Cresceram felizes em adopção
Courtney e Josiah reivindicam o seu direito a existir. |
Actualizado 20 de Abril de 2014
C.L. / ReL
Até que se difundiu o surpreendente testemunho de Gianna Jessen, e logo na sua adaptação ao grande ecrã com a película October Baby, a realidade dos sobreviventes do aborto era praticamente desconhecida, apesar de existirem livros publicados sobre o tema.
Hoje já não é assim, e os milhares de vítimas, muitas delas com graves lesões subsequentes à agressão, associaram-se e fazem ouvir a sua voz.
Recentemente dois adolescentes fizeram-no, com uma peculiaridade comum: eram gémeos de um irmão que sim morreu no aborto.
Courtney: não davam nada pela sua vida
"O meu nome é Courtney e tenho 16 anos. Quando tinha 14 disseram-me que era adoptada. E também soube que havia muito mais na história da minha vida": assim se apresenta esta jovem, cujo feliz sorriso de hoje envolve umas origens trágicas.
"Sou sobrevivente de um aborto. A minha mãe abortou quando estava de 7 semanas", explica: "Cinco semanas depois foi ao médico para uma revisão, e descobriu-se que eu estava ali, na barriga. Ela não sabia que estava esperando gémeos quando foi abortar".
Desta vez a mãe de Courtney não quis fazer com ela o que tinha feito com o seu outro filho e procurou-lhe uma família de adopção. Mas em 19 de Junho de 1996, quando a gravidez só levava 27 semanas, a menina nasceu, quase sete-mesinho e com problemas de saúde. O pronóstico foi muito mau e não se pensava que fosse sobreviver muito depois do parto.
Fê-lo, sem dúvida, e depois de três meses de incubadora chegou pela primeira vez à sua casa, ainda que os médicos continuassem pensando que não passaria do Inverno. Padecia da rara enfermidade de Crohn com graves inflamações intestinais, uma hidronefrose direita com inchaço do rim e teve que submeter-se a quatro operações de pés.
Mas Courtney superou tudo isso, e desde Janeiro do ano passado começou a partilhar publicamente a sua história para ajudar aqueles que possam estar pensando abortar: "O aborto, se, é uma escolha", diz (choice [escolha, em inglês] é a mantra dos abortistas e o seu direito a decidir): "Uma escolha entre a vida e a morte de uma criança. Uma criança é um presente de Deus e nunca é um erro. Eu sou um milagre e creio que Deus me pôs aqui por muitas razões. Creio que duas delas são mudar vidas e ajudar aqueles que o necessitam".
C.L. / ReL
Até que se difundiu o surpreendente testemunho de Gianna Jessen, e logo na sua adaptação ao grande ecrã com a película October Baby, a realidade dos sobreviventes do aborto era praticamente desconhecida, apesar de existirem livros publicados sobre o tema.
Hoje já não é assim, e os milhares de vítimas, muitas delas com graves lesões subsequentes à agressão, associaram-se e fazem ouvir a sua voz.
Recentemente dois adolescentes fizeram-no, com uma peculiaridade comum: eram gémeos de um irmão que sim morreu no aborto.
Courtney: não davam nada pela sua vida
"O meu nome é Courtney e tenho 16 anos. Quando tinha 14 disseram-me que era adoptada. E também soube que havia muito mais na história da minha vida": assim se apresenta esta jovem, cujo feliz sorriso de hoje envolve umas origens trágicas.
"Sou sobrevivente de um aborto. A minha mãe abortou quando estava de 7 semanas", explica: "Cinco semanas depois foi ao médico para uma revisão, e descobriu-se que eu estava ali, na barriga. Ela não sabia que estava esperando gémeos quando foi abortar".
Desta vez a mãe de Courtney não quis fazer com ela o que tinha feito com o seu outro filho e procurou-lhe uma família de adopção. Mas em 19 de Junho de 1996, quando a gravidez só levava 27 semanas, a menina nasceu, quase sete-mesinho e com problemas de saúde. O pronóstico foi muito mau e não se pensava que fosse sobreviver muito depois do parto.
Fê-lo, sem dúvida, e depois de três meses de incubadora chegou pela primeira vez à sua casa, ainda que os médicos continuassem pensando que não passaria do Inverno. Padecia da rara enfermidade de Crohn com graves inflamações intestinais, uma hidronefrose direita com inchaço do rim e teve que submeter-se a quatro operações de pés.
Mas Courtney superou tudo isso, e desde Janeiro do ano passado começou a partilhar publicamente a sua história para ajudar aqueles que possam estar pensando abortar: "O aborto, se, é uma escolha", diz (choice [escolha, em inglês] é a mantra dos abortistas e o seu direito a decidir): "Uma escolha entre a vida e a morte de uma criança. Uma criança é um presente de Deus e nunca é um erro. Eu sou um milagre e creio que Deus me pôs aqui por muitas razões. Creio que duas delas são mudar vidas e ajudar aqueles que o necessitam".
Josiah, ferido no aborto do seu gémeo
A história de Josiah Presley, de 15 anos, guarda muitos pontos em comum. A sua mãe foi abortar na Coreia do Sul quando estava de dois meses. Ao cabo de um tempo, deu-se conta de que levava uma criança dentro, gémeo do anterior, e como a mãe de Courtney não quis dar-lhe o mesmo destino. Quando nasceu os médicos comprovaram que tinha o braço esquerdo deformado como consequência do aborto sobre o seu irmão. Já tinha um destino numa família norte-americana de adopção, e assim começou a viver nos Estados Unidos.
Assim tem clara a resposta à pergunta do que se passaria se nascessem as crianças que agora são abortadas: "Creiam-me, adoptá-las-iam. A minha família de adopção tem doze filhos, dez dos quais são adoptados! Assim que, sim, os adoptariam, ainda que, claro para isso teríamos que deixar de financiar abortos e dedicar esse dinheiro a favorecer a adopção, embaratecendo-a: há muitos que adoptariam se pudessem fazer frente aos gastos".
Para Josiah não há que distinguir entre as pessoas nascidas e as não nascidas: "Que diferença aos não nascidos de nós, salvo o facto de que são inocentes e não podem defender-se contra esses grandes abusos (bullies) do aborto que querem matá-los?".
E para aqueles que crêem que o que cresce no seio materno não é um ser humano que mereça protecção, tem uma resposta muito evidente: "Essa é a forma de pensar que quase acabou com a minha vida há quinze anos".
A história de Josiah Presley, de 15 anos, guarda muitos pontos em comum. A sua mãe foi abortar na Coreia do Sul quando estava de dois meses. Ao cabo de um tempo, deu-se conta de que levava uma criança dentro, gémeo do anterior, e como a mãe de Courtney não quis dar-lhe o mesmo destino. Quando nasceu os médicos comprovaram que tinha o braço esquerdo deformado como consequência do aborto sobre o seu irmão. Já tinha um destino numa família norte-americana de adopção, e assim começou a viver nos Estados Unidos.
Assim tem clara a resposta à pergunta do que se passaria se nascessem as crianças que agora são abortadas: "Creiam-me, adoptá-las-iam. A minha família de adopção tem doze filhos, dez dos quais são adoptados! Assim que, sim, os adoptariam, ainda que, claro para isso teríamos que deixar de financiar abortos e dedicar esse dinheiro a favorecer a adopção, embaratecendo-a: há muitos que adoptariam se pudessem fazer frente aos gastos".
Para Josiah não há que distinguir entre as pessoas nascidas e as não nascidas: "Que diferença aos não nascidos de nós, salvo o facto de que são inocentes e não podem defender-se contra esses grandes abusos (bullies) do aborto que querem matá-los?".
E para aqueles que crêem que o que cresce no seio materno não é um ser humano que mereça protecção, tem uma resposta muito evidente: "Essa é a forma de pensar que quase acabou com a minha vida há quinze anos".
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