemos; mais ainda quando os temas têm a ver com a
dignidade da pessoa e com o seu fim último que é a salvação, porque só
assim se constrói uma sociedade justa e pacífica”.
"Insultar e ofender - continua o comunicado – quem respeitosamente
manifesta a sua própria opinião, em um país onde há liberdade de
expressão, só porque não se está de acordo com as suas ideias, não
enobrece ninguém, menos ainda quando em ocasiões como esta, o Dr. Vargas
Llosa, se arroga o direito de guardião da consciência dos outros,
assunto que supera a sua competência”.
Os bispos recordam que “dialogar com respeito é democracia
verdadeira; a intolerância e o insulto fomentam a violência da qual já
suportamos abundantes demonstrações. Fomentar a paz com respeito mútuo e
liberdade é o que verdadeiramente faz uma pessoa nobre”.
E concluem seu comunicado indicando: “O Peru que amamos tem o direito
de ver fortalecida a sua institucionalidade, o transparente serviço à
verdade e a defesa da dignidade das pessoas.
[Trad.TS]
(22 de Abril de 2014) © Innovative Media Inc.
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