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domingo, 22 de setembro de 2024

O termómetro é: as crianças sorriem? Os idosos sorriem?

Podia ser o início de uma notícia, mas por acaso está quase no fim… no entanto achei que, ao escrever estas linhas, valia a pena trazê-las para este início de conversa matinal:

“A riqueza de uma nação não reside apenas no seu PIB, reside no seu património natural, artístico, cultural, religioso, e no sorriso dos seus habitantes, das suas crianças. O termómetro é: as crianças sorriem? Os idosos sorriem? Não se esqueçam”, pediu o Papa.

Estas palavras integraram um discurso de Francisco à Guarda de Finanças italiana onde ele recordava palavras de um chefe de Estado: «Tenho uma medida especial: o sorriso das crianças e dos idosos. Quando ambos sorriem, as coisas não são assim tão más numa sociedade».

Neste encontro o Papa crítica o desperdício alimentar e também o investimento em armas.

“Como explicar a fome no mundo atual, quando há tanto, tanto desperdício nas sociedades desenvolvidas? Isto é terrível. E outra coisa: se deixassem de fabricar armas durante um ano, a fome no mundo acabava. Mais valem armas do que resolver a fome….”, lamentou Francisco num encontro com a Guarda de Finanças, por ocasião do seu 250º aniversário.

Lá fora, do encontro de Bispos Católicos Orientais da Europa, chegaram pedidos de “unidade” e “solidariedade” entre as Igrejas, uma relação “fraterna” entre bispos e padres para estarem ao serviço da humanidade.

“Atualmente, estamos perante uma situação de fragilidade, que se manifesta também na relação que temos com os nossos seminaristas. Abordando questões como o distanciamento afetivo e a depressão, que marcam o mundo atual, o desenvolvimento tecnológico que desafia os valores cristãos e a fragilidade das famílias contemporâneas, mantém-se firme a centralidade da oração, da relação com a Palavra de Deus, da confissão e da capacidade do bispo para avaliar o seu próprio crescimento e condição moral, bem como o seu autodomínio”, pode ler-se no comunicado final do encontro enviado à Agência ECCLESIA.

O dia foi também de tristeza para os bombeiros portugueses qyue se despediram de três colegas que falaceram quando combatiam o incêndio de Vila do Mato, freguesia de Midões, no concelho de Tábua, diocese de Coimbra.

D. Américo aguiar, capelão nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, esteve presente na cerimónia para homenagear, para pedir que a morte dos bombeiros "não divida" mas sirva para "unir e tornar todos mais fortes", tendo deixado ainda criticas aos «livros brancos» sobre áreas de governação que não saem do papel.

“Há, algures no Terreiro do Paço, uma estante sobre todas as áreas de governação, porque há décadas e séculos fazemos livros brancos para tomar as decisões mas às vezes custa a sair do livro branco. Não desbaratemos, não desvalorizemos o que foi a entrega das vidas destes irmãos. O valor da vida é a certeza, a força, o cimento e betão da força que precisamos para no próximo ano estarmos mais fortes, capazes, vitoriosos para encarar as adversidades do verão ou dos incêndios que possam acontecer”, pediu.

Uma conversa com a jornalista Joana Beleza está no centro do programa Ecclesia deste domingo, aquele que foi emitido na antena 1, às 6h. Se não acompanhou em direto, pode sempre ler aqui parte da reflexão desta profissional que estará presente nas Jornadas Nacionais de Comunicações Sociais, em Fátima, já no final desta semana.

Deixo-lhe ainda o convite para acompanhar o 70x7 dedicado hoje aos 475 anos da diocese de Portalegre – Castelo Branco. Visitámos a Sé de Portalegre para encontrar património histórico de quase cinco séculos. A ver pelas 19h na RTP2.

Desejo-lhe um excelente domingo!

Lígia Silveira

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



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