Para examinar e reimpulsionar projectos confessionais online
Roma, 20 de Janeiro de 2014 (Zenit.org) Jorge Henrique Mújica
O mais forte não é quem sobrevive, mas quem se adapta melhor
às mudanças, aprendendo a incorporá-las e, mais ainda, tentando
descobrir, adiantar-se e propor o novo.
Esta não é uma máxima do evolucionismo, e sim uma constatação
empírica do mundo da tecnologia, em particular da internet. Em sua curta
vida, a web já viu milhares de iniciativas nascerem e desaparecerem:
muitas delas foram paradigmas da comunicação digital, divisores de águas
para novos projectos que vieram depois.
A internet, como a conhecemos hoje, é uma grande rede social: não há
fronteiras, a interacção é a norma, todos podem ser emissores e os
conteúdos virais costumam vir de pessoas que viram celebridades da noite
para o dia. Como descobrir e aproveitar todas essas possibilidades que a
rede mundial nos fornece no âmbito confessional católico?
Daniel McInerny participou do Christian Leaders Technology Forum, no
início de dezembro de 2013, no Vale do Silício, Califórnia. Ele ouviu as
falas dos “gurus digitais” e as suas contribuições tanto no âmbito da
aplicação tecnológica quanto no das ideias digitais a serviço do
Evangelho. Fazendo uma síntese, McInerny recompilou e publicou em Aleteia.org dez sugestões que agora enriquecemos com exemplos práticos de sites católicos.
1. Mobilidade. Daniel McInerny diz que há hoje no
mundo mais dispositivos móveis do que escovas de dentes: 4 mil milhões, para
ser exacto. Daí a pergunta: o seu site está preparado para ser aberto em
dispositivos móveis? O Vaticano está na vanguarda. Conheça o aplicativo
do papa: http://www.thepopeapp.com/.
2. Conexão emocional. O conselho se refere a criar
uma ligação emocional com os próprios seguidores ou “fãs”: mostrar
empatia, proximidade. Não como estratégia de marketing, mas como cabe a
quem se relaciona com pessoas de carne e osso. O seu site cria uma
conexão emocional com as pessoas? Veja como isso é feito nas fan pages da Evangelidigitalización (https://www.facebook.com/evangelidigitalizacion).
3. Personalização. Uma consequência do ponto
anterior: em que medida o visitante pode personalizar a experiência dele
no seu site? Um exemplo é a Netflix que, mesmo sendo um site pago,
conseguiu se posicionar como um dos projectos digitais mais importantes
de 2013.
4. Fazer diferença. O que há no seu site que não há
em nenhum outro? Daniel McInerny recorda que fazer diferença não
equivale a conquistar 15 minutos de fama. Ele menciona o caso da
“Charity: Water” (“Caridade: Água”, http://www.charitywater.org), um projecto que faz diferença porque pratica a caridade levando água para quem não tem. Exemplos na mesma linha são os sites Misas.org (http://www.misas.org/),
que reúne horários de missas do mundo inteiro, e
o http://www.whynotpriest.org, o primeiro portal vocacional que usa
vídeos para apresentar a vocação sacerdotal aos jovens.
5. A geração Y. Trata-se da geração que nasceu a
partir de 1980 e que cresceu com a internet. Eles não tiveram que
“migrar”: são nativos digitais. E muitos desses jovens procuram
respostas na web para as suas perguntas mais profundas. Qual é o
linguajar que você usa no seu site? Os jovens entendem o que você está
dizendo? O seu conteúdo inclui material multimédia? O projecto Arguments (http://www.arguments.es/) é um exemplo, com seus já famosos vídeos (http://www.youtube.com/user/catequesisarguments).
Continuará.
(20 de Janeiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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