Bélgica demonstra que os «controlos» são papel molhado
A Bélgica é um exemplo de pendente perigosa - a eutanásia já não é voluntária nem controlada, impõe-se a crianças sem controlo |
Actualizado 12 de Janeiro de 2014
Leone Grotti / Tempi.it
Queremos despertar a consciência do povo belga e deter a extensão da lei da eutanásia aos menores».
Drieu Godefridi protesta contra «uma lei extremadamente problemática», como porta-voz do recém-nascido movimento belga as “casacas amarelas” (les Dossards Jaunes, www.dossardsjaunes.be).
Explica a Tempi.it que os seus compatriotas não podem continuar «sendo passivos em relação a questões éticas» ou, como está sucedendo hoje, «uma ideologia de minoria poderá impor-nos o que queira».
- Quem são as “casacas amarelas”?
- Somos um grupo de jovens, católicos e agnósticos, como eu, que tem em comum um forte cepticismo perante a lei da eutanásia.
- Porque sois cépticos?
- Somos cépticos porque a lei está fora de controlo. A Comissão que deveria verificar a falta de abusos desde 2002 verificou 6.500 casos e não encontrou nunca uma irregularidade.
- Talvez porque não as há…
- Todos sabem que as há. Um médico muito famoso aqui, na Bélgica, o Dr. Cosyns, em 2007 declarava publicamente: «Não consulto nunca um segundo médico» nos casos de eutanásia, como exige a lei. E o ano passado disse perante o Senado que o chamou, na qualidade de especialista, para discutir a extensão da eutanásia aos menores: «Desde 2001 já não refiro à Comissão os casos de eutanásia». Admitiu perante todos que viola a lei e nenhum juiz abriu uma investigação.
- Que proponhais então?
- Queremos pelo menos que se volte a criar a Comissão de controlo, porque a maior parte dos seus componentes se declararam pró eutanásia e as vítimas poderiam ser as crianças. É óbvio que se todos estão a favor não há controlo.
- Só isto?
- Não, nós protestamos também contra a extensão da eutanásia às crianças, porque não são capazes de fazer uma escolha tão importante aos sete anos. É necessário que os partidos que estão no Parlamento bloqueiem a lei, também porque durante a última campanha eleitoral nenhum deles a tinha proposto. Portanto, não tem nenhum direito em levá-la em frente.
- Sem dúvida, a lei foi aprovada pelo Senado. Quando chegará à Câmara?
- Ainda não se decidiu uma data. Sem dúvida, seguramente, antes de 16 de Fevereiro porque devem dar-se pressa e votá-la antes de Maio, quando haverá novas eleições. Por isto, seria suficiente atrasá-la; bastaria que os partidos fizessem obstrução propondo emendas. Mas no Senado não fizeram nada, não houve debate.
- Até agora, os belgas não protestaram muito contra a lei.
- Esperamos ver milhares de pessoas, ainda que nós não somos como a França, onde estão acostumados a discutir e a manifestar-se. Nós, na Bélgica, somos muito passivos, sobretudo quando se trata de temas éticos. Queremos despertar a consciência do povo belga e fazer que a eutanásia seja um tema central na próxima campanha eleitoral.
- Porque os partidos insistem tanto para aprovar esta lei?
- Temo que haja interesses económicos. A alternativa à eutanásia está representada pelos cuidados paliativos, que são muito caros. Ninguém no Parlamento o admite de maneira explícita, mas todos estão preocupados pelos custos.
Leone Grotti / Tempi.it
Queremos despertar a consciência do povo belga e deter a extensão da lei da eutanásia aos menores».
Drieu Godefridi protesta contra «uma lei extremadamente problemática», como porta-voz do recém-nascido movimento belga as “casacas amarelas” (les Dossards Jaunes, www.dossardsjaunes.be).
Explica a Tempi.it que os seus compatriotas não podem continuar «sendo passivos em relação a questões éticas» ou, como está sucedendo hoje, «uma ideologia de minoria poderá impor-nos o que queira».
- Quem são as “casacas amarelas”?
- Somos um grupo de jovens, católicos e agnósticos, como eu, que tem em comum um forte cepticismo perante a lei da eutanásia.
- Porque sois cépticos?
- Somos cépticos porque a lei está fora de controlo. A Comissão que deveria verificar a falta de abusos desde 2002 verificou 6.500 casos e não encontrou nunca uma irregularidade.
- Talvez porque não as há…
- Todos sabem que as há. Um médico muito famoso aqui, na Bélgica, o Dr. Cosyns, em 2007 declarava publicamente: «Não consulto nunca um segundo médico» nos casos de eutanásia, como exige a lei. E o ano passado disse perante o Senado que o chamou, na qualidade de especialista, para discutir a extensão da eutanásia aos menores: «Desde 2001 já não refiro à Comissão os casos de eutanásia». Admitiu perante todos que viola a lei e nenhum juiz abriu uma investigação.
- Que proponhais então?
- Queremos pelo menos que se volte a criar a Comissão de controlo, porque a maior parte dos seus componentes se declararam pró eutanásia e as vítimas poderiam ser as crianças. É óbvio que se todos estão a favor não há controlo.
- Só isto?
- Não, nós protestamos também contra a extensão da eutanásia às crianças, porque não são capazes de fazer uma escolha tão importante aos sete anos. É necessário que os partidos que estão no Parlamento bloqueiem a lei, também porque durante a última campanha eleitoral nenhum deles a tinha proposto. Portanto, não tem nenhum direito em levá-la em frente.
- Sem dúvida, a lei foi aprovada pelo Senado. Quando chegará à Câmara?
- Ainda não se decidiu uma data. Sem dúvida, seguramente, antes de 16 de Fevereiro porque devem dar-se pressa e votá-la antes de Maio, quando haverá novas eleições. Por isto, seria suficiente atrasá-la; bastaria que os partidos fizessem obstrução propondo emendas. Mas no Senado não fizeram nada, não houve debate.
- Até agora, os belgas não protestaram muito contra a lei.
- Esperamos ver milhares de pessoas, ainda que nós não somos como a França, onde estão acostumados a discutir e a manifestar-se. Nós, na Bélgica, somos muito passivos, sobretudo quando se trata de temas éticos. Queremos despertar a consciência do povo belga e fazer que a eutanásia seja um tema central na próxima campanha eleitoral.
- Porque os partidos insistem tanto para aprovar esta lei?
- Temo que haja interesses económicos. A alternativa à eutanásia está representada pelos cuidados paliativos, que são muito caros. Ninguém no Parlamento o admite de maneira explícita, mas todos estão preocupados pelos custos.
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