Não é actividade pública: as notícias divulgadas e amplificadas pela media não são confiáveis e podem ser fonte de confusão
Cidade do Vaticano, 24 de Abril de 2014 (Zenit.org)
O pe. Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, considerou
oportuno fazer alguns esclarecimentos sobre a chamada telefónica que o
Santo Padre fez no dia 21 de Abril a uma senhora argentina, casada com
um divorciado. Ela tinha escrito um e-mail para o papa no mês de Setembro dizendo sentir-se “uma católica de segunda classe”.
A media fez diversas interpretações sobre a ligação do papa,
algumas forçadas, como a suposta “autorização a uma divorciada para
comungar”.
Em um breve comunicado divulgado hoje, o pe. Lombardi afirma que o
papa costuma telefonar para vários fieis a fim de conversar com eles.
"Nas relações pessoais pastorais do papa Francisco, ele já fez várias
ligações para conversar com as pessoas".
Lombardi precisou, como adiantado ontem por ZENIT, que "não se trata,
absolutamente, de actividade pública do papa. Não se devem esperar
informações ou comentários da assessoria de imprensa [da Santa Sé]".
Lombardi também afirma que esse tipo de notícia, apoiada apenas no
relato de quem conversou com o papa, costuma ser fonte de confusão e
sofrer uma amplificação mediática desproporcional: "As notícias
difundidas sobre essa matéria, bem como a sua amplificação mediática,
não têm confirmação alguma de confiabilidade e são fontes de
mal-entendidos e de confusão", diz o comunicado.
Neste caso, em particular, as interpretações foram muito forçadas e
imprecisas. Chegou-se a interpretar que uma mulher casada com um
divorciado era divorciada também e que a ligação do papa significava que
os divorciados poderiam passar a comungar.
“Deve-se evitar deduzir consequências relativas à doutrina da Igreja a partir destas circunstâncias”, avisa Lombardi.
(24 de Abril de 2014) © Innovative Media Inc.
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