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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

«É preciso saber usar sem medo» as ferramentas de Inteligência Artificial

Francisca Seabra, da agência de comunicação Burson, disse que o grande desafio da Inteligência Artificial é “saber usar”, incentivando a aprender a usar estas ferramentas “sem medo”.

“A Inteligência Artificial (IA) não tem critério. Somos nós que temos o critério e esse é o lado humano a introduzir na equação. Nós somos seres inteligentes” referiu na sua intervenção nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social que terminam hoje em Fátima, dedicadas ao «Jornalismo e Inteligência Artificial».

O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais advertiu para a falta de “efetiva liberdade de opinião” e indicou que o desafio que se coloca, com a utilização da IA se centra na “ética” e que esta “desafia de forma evidente a questão da liberdade”.

“Até que ponto a IA constitui uma forma de domínio coletivo, por meia dúzia de entidades responsáveis, porque a IA faz escolhas e não é responsável pelas suas escolhas. É fruto de um conjunto de escolhas de quem a programou. Corremos o risco de andarmos felizes e contentes dominados por uma ‘Big Brother’ que nos faz escravos”, advertiu.

O encontro que termina hoje em Fátima vai, da parte da manhã, desenvolver temas como literacia mediática, verdade e ainda abordar uma carta de princípios do jornalismo em tempo de Inteligência Artificial.

Os desafios éticos vão ser desenvolvidos ainda pela diretora do Instituto Bioética/UCP, Mara de Sousa Freitas.

O padre António Rego, que esta quinta-feira recebeu as insígnias da Ordem do Infante D. Henrique, numa condecoração dada pelo Presidente da República, vai ser homenageado pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, da Conferência Episcopal Portuguesa, numa sessão intitulada ‘António Rego: 60 anos de sacerdócio e jornalismo’.

Lá fora, numa viagem de sete horas ao Luxemburgo, o Papa Francisco alertou para os conflitos causados por “nacionalismos exasperados” e “ideologias perniciosas”, evocando as lições da II Guerra Mundial (1939-1945).

“O Luxemburgo pode mostrar a todos as vantagens da paz face aos horrores da guerra, da integração e da promoção dos migrantes face à sua segregação; os benefícios da cooperação entre as nações face às consequências nefastas do endurecimento das posições e da procura egoísta e míope, ou mesmo violenta, dos próprios interesses”, referiu, no primeiro discurso da sua viagem naquele país.

Na despedida convidou à inclusão dos imigrantes.

“Encorajo-vos, portanto, a permanecer fiéis a esta herança, continuando a fazer do vosso país uma casa amiga para quem quer que bata à vossa porta em busca de ajuda e hospitalidade”, acrescentou o Papa.

Francisco está já na Bélgica, onde vai permanecer durante quatro dias numa visita apostólica com sete intervenções, sobre questões ligadas ao futuro da Europa, como a paz, migrações, cultura e alterações climáticas.

O Papar vai à Universidade Católica de Lovaina (KU Leuven), local onde José Miguel Silva, jovem de Terras de Bouro, estudou entre setembro de 2022 e julho 2024, “uma experiência marcante”, para acompanhar a visita do Papa Francisco.

“[O Papa] Dirigir-se a uma das mais antigas e importantes Faculdades de Teologia do mundo, porque a sua universidade celebra um aniversário, diz bem da importância que a teologia deve ter para a Igreja. Uma Igreja sem Teologia pode tornar-se ideologia… ou manter-se presa a tradicionalismos sem vitalidade”, disse à Agência ECCLESIA.

A Agência Ecclesia vai acompanhar a deslocação de Francisco ao centro da Europa, com conteúdos para ler e ouvir.

Desejo-lhe um excelente dia!

Lígia Silveira

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



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