Pedro Sarubbi
Actualizado 13 de Abril de 2014
PortaLuz
Actualizado 13 de Abril de 2014
PortaLuz
Fotograma de La Pasión interpretada por Pedro Sarubbi no papel de Barrabás |
Pedro Sarubbi é um homem apaixonado e não temia os desafios na actuação. Sendo apenas um adolescente, fugiu da sua casa e uniu-se a uma companhia circense. Logo continuou percorrendo o mundo, crendo disse que “em algum lugar poderia encher aquele vazio espiritual” que o afligia.
Provou ingressando no Mosteiro de Shaolin na província de Henan (China) para formar-se em artes marciais. Não estava ali o que procurava. Percorreu então o Tibet, aferrado a um voto de silêncio auto-imposto, durante seis meses, para alcançar o anseio budista da Iluminação. Mas a sua angústia existencial continuava, inamovível, apesar dos seus esforços.
Praticou meditação na Índia e (quase à beira do esgotamento) permaneceu mais tarde na Amazónia brasileira…, onde aprendeu a falar português. Em paralelo, entre viagem e viagem, continuava a sua carreira como actor…
Tinha-a começado aos 18 anos trabalhando em obras de teatro, comerciais e cinema italiano independente. Especializou-se na comédia, mas sempre sentia uma leve sensação de fracasso, pois o seu anseio era dirigir. “Sentia-me um tigre de Bengala encerrado numa jaula de circo preparado para o show”, reconhece.
Hollywood, pareceu sorrir-lhe quando teve um papel secundário na película “A mandolina do Capitão Corelli” (2001), mas o seu minuto de glória não aparecia nem o vazio existencial o abandonava.
Identificando-se com Barrabás
Meses depois daquela película conta que “um dia soou o telefone com a oferta para colaborar numa película de Mel Gibson. Sempre nas películas anteriores tinha desempenhado papéis obscuros, assim que pensei que esta seria outra película de acção”. Mas o filme narraria a paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Estava surpreendido. “Nunca imaginei que eu podia actuar numa película sobre a paixão de Cristo, porque nesse tempo estava muito longe da igreja”, recorda.
Desejava encarnar o apóstolo Pedro e não ocultou a sua decepção quando Mel Gibson lhe comentou que o procurava para interpretar Barrabás... “A verdade é que desejava actuar como o apóstolo Pedro não por algo espiritual, mas sim porque pagavam melhor pelo dia trabalhado e Barrabás aparecia muito pouco tempo. Então argumentei que eu era uma pessoa famosa e não me podiam dar um papel pequeno”. Mas terminaria de Barrabás e algo mais finalizaria durante a rodagem, breve, mas fundamental para o resto da sua vida…
Poucos dias antes de rodar a cena, assinala, teve uma conversa com Mel Gibson, que quis dar-lhe mais detalhes do personagem: Que Barrabás não era simplesmente um bandido, que pertencia à casta dos ‘Zelotes’, comentou-lhe. Mas acrescentou um detalhe que calou profundo em Sarubbi… Barrabás, disse-lhe, esteve preso por anos, foi torturado e levado ao limite “começou a converter-se nessa besta, que não tem mais palavras. Ele expressa-se com o olhar. Por isso eu escolhi-te… Depois de investigar, tu pareces encarnar bem esse animal selvagem e, ao mesmo tempo, refugiar no fundo do coração o olhar do homem bom”, disse que sentenciou Gibson.
O olhar de Jesus
Em poucos dias estava no set, e por uns minutos ficou absorto contemplou o seu colega Jim Caviezel, que interpretava Jesus. Estavam a minutos de registar a cena na qual o povo perdoava a Barrabás e condenava o Messias… E de improviso Pedro Sarubbi e Barrabás, na alma do actor, eram só um. A cena avançava e ele já não actuava, vivia, vibrava os acontecimentos em todo o ser. Por fim os gritos da multidão tinham conseguido o seu anseio, ele, Barrabás, estava livre! Avançou baixando os lenços e o seu olhar cruzou-se com a ternura infinita dos olhos de Jesus… “Foi um grande impacto. Senti como se houvesse uma corrente eléctrica entre nós. Via o próprio Jesus”.
A partir daquele momento, o actor italiano, narra que tudo na sua vida mudou. Aquela paz, disse, que por anos tinha procurado em dezenas de viagens tinha visitado a sua alma. “Ao olhar-me, os seus olhos não tinham ódio nem ressentimento comigo, só misericórdia e amor”.
Esta fulminante conversão de Pedro Sarubbi que narra no seu livro “Da Barabba a Gesù - Convertito da uno sguardo” (De Barrabás a Jesus, convertido por um olhar) deu início a uma etapa da sua vida onde o dom da fé toca todo o âmbito da sua vida.
Ao finalizar, com uma pessoal exegese da história bíblica, explica a razão da sua gratidão com aquele personagem, Barrabás, que tinha resistido a encarnar… “É o homem que Jesus salvou de ser crucificado. É ele quem representa toda a humanidade”.
Provou ingressando no Mosteiro de Shaolin na província de Henan (China) para formar-se em artes marciais. Não estava ali o que procurava. Percorreu então o Tibet, aferrado a um voto de silêncio auto-imposto, durante seis meses, para alcançar o anseio budista da Iluminação. Mas a sua angústia existencial continuava, inamovível, apesar dos seus esforços.
Praticou meditação na Índia e (quase à beira do esgotamento) permaneceu mais tarde na Amazónia brasileira…, onde aprendeu a falar português. Em paralelo, entre viagem e viagem, continuava a sua carreira como actor…
Tinha-a começado aos 18 anos trabalhando em obras de teatro, comerciais e cinema italiano independente. Especializou-se na comédia, mas sempre sentia uma leve sensação de fracasso, pois o seu anseio era dirigir. “Sentia-me um tigre de Bengala encerrado numa jaula de circo preparado para o show”, reconhece.
Hollywood, pareceu sorrir-lhe quando teve um papel secundário na película “A mandolina do Capitão Corelli” (2001), mas o seu minuto de glória não aparecia nem o vazio existencial o abandonava.
Identificando-se com Barrabás
Meses depois daquela película conta que “um dia soou o telefone com a oferta para colaborar numa película de Mel Gibson. Sempre nas películas anteriores tinha desempenhado papéis obscuros, assim que pensei que esta seria outra película de acção”. Mas o filme narraria a paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Estava surpreendido. “Nunca imaginei que eu podia actuar numa película sobre a paixão de Cristo, porque nesse tempo estava muito longe da igreja”, recorda.
Desejava encarnar o apóstolo Pedro e não ocultou a sua decepção quando Mel Gibson lhe comentou que o procurava para interpretar Barrabás... “A verdade é que desejava actuar como o apóstolo Pedro não por algo espiritual, mas sim porque pagavam melhor pelo dia trabalhado e Barrabás aparecia muito pouco tempo. Então argumentei que eu era uma pessoa famosa e não me podiam dar um papel pequeno”. Mas terminaria de Barrabás e algo mais finalizaria durante a rodagem, breve, mas fundamental para o resto da sua vida…
Poucos dias antes de rodar a cena, assinala, teve uma conversa com Mel Gibson, que quis dar-lhe mais detalhes do personagem: Que Barrabás não era simplesmente um bandido, que pertencia à casta dos ‘Zelotes’, comentou-lhe. Mas acrescentou um detalhe que calou profundo em Sarubbi… Barrabás, disse-lhe, esteve preso por anos, foi torturado e levado ao limite “começou a converter-se nessa besta, que não tem mais palavras. Ele expressa-se com o olhar. Por isso eu escolhi-te… Depois de investigar, tu pareces encarnar bem esse animal selvagem e, ao mesmo tempo, refugiar no fundo do coração o olhar do homem bom”, disse que sentenciou Gibson.
O olhar de Jesus
Em poucos dias estava no set, e por uns minutos ficou absorto contemplou o seu colega Jim Caviezel, que interpretava Jesus. Estavam a minutos de registar a cena na qual o povo perdoava a Barrabás e condenava o Messias… E de improviso Pedro Sarubbi e Barrabás, na alma do actor, eram só um. A cena avançava e ele já não actuava, vivia, vibrava os acontecimentos em todo o ser. Por fim os gritos da multidão tinham conseguido o seu anseio, ele, Barrabás, estava livre! Avançou baixando os lenços e o seu olhar cruzou-se com a ternura infinita dos olhos de Jesus… “Foi um grande impacto. Senti como se houvesse uma corrente eléctrica entre nós. Via o próprio Jesus”.
A partir daquele momento, o actor italiano, narra que tudo na sua vida mudou. Aquela paz, disse, que por anos tinha procurado em dezenas de viagens tinha visitado a sua alma. “Ao olhar-me, os seus olhos não tinham ódio nem ressentimento comigo, só misericórdia e amor”.
Esta fulminante conversão de Pedro Sarubbi que narra no seu livro “Da Barabba a Gesù - Convertito da uno sguardo” (De Barrabás a Jesus, convertido por um olhar) deu início a uma etapa da sua vida onde o dom da fé toca todo o âmbito da sua vida.
Ao finalizar, com uma pessoal exegese da história bíblica, explica a razão da sua gratidão com aquele personagem, Barrabás, que tinha resistido a encarnar… “É o homem que Jesus salvou de ser crucificado. É ele quem representa toda a humanidade”.
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