O presidente da Itália rejeita os recentes insultos contra a sinagoga de Roma e outros lugares da comunidade judaica
Roma, 28 de Janeiro de 2014 (Zenit.org)
"Uma provocação miserável": é o que define, de acordo com o
presidente da Itália, Giorgio Napolitano, os insultos e ameaças contra a
sinagoga de Roma e outros lugares da comunidade judaica do país, feitos
durante os dias de preparação para a Jornada da Memória, evento anual
que recorda o Holocausto.
Conforme relatado pela agência de notícias Ansa, Napolitano
declarou em seu discurso: "Em primeiro lugar, permitam-me rechaçar a
provocação miserável que acabam de tentar fazer contra todos nós (...)
Os autores, que espero que sejam rapidamente identificados, de um
insulto comparável apenas à própria matéria repulsiva utilizada (uma
cabeça do porco que foi colocada dentro da Sinagoga de Roma, ndr), não
têm nada a ver com a Roma e com os romanos que, por sentimento humano e
civil, por consciência democrática e por educação e cultura, estão
fraternalmente ao lado dos homens e mulheres de origem e religião
judaica, a quem abraçam em solidariedade e no compromisso de lutar
rigorosamente contra todas as formas de anti-semitismo".
O presidente da Itália pediu "vigilância contra qualquer insurgência
de anti-semitismo, mesmo que camuflado (...) A defesa da paz e dos
direitos humanos é a base fundamental da nossa democracia. Uma
democracia que não pode, em nenhum momento, ignorar os riscos a que
possam estar expostos ou voltar a ser exposto os inocentes e indefesos
de qualquer época"...
É o caso, por exemplo, dos grupos vulneráveis citados no discurso de
Renzo Gattegna, presidente da União das Comunidades Judaicas: "judeus,
ciganos, Sinti, deficientes, doentes mentais, homossexuais".
Napolitano acrescentou imediatamente: "E também os estrangeiros".
(28 de Janeiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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