O Papa Francisco e os cardeais |
Esperam-se mudanças na composição geográfica
Será una decisão importante que marcará a direcção que quer
Redacção, 07 de Janeiro de 2014 às 17:58
O papa Francisco prepara-se para tomar uma das decisões mais importantes do seu jovem pontificado nas próximas semanas, quando nomear novos cardeais, os "príncipes da Igreja" que o ajudarão a forjar o futuro e que um dia elegerão o seu sucessor.
A escolha de cardeais é uma das mostras mais claras da direcção que o Papa quer que sigam os 1.200 milhões de católicos, e que tipo de homem quer que lhe suceda.
Francisco tratou de mudar a imagem da Igreja desde que foi eleito em Março, assim que a sua escolha dos cardeais, que assumirão o cargo em 22 de Fevereiro, é mais esperada que o habitual.
Aguarda-se que anuncie os escolhidos antes do final de Janeiro, para que possam levar-se a cabo os preparativos para o "consistório" cerimonial, mas até agora houve poucos rumores sobre os possíveis escolhidos.
No passado, era praticamente certo que os arcebispos das grandes dioceses ou aqueles que dirigiam os departamentos vaticanos obtivessem o solidéu cardinalício.
Mas Francisco, que renunciou à sua espaçosa suite papal e optou por um apartamento modesto na casa de convidados do Vaticano e se desloca num Ford Focus em lugar de na limusina Mercedes à prova de balas, mostrou que lhe importa pouco a tradição.
"Sente-se muito livre de escolher as pessoas que crê que deveriam estar nesses postos, independentemente do que se fez antes", disse o padre Antonio Spadaro, director do diário jesuíta Civilta Cattolica, que entrevistou o Papa no Verão.
"Certamente isso nos ajudará a entender melhor até onde quer que vá a Igreja", acrescentou.
Será una decisão importante que marcará a direcção que quer
Redacção, 07 de Janeiro de 2014 às 17:58
O papa Francisco prepara-se para tomar uma das decisões mais importantes do seu jovem pontificado nas próximas semanas, quando nomear novos cardeais, os "príncipes da Igreja" que o ajudarão a forjar o futuro e que um dia elegerão o seu sucessor.
A escolha de cardeais é uma das mostras mais claras da direcção que o Papa quer que sigam os 1.200 milhões de católicos, e que tipo de homem quer que lhe suceda.
Francisco tratou de mudar a imagem da Igreja desde que foi eleito em Março, assim que a sua escolha dos cardeais, que assumirão o cargo em 22 de Fevereiro, é mais esperada que o habitual.
Aguarda-se que anuncie os escolhidos antes do final de Janeiro, para que possam levar-se a cabo os preparativos para o "consistório" cerimonial, mas até agora houve poucos rumores sobre os possíveis escolhidos.
No passado, era praticamente certo que os arcebispos das grandes dioceses ou aqueles que dirigiam os departamentos vaticanos obtivessem o solidéu cardinalício.
Mas Francisco, que renunciou à sua espaçosa suite papal e optou por um apartamento modesto na casa de convidados do Vaticano e se desloca num Ford Focus em lugar de na limusina Mercedes à prova de balas, mostrou que lhe importa pouco a tradição.
"Sente-se muito livre de escolher as pessoas que crê que deveriam estar nesses postos, independentemente do que se fez antes", disse o padre Antonio Spadaro, director do diário jesuíta Civilta Cattolica, que entrevistou o Papa no Verão.
"Certamente isso nos ajudará a entender melhor até onde quer que vá a Igreja", acrescentou.
ROMPENDO AS NORMAS
Na actualidade há 14 vagas no Colégio Cardinalício para os novos candidatos a entrar num conclave que elegerá o Papa.
As normas da Igreja limitam em teoria o número de "cardeais eleitores" a 120, mas Francisco pode decidir romper ou inclusive abolir essa norma.
Em qualquer caso, dez cardeais que são agora eleitores cumprirão 80 anos durante 2014, assim que Francisco poderia designar a até 24 novos cardeais eleitores e ainda assim voltar a ter 120 no final do ano.
Além das potenciais mudanças no equilíbrio entre liberais e conservadores, e elevar homens com qualidades pessoais que ele valorize, Francisco poderia alterar também a sua distribuição geográfica.
No conclave que elegeu Francisco em Março passado, 69 cardeais eram da Europa, apesar de que a Igreja sofreu um declive no número de fiéis no continente. Itália tem 28.
Comparativamente, só há 19 cardeais de toda a América Latina, uma região com o maior número de população católica do mundo, e 11 e 10 respectivamente em África e Ásia, onde a Igreja cresce rapidamente.
Francisco, que foi arcebispo de Buenos Aires, é o primeiro Papa latino-americano e o primeiro não europeu em 1.600 anos. (RD/Agencias)
Na actualidade há 14 vagas no Colégio Cardinalício para os novos candidatos a entrar num conclave que elegerá o Papa.
As normas da Igreja limitam em teoria o número de "cardeais eleitores" a 120, mas Francisco pode decidir romper ou inclusive abolir essa norma.
Em qualquer caso, dez cardeais que são agora eleitores cumprirão 80 anos durante 2014, assim que Francisco poderia designar a até 24 novos cardeais eleitores e ainda assim voltar a ter 120 no final do ano.
Além das potenciais mudanças no equilíbrio entre liberais e conservadores, e elevar homens com qualidades pessoais que ele valorize, Francisco poderia alterar também a sua distribuição geográfica.
No conclave que elegeu Francisco em Março passado, 69 cardeais eram da Europa, apesar de que a Igreja sofreu um declive no número de fiéis no continente. Itália tem 28.
Comparativamente, só há 19 cardeais de toda a América Latina, uma região com o maior número de população católica do mundo, e 11 e 10 respectivamente em África e Ásia, onde a Igreja cresce rapidamente.
Francisco, que foi arcebispo de Buenos Aires, é o primeiro Papa latino-americano e o primeiro não europeu em 1.600 anos. (RD/Agencias)
in
Sem comentários:
Enviar um comentário