Antes de celebrar a santa missa na paróquia do Sagrado Coração, o papa se encontra com refugiados, imigrantes e sem tecto
Roma, 20 de Janeiro de 2014 (Zenit.org)
O papa Francisco fez ontem, domingo, 19, uma visita pastoral
à paróquia romana do Sagrado Coração de Jesus, em Castro Pretorio. A
paróquia é dirigida pelos salesianos.
Geograficamente, ela não fica na periferia de Roma, mas, sem
dúvida, reflecte a “periferia existencial” que o pontífice argentino
menciona com tanta frequência e preocupação. Situada na via Marsala,
junto à estação central de trens Termini e perto do albergue e do
refeitório da Cáritas, a região reúne muitas pessoas sem lar,
desfavorecidas socialmente e marginalizadas.
A igreja, construída a pedido do papa Leão XIII, foi levantada por
São João Bosco graças às ofertas dos católicos. O cardeal vigário Lucido
Parocchi a consagrou em 14 de Maio de 1887.
Hoje, os salesianos trabalham na paróquia com os refugiados e com os
imigrantes, além de dar assistência aos mendigos que são abundantes nas
redondezas. As necessidades de todas essas pessoas, que se revelam com
evidência maior a cada dia, são aliviadas, em parte, pelo trabalho da
Cáritas.
Os refugiados que recebem atenção directa da paróquia são cerca de 60.
Os imigrantes, por sua vez, chegam a várias centenas. A comunidade mais
numerosa é a filipina, que também conta com outras paróquias em Roma,
como Santa Prudenziana e Perpétuo Socorro. Seus dias de encontros são as
quintas-feiras pela tarde e os domingos.
A comunidade latino-americana também é numerosa. Na Itália há
aproximadamente 350 mil imigrantes do continente sul-americano, dos
quais quase 100 mil são equatorianos e outros 100 mil são peruanos.
As estruturas da paróquia do Sagrado Coração formam um dos pontos de
reunião dos latino-americanos na capital italiana, embora o principal
centro de atendimento seja a igreja de Santa Maria della Luce, sede da
pastoral latino-americana em Roma. No pátio interno da paróquia,
visitado pelo papa, os latino-americanos já organizaram diversos
eventos, como o do Dia das Mães. Também se tornaram tradicionais em Roma
duas procissões típicas desse grupo de imigrantes: a do Senhor dos
Milagres, do Peru, e a de Nossa Senhora de Quinche, do Equador.
Ao chegar, acompanhado pelo pároco Valerio Baresi, o bispo de Roma se
encontrou com os fiéis e, posteriormente, com cerca de sessenta amigos
sem teto que mantêm relação com a igreja através da sua acção social.
Depois, o papa Francisco se reuniu com uma centena de refugiados e com uma representação dos voluntários da paróquia.
Para encerrar a visita, o Santo Padre teve um encontro com as
crianças baptizadas durante o último ano e com os seus pais, bem como com
os recém-casados e com as famílias jovens.
Durante a visita, o papa ouviu a confissão de cinco fiéis e em seguida celebrou a santa missa.
(RED/IV)
(20 de Janeiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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