Recolhem as suas grandes contribuições
Mendel foi monge agostinho |
Actualizado 1 de Dezembro de 2013
Aleteia
Todos conhecem o nome do monge católico Gregor Mendel, pai da genética; só alguns sabem que Niccolò Stenone, bispo e beato, pôs as bases da geologia moderna; poucos têm presente que muitos outros eclesiásticos católicos (e algum pastor protestante, mas nenhum imã, nenhum rabino, nenhum xamã, nenhum brâmane hindu, nenhum monge budista…) foram a base de diversos campos da investigação científica”.
Este é o motivo pelo qual Francesco Agnoli e Andrea Bartelloni escreveram um livro sobre o tema, chamado “Cientistas com hábito. De Copérnico, pai do heliocentrismo, a Lemaître, pai do Big Bang” (ed. La Fontana di Siloe), no qual se destaca como na origem da ciência experimental moderna há sobretudo homens religiosos para os quais “estudar a natureza não era outra coisa mais que tratar de ler o livro escrito pelo Criador, ir à procura das suas pegadas, dos seus passos”, mas “sem nenhuma pretensão de possuir toda a verdade, de reduzir a causa primeira às causas segundas, de transformar a ciência experimental numa fé, de fazer uma metafísica abrangente”.
“Cientistas com hábito” é a história de algumas personagens que viveram na época uma forte fé religiosa num Deus transcendente e uma grande paixão pela investigação empírica e científica para dar conta da fecunda relação existente entre fé e razão.
Grandes méritos nos seus campos
Muitos personagens são os que se cita, começando por Nicolás Oresme (1323-1382), bispo de Lisieux, que teorizou o movimento rotatório da Terra em redor do seu eixo, sendo, portanto, um precursor de Nicolás Copérnico, passando depois a Leonardo Garzoni, pai do magnetismo, e a Benedicto Castelli, especialista da ciência hidráulica, prosseguindo com “o príncipe dos biólogos” Lázaro Spallanzani, primeiro naturalista da Europa, e Buenaventura Corti, jesuíta especialista de física.
Também, Luis Galvani, descobridor da electricidade animal que, segundo Niels Bohr deu vida a uma “nova época na história da ciência”, o especialista em mineralogia René-Just Haüy, o especialista de fluidos Juan Bautista Venturi, sismólogos e meteorólogos como San Alberto Magno e o padre Andrés Bina, o pai da microsismología Teodoro Bertelli, o micólogo dom Santiago Bresadola, Georges Eduard Lemaître, sacerdote que teorizou o Big Bang.
Termina-se com dois religiosos que todavia vivem, e que, além disso, são entrevistados: Giuseppe Tanzella-Nitti, que se dedicou durante alguns anos à investigação científica no campo da radioastronomia e da cosmologia, e o físico dom Alberto Strumia.
Desfaz-se assim o mito pelo qual o doblete sacerdotes-cientistas “soa mal”. O problema é que os dogmas do positivismo, vinculados desde há muito aos ambientes liberais ou às ditaduras do século XX, ditos e repetidos uma infinidade de vezes, deixaram marca no imaginário colectivo, nutrido de uma versão banal, incompleta e anti histórica do assunto Galileu”.
Aleteia
Todos conhecem o nome do monge católico Gregor Mendel, pai da genética; só alguns sabem que Niccolò Stenone, bispo e beato, pôs as bases da geologia moderna; poucos têm presente que muitos outros eclesiásticos católicos (e algum pastor protestante, mas nenhum imã, nenhum rabino, nenhum xamã, nenhum brâmane hindu, nenhum monge budista…) foram a base de diversos campos da investigação científica”.
Este é o motivo pelo qual Francesco Agnoli e Andrea Bartelloni escreveram um livro sobre o tema, chamado “Cientistas com hábito. De Copérnico, pai do heliocentrismo, a Lemaître, pai do Big Bang” (ed. La Fontana di Siloe), no qual se destaca como na origem da ciência experimental moderna há sobretudo homens religiosos para os quais “estudar a natureza não era outra coisa mais que tratar de ler o livro escrito pelo Criador, ir à procura das suas pegadas, dos seus passos”, mas “sem nenhuma pretensão de possuir toda a verdade, de reduzir a causa primeira às causas segundas, de transformar a ciência experimental numa fé, de fazer uma metafísica abrangente”.
“Cientistas com hábito” é a história de algumas personagens que viveram na época uma forte fé religiosa num Deus transcendente e uma grande paixão pela investigação empírica e científica para dar conta da fecunda relação existente entre fé e razão.
Grandes méritos nos seus campos
Muitos personagens são os que se cita, começando por Nicolás Oresme (1323-1382), bispo de Lisieux, que teorizou o movimento rotatório da Terra em redor do seu eixo, sendo, portanto, um precursor de Nicolás Copérnico, passando depois a Leonardo Garzoni, pai do magnetismo, e a Benedicto Castelli, especialista da ciência hidráulica, prosseguindo com “o príncipe dos biólogos” Lázaro Spallanzani, primeiro naturalista da Europa, e Buenaventura Corti, jesuíta especialista de física.
Também, Luis Galvani, descobridor da electricidade animal que, segundo Niels Bohr deu vida a uma “nova época na história da ciência”, o especialista em mineralogia René-Just Haüy, o especialista de fluidos Juan Bautista Venturi, sismólogos e meteorólogos como San Alberto Magno e o padre Andrés Bina, o pai da microsismología Teodoro Bertelli, o micólogo dom Santiago Bresadola, Georges Eduard Lemaître, sacerdote que teorizou o Big Bang.
Termina-se com dois religiosos que todavia vivem, e que, além disso, são entrevistados: Giuseppe Tanzella-Nitti, que se dedicou durante alguns anos à investigação científica no campo da radioastronomia e da cosmologia, e o físico dom Alberto Strumia.
Desfaz-se assim o mito pelo qual o doblete sacerdotes-cientistas “soa mal”. O problema é que os dogmas do positivismo, vinculados desde há muito aos ambientes liberais ou às ditaduras do século XX, ditos e repetidos uma infinidade de vezes, deixaram marca no imaginário colectivo, nutrido de uma versão banal, incompleta e anti histórica do assunto Galileu”.
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