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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Beja: Programa pastoral está centrado na esperança e atento às mutações da sociedade

A desertificação, os imigrantes e o cante alentejano são temáticas a merecer atenção, disse D. Fernando Paiva

Beja, 30 set 2024 (Ecclesia) – O bispo de Beja, D. Fernando Paiva, considera que a diocese tem vários desafios como a “imigração e a desertificação” mas vai viver “intensamente” o próximo ano pastoral ao ritmo da esperança.

“Estamos muito alinhados com este tema da esperança que nos propõe o Papa Francisco e estamos, de facto, a organizar a ação pastoral nesta dinâmica de esperança”, disse à Agência ECCLESIA o bispo de Beja.

O prelado daquela diocese do baixo alentejo apresentou, dia 28 deste mês, o calendário de atividades que vão estar associadas “às grandes datas do jubileu” e depois com dimensões “mais diocesanas”.

No próximo dia 17 de novembro, D. Fernando Paiva vai presidir, na Sé de Beja, a uma celebração que serve para comemorar o décimo aniversário da elevação do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade.

Na celebração vão estar “vários coros de cante alentejano que participarão ativamente” na celebração eucarística e é uma forma da Igreja se associar “a esta riqueza do património cultural do baixo alentejo”, sublinhou o bispo.

Apesar de estar na Diocese de Beja há poucos meses, D. Fernando Silva está a gostar daquele povo, mas sente que existem alguns desafios, “nomeadamente a desertificação, que é muito própria do interior do país, não apenas aqui do Alentejo, mas também de outras zonas do interior” e também o “fenómeno dos migrantes”, especialmente nas regiões de Odemira e Vila Nova de Mil Fontes.

“É um desafio e ainda que a prática religiosa não seja alta, há entusiasmo e gente muito empenhada, que quer de facto viver com a verdade o Evangelho”, salientou.

Um ano após a Jornada Mundial da Juventude que se realizou em Lisboa, D. Fernando Paiva realça que muitos jovens quando “chegam aos 17 ou 18 anos vão estudar ou vão trabalhar”, mas que ficou “impressionado” com a participação desta faixa etária no festival de diocesano das bandas católicas e da canção católica.

“Até excedeu as minhas expectativas, pois a participação, o interesse, o entusiasmo, a alegria com que foi vivido este momento é um sinal do que se vai fazendo nas comunidades, nos grupos de jovens e nos movimentos”, afirmou o bispo de Beja.

É o tema da esperança que lança da diocese “para o anúncio e para a missão”, finalizou.

LFS



Hakuna prepara su expansión por el mundo: «El Espíritu ya resuena» en Washington, Corea o El Congo

Una escena del concierto de Hakuna en el Wizink en septiembre de 2024
Una escena del concierto de Hakuna en el Wizink en septiembre de 2024


ReL

TAGS: Hakuna

El pasado 21 de septiembre, Hakuna volvió a llenar el estadio Wizink de Madrid, con un aforo completo de 18.000 personas que agotaron las entradas minutos después de que estas saliesen a la venta. Podría ser "un llenazo" más del grupo musical surgido en la JMJ de Río de Janeiro en 2013, pero tanto algunos detalles del concierto como las interpretaciones de asistentes, integrantes o de la propia delegación episcopal de jóvenes de Madrid denotan que en esta citase mostró que Hakuna no solo tiene la vista puesta en el futuro, sino también en la "conquista" del mundo.

Uno de los detalles que más llamó la atención fue la interpretación de uno de los temas por Andrew, un joven coreano, en su idioma natal. Laura Moreno, delegada episcopal de Jóvenes de la archidiócesis de Madrid, contempló la interpretación como una "señal de que la música de Hakuna llega a jóvenes de muchos sitios diferentes", lo que se confirmó en el mismo concierto cuando los cantantes preguntaron quién venía de fuera y la pista se llenó de manos levantadas.

Resumen del concierto del pasado 21 de septiembre, con fragmentos de la interpretación de Andrew, joven coreano, a partir de los diez primeros segundos: 

Para Hakuna no es una novedad, pues su mismo nacimiento ya se dio en un contexto internacional, en la Jornada Mundial de la Juventud de Río de Janeiro de 2013. Entonces eran un pequeño grupo de jóvenes que acompañaban al fundador de la "familia eucarística", José Pedro Manglano, pero no tardarían en comenzar a expandirse.

¿Dónde quiere meterse el Espíritu?

Actualmente, Hakuna ha cruzado fronteras, se encuentra extendido en más de 20 países de todo el mundo y entre sus integrantes resuena una pregunta: "¿Dónde quiere meterse el Espíritu Santo?".

Quien la formuló fue Macarena Guerrero, una joven integrante sevillana del grupo que ha cantado en todos los conciertos que Hakuna ha ofrecido en Madrid desde 2021.

Preguntada por The Objective, Guerrero valoró la aparición del coreano en el concierto como una muestra de la "expectación" de Hakuna por llegar a Asia, donde Corea ya tiene un grupo formado.

"En Japón ya ha habido un intento que todavía no se ha llegado a materializar, pero todo indica que el Espíritu quiere meterse por allí; y también en Australia, en Sídney", afirmó.

La actuación de Andrew podría ser interpretado como un guiño de cara a la próxima Jornada Mundial de la Juventud de Corea, donde según Laura Moreno "hay inquietud a través de la música" y también "un grupo que está siguiendo el estilo de Hakuna". Aunque en sus declaraciones a Alfa y Omega no se pronunció al respecto, cabe la posibilidad de que sea una de las apuestas de Seúl de cara a la JMJ que albergará en 2027.

Hace tiempo que Hakuna anunció al mismo Francisco su deseo de expandirse. Fue el pasado mes de septiembre, cuando el Papa recibió al fundador de Hakuna, José Pedro Manglano, acompañado por tres jóvenes de la agrupación, entre ellos el primer sacerdote ordenado en Hakuna y que es uno de los "misioneros" que difundirán el movimiento para consolidarlo en Corea, que actualmente se reúne la tarde de cada jueves en Seúl.

En la audiencia, Manglano ya anunció sus principales destinos internacionales, reconociendo a Francisco la existencia de "varias personas de Hakuna que van a dejarlo todo para trasladarse como misioneros a otros países y apoyar allí el crecimiento del movimiento".

Entre dichos destinos se encuentran Chile, Perú y Camerún, donde Hakuna pretende dar sus primeros pasos.  

A estos primeros destinos enunciados por Manglano parecen unirse ahora otros nuevos. Macarena Guerrero también habla de cómo Hakuna está consolidado en México, donde pronto se celebrará el segundo encuentro del grupo en Hispanoamérica.

También apunta a Estados Unidos: actualmente sus conocidas horas santas tienen lugar en Boston y Nueva York, pero según Guerrero también se están dando los primeros pasos en Washington.

Junto con Oceanía, donde ya planean su desembarco, África es el único continente donde Hakuna no tiene presencia, lo que pronto podría cambiar. "El Espíritu ya resuena en el Congo, quiere meterse por allí", afirma.



Setembro Amarelo - Informação Partilhada do Núcleo Distrital de Beja da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza 89-2024





Sínodo a começar

Bom dia e boa semana!

Já lá vamos ao Sínodo... Primeiro, recordemos a visita do Papa Francisco à Bélgica, depois de ter estado no Luxemburgo. Octávio Carmo, vaticanista da Agência ECCLESIA, acompanhou cada momento, que resume neste texto publicado no nosso portal de informação:

"O Papa encerrou este domingo a sua 46ª viagem internacional, ao Luxemburgo e Bélgica, marcada pelas sombras da guerra e crise de abusos sexuais.

Na Missa a que presidiu no Estádio Rei Balduíno, perante cerca de 35 mil pessoas, Francisco afirmou que na Igreja “não há lugar para o abuso, não há lugar para o encobrimento do abuso”.

O Papa assumiu ainda a sua preocupação com a guerra no Líbano, apelando a um cessar-fogo imediato no Médio Oriente.

O tema esteve presente desde o início da viagem, esta quinta-feira, no Luxemburgo, onde o Papa alertou para os perigos dos “nacionalismos”, evocando as lições da II Guerra Mundial.

Num país com forte presença de migrantes, entre eles uma significativa comunidade portuguesa, Francisco defendeu a “inclusão” de todos na sociedade, ao encerrar a sua passagem pela capital luxemburguesa, na Catedral de Notre Dame.

A viagem à Bélgica começou com o tradicional encontro com autoridades políticas e representantes da sociedade civil, no Castelo Real de Laeken, onde o Papa ouviu críticas à forma como a Igreja Católica geriu a crise de abusos sexuais.

Francisco pediu perdão e, horas depois, recebeu em privado um grupo de 17 vítimas de abusos, na Nunciatura Apostólica.

Num programa com várias surpresas, o Papa assinalou os 600 anos da Universidade Católica de Lovaina, em duas sessões, nas quais foi confrontado sobre as posições da Igreja em temas como o acolhimento das pessoas homossexuais ou o papel das mulheres.

Na Basílica do Coração de Jesus em Koekelberg, a quinta maior igreja do mundo, Francisco ouviu uma representante dos centros de acolhimentos para vítimas de abusos, assumindo as “feridas” provocadas por estes casos.

Com a comunidade católica, o Papa apontou ao Sínodo, cuja próxima assembleia se inicia na quarta-feira, apelando a um novo dinamismo de evangelização.

A Missa deste domingo deixou ainda um desafio ao acolhimento de migrantes e refugiados, na Europa."

Agora o Sínodo: José Eduardo Borges de Pinho disse no programa 70x7 quais as suas expectativas para a segunda sessão da Assembleia do Sínodo dos Bispos, que começa em Roma, e a mesma questão foi colocada a Alfreda Ferreira Fonseca e Octávio Carmo, que respondem no programa Ecclesia desta segunda-feira.

O que acontece no Vaticano vai estar em destaque nos nossos canais informativos, nos próximos dias, com reportagem realizada a partir de Roma!

Votos de ótima semana!

Paulo Rocha

 


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domingo, 29 de setembro de 2024

Conferência Anual da CNJP - para conhecimento e divulgação


Está programada para o próximo dia 12 de Outubro (sábado de manhã, no Centro Cultural Franciscano, em Lisboa), a Conferência Anual da Comissão Nacional Justiça e Paz, subordinada ao tema O DESAFIO DO TRABALHO DIGNO NUM MUNDO EM MUDANÇA.

A conferência realiza-se em parceria com a ACEGE, ACR, Cáritas Portuguesa, JOC, LOC-MTC, o Metanoia e a Federação Solicitude.

Agradecemos desde já o seu empenho na divulgação deste evento.

A participação poderá ser presencial ou virtual. Bastará inscrever-se em https://forms.gle/J8bqfg9dtmNu321i8 escolhendo a forma pretendida.

Contamos com a sua participação!

A Comissão Nacional Justiça e Paz

CNJP - Comissão Nacional Justiça e Paz

Conferência Episcopal Portuguesa
Quinta do Bom Pastor, Estrada da Buraca, 8-12
1549-025 Lisboa
Tel 218 855 480

Facebook www.facebook.com/cnjusticaepaz

El grave tumor que convirtió a padre e hija: «Me arrodillé en la acera delante de la iglesia y recé»

Así aconteció Dios en una durísima enfermedad que acabó con el bautizo de ambos

Stephen, junto a su hija Daisy en el momento de su enfermedad / Catholic Weekly
Stephen, junto a su hija Daisy en el momento de su enfermedad / Catholic Weekly


ReL


Dios actúa de las maneras más insospechadas y es capaz de hacerse presente de manera grandiosa incluso en las situaciones humanamente más complicadas. Es precisamente en esta “debilidad” y “fragilidad” donde el amor de Dios penetra de manera más profunda en el corazón de las personas.

Que se lo digan a Stephen Lacey y a su familia, que se convirtió al catolicismo y fue bautizado siendo esposo y padre, precisamente debido a cómo conoció a Dios durante el cáncer extremadamente grave que sufrió su hija Daisy. Un hombre que no sólo no creía, sino que no tenía buena opinión de la Iglesia se encontró arrodillado llorando en la puerta de un templo católico en Australia. Dios le consoló, le escuchó y además de realizar el milagro de la curación física, hizo otro de gran calado: su sincera conversión y después de la del resto de su familia.

Ocurrió cuando tras meses de fuertes dolores de cabeza de su hija, finalmente los médicos descubrieron un enorme tumor en la cabeza de la pequeña. De manera inmediata les hicieron ir al hospital infantil pues urgía realizar una cirugía que, además, entrañaba un gran riesgo para Daisy. Sin embargo, no había más opciones. Pocas horas antes de la operación y mientras su hija dormía, Stephen salió del hospital intentando asimilar y encontrar sentido a lo que, de repente, estaba viviendo.

“Estaba caminando de regreso por la calle Avoca (en Sídney) hacia el hospital cuando vi una gran iglesia de estilo neogótico: Nuestra Señora del Sagrado Corazón. Me crie en una familia de la Iglesia de Inglaterra, pero nunca me bauticé. Mi tatarabuelo era un ministro metodista que llegó de Inglaterra en la década de 1850 y se instaló en Hay, en Riverina. Mi abuela y mis padres eran de la época en que los católicos eran vistos con sospecha y se los llamaba “Tykes”. A mi abuelo, el único católico de la familia, se le negó la membresía de los masones de Gosford”, cuenta Stephen.

Pese a estos antecedentes -recuerda este padre de familia- aquella noche le daba igual su historia familiar. “No me importaba qué tipo de iglesia era, sólo necesitaba rezar a Dios por mi pequeña niña”, relata.

No olvidará nunca aquel instante y así lo explica al Catholic Weekly, semanario de la archidiócesis de Sídney: “Como la iglesia estaba cerrada me arrodillé en la acera y recé como nunca antes lo había hecho. No traté de regatear. No hice promesas ridículas que no podría cumplir. Simplemente pedí en el nombre de Jesús que Daisy superara la operación y sobreviviera”. 

Al día siguiente de la operación recibieron una llamada. Era el doctor. La operación había salido perfectamente. Él y su mujer no pararon de llorar. Pero aún faltaban muchas pruebas y obstáculos que pasar. El gran tamaño del tumor (un astrocitoma pilocítico), su posición en el cerebelo y la operación en sí implicaban que Daisy tendría que pasar varios días en la unidad de cuidados intensivos.  Además, sufría del síndrome de la fosa posterior, un conjunto de síntomas que incluyen mutismo, irritabilidad e inestabilidad (ataxia). 

Daisy, con el neurocirujano que la operó

Daisy, con el neurocirujano que la operó.

“Es el peor caso que he visto jamás”, dijo el neurólogo. Daisy ya no podía caminar ni hablar. Ni siquiera podía moverse. 

Después de sobrevivir a la UCI, Daisy pasó seis largos meses en la unidad de neurología. “Mi esposa y yo nos turnábamos para quedarnos en la sala con Daisy, durmiendo en un colchón en el suelo junto a ella que yo ‘tomé prestado’ de una cama en el pasillo y al que las enfermeras hacían la vista gorda”, cuenta. 

De este modo, Stephen agrega que “cada mañana, Daisy tenía que soportar una serie de terapias y luego yo la dejaba descansar mientras yo subía a Nuestra Señora del Sagrado Corazón para rezar por ella. Incluso llegué a conocer al maravilloso padre Peter Hearn y tuvimos muchas conversaciones enriquecedoras”. 

Su oración fue nuevamente respondida. Daisy recibió el don de la voz. Para entonces, ya estaba lo suficientemente bien como para que él pudiera llevarla en silla de ruedas a la iglesia, donde ella rezaba a su lado.

Cuando al fin pudieron volver a casa, Stephen empezó a asistir a la iglesia que tenía más cerca, la de San Brandán, donde el padre John Milligan aceptó bautizarle  El siguiente milagro de Daisy fue poder volver a caminar y luego a correr. Un año después, fue bautizada y confirmada por el propio arzobispo Anthony Fisher OP. 

Daisy tiene ahora 11 años. Sus ecografías anuales están bien y su ataxia es apenas perceptible. “Es el ser humano más resistente que he conocido. Ella y yo asistimos a misa varias veces por semana”, cuenta orgulloso su padre.

“El año pasado, los dos organizamos una fiesta para que el artista Michael Galovic creara un icono para nuestra iglesia. Muestra a San Brandán luchando en un océano tormentoso. Mientras las olas se levantan a su alrededor, extiende su mano hacia Jesús para que lo salve.  Es algo que Daisy y yo conocemos muy bien”, concluye.



Um Papa de surpresas

Bom dia e um santo domingo para si,

Francisco encerra hoje a sua viagem à Bélgica, marcada por pequenas surpresas, como a que aconteceu quando decidiu tomar o pequeno-almoço com um grupo de refugiados e pessoas sem-abrigo, numa paróquia de Bruxelas.

Um gesto que dá o mote para hoje, 110.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. Na sua mensagem para esta celebração, o Papa escreve que Deus se identifica com os pobres e os marginalizados que fogem das suas terras.

Os dois encontros centrais do programa de Francisco no sábado levaram-no ao encontro da comunidade católica, assumindo o sofrimento provocado pelos escândalos de abusos sexuais, e à Universidade de Lovaina, onde falou da ditadura do mercado, que destrói pessoas e recursos naturais – após ser questionado sobre o papel das mulheres na Igreja.

Num mundo em guerra, o secretário de Estado do Vaticano foi à sede da ONU apelar a um cessar-fogo imediato no Médio Oriente, levando as preocupações do Papa com a possibilidade de um novo conflito mundial.

A segunda sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos vai estar em destaque, com a entrevista conjunta ECCLESIA/Renascença ao presidente da CEP, D. José Ornelas, publicada às 09h30; pelas 17h40, o programa ‘70x7’ entrevista o teólogo José Eduardo Borges de Pinho, membro da equipa sinodal da Conferência Episcopal Portuguesa.

Uma nota final para o falecimento de D. Alexandre do Nascimento, arcebispo emérito de Luanda (Angola), que aos 99 anos de idade era o mais velho membro do Colégio Cardinalício. A sua figura foi recordada por responsáveis católicos e políticos, em Angola e em Portugal.

Despeço-me com votos de boas notícias, sempre,

Octávio Carmo

 


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sábado, 28 de setembro de 2024

Philippine, joven asesinada en Francia, una católica volcada: funeral multitudinario y repleto de fe

Su asesinato ha conmocionado al país: «Estamos aquí para llorar, rezar y actuar», dice el sacerdote

Phlippine Le Noir
El entierro de Philippine Le Noir, la joven de 19 años asesinada en Francia esta semana, congregó a 3000 personas en la catedral de Versalles.


ReL


Esta semana Francia ha quedado completamente conmocionada tras el brutal asesinato de Philippine Le Noir, una joven de 19 años a la que le arrebató la vida mientras volvía de la universidad un joven marroquí que ya había sido detenido años antes por violar a otra mujer y que tenía sobre él una orden de expulsión del país. Este nuevo caso de violencia ha sacudido a millones de franceses y ha vuelto a poner de manifiesto una de las cuestiones sociales y políticas más candentes en Francia en este momento: el de la inmigración irregular, la violencia y la islamización progresiva del país

Este viernes se llevó a cabo el funeral de esta joven en la catedral de Saint-Louis de Versalles a donde acudieron casi 3.000 personas, que abarrotaron no sólo el interior del templo, sino también sus alrededores.  Y es que esta estudiante era una fervorosa católica muy involucrada en la vida de su parroquia de Montigny-Voisins, donde además de colaborar en veladas de alabanza y misas juveniles, había tenido una formación en los scouts católicos.

Su párroco, el conocido sacerdote Pierre-Hervé Grosjean, presidió la celebración en la catedral y ofreció una homilía llena de esperanza cristiana que ha llegado a multitud de franceses. El lugar del funeral no fue elegido al azar: la joven había hecho allí su confirmación hace unos años.

“¿Por qué estamos aquí? ¿Tan numerosos, tan diferentes, tan dolorosos, apretados unos contra otros, alrededor de Loïc, Blandine y sus hijos, junto a tu cuerpo, Philippine? ¿Para qué? La primera respuesta, que todos podemos compartir, creyentes y no creyentes, es que estamos aquí para llorar. Ante el misterio del mal, ante la insoportable injusticia y la violencia desatada, quedamos atónitos, como aplastados. Por supuesto, la justicia humana será necesaria. Su hora llegará. Pero hoy necesitamos llorar, compartir y entregar juntos nuestro dolor, nuestra ira, nuestra incomprensión. Podemos colocarlo aquí, al pie de la Cruz, porque creemos que Dios comprende todo esto. Dios nunca está del lado del mal, sino siempre del lado de los que son probados. Jesús que lloró por la muerte de su amigo Lázaro: ¡creemos, los cristianos, en un Dios que lloró! Jesús que afrontó el martirio de la cruz, Jesús que nos ama tal como somos, Jesús nos comprende y nos acoge con nuestro inmenso dolor”, comenzó el sacerdote su homilía.

Miles de personas acudieron a la catedral de Versalles para el funeral por Philippine.

Sin embargo, el padre Grosjean recordó que más allá de las lágrimas es posible elevar una acción de gracias hacia Dios y hacia esta joven, como una muestra de gratitud. "Todos los que te conocieron y amaron toman más conciencia que nunca de lo que fue bello y verdadero en tu vida, de lo que recibieron de ti”.

Entonces -agregó- “comprenderéis más que nunca hasta qué punto la vida de Philippine fue un regalo de Dios para ti... Entonces, mezclada con tus lágrimas, podrás elevar esta oración de alabanza: ‘Gracias Dios, gracias por haberme dado a Philippine’. Como hija, como hermana, como amiga, como compañera. Señor, permite que todo lo que fue hermoso en su vida dé frutos en nuestras vidas”.

El padre Grosjean, que conocía muy bien a la joven, subrayó que esta estudiante había aprendido en su familia, en la parroquia, en los scouts “la alegría de creer, de amar y de servir”.

Pero también recordó que las miles de personas estaban reunidas en la catedral para rezar. “Philippine, tuviste fe, creíste que Jesús dio su vida por cada uno de nosotros. Para que en nuestra vida, ni nuestro pecado, ni el mal que nos afecta, ni siquiera la muerte puedan tener la última palabra. Por eso estamos aquí. Porque, siguiéndote a ti, también queremos acoger esta promesa de Jesús: ‘Di mi vida para que vosotros tengáis vida en plenitud’. Queremos aferrarnos a esta esperanza que Jesús nos da, como nos aferramos a un ancla para no hundirnos ni ir a la deriva”.

“Esperamos y creemos que el Señor te acoge en su paz, en la alegría del Cielo, que con Él ya no sufres y que conoces esta perfecta felicidad para la que fuimos creados, esta felicidad que ningún mal podrá alcanzar ni dañar en adelante, esta alegría eterna de la que todos tenemos sed, de la que tú tuviste sed y que las alegrías de tu vida anunciaron. Estamos aquí, aferrados a esta esperanza que también nos promete que algún día habrá un reencuentro. Nos veremos de nuevo. Esta esperanza no impide nuestras lágrimas, pero las ilumina”, añadió.

En este sentido, el padre Grosjean prosiguió la homilía dando esbozos sobre la vida de esta joven, para la que la fe era la cuestión central de su vida. “Para que esta fe iluminase tu vida viniste a misa los domingos, te gustaba venir al grupo de oración parroquial, viviste fu fe en acción con tus amigos, particularmente en el movimiento scout. Por supuesto, como cada uno de nosotros, tuviste tus defectos, tus dudas y tus límites… pero creíste en el perdón de Dios, sabías que eras amada por Él”.

El padre Grosjean, junto con la familia de Philippine, durante el funeral.

El padre Grosjean, junto con la familia de Philippine, durante el funeral.

Y por último, dijo a los presentes que además de estar allí reunidos para llorar y rezar, también lo estaban para actuar. “Cada uno tenemos una misión. No queremos que el mal tenga la última palabra. Creemos que Jesús venció la muerte, para que quienes acojan este Amor victorioso puedan recibir la vida eterna”, afirmó.

¿Y cómo actuar? Según dijo, respondiendo al mal volviéndolo contra sí mismo. “Queremos oponernos al Mal, a su violencia y a su fealdad, con la fuerza de nuestro amor, nuestra esperanza, nuestra fe y la belleza de nuestra unidad. Queremos responder al horror del mal con la fuerza aún mayor del bien, el bien que podemos hacer comprometiéndonos, cada uno a su manera, cada uno según su vocación, a servir. Servir a los más pequeños, a los más jóvenes, a los más pobres o a los más frágiles; servir concretamente a nuestro país, a nuestras parroquias, a nuestras escuelas y a nuestras universidades. Comprometernos por más justicia y más paz, para anunciar el Evangelio y consolar a los afligidos”.

“Una vez más la justicia hará su trabajo. Esto es definitivamente necesario, pero no suficiente. Cada uno de nosotros también puede decidir aquí que algo cambiará en nuestra vida en estos días. Todos podemos decidir salir un poco mejores de este funeral, para que el mundo sea un lugar mejor: podemos salir con un corazón más generoso, un alma más ferviente y fiel, un mayor deseo de servir, de amar y de creer. Todos podemos encontrar un paso que dar, un paso más allá", señaló.

Y para ello, el sacerdote puso varios ejemplos: "una reconciliación que vivir con un ser querido, por ejemplo, decir y mostrar verdaderamente nuestra confianza o nuestro amor a quien lo necesita, empezando por nuestros padres, nuestros hijos, nuestros amigos… Por ejemplo, atrévete a emprender ese proyecto que nos espera o tomar las riendas de tal o cual aspecto de nuestra vida que ha estado algo descuidado... O iniciar o encontrar un camino hacia Dios o hacia los demás... decidir dedicarnos a tal o cual servicio, formación o movimiento... visitar o cuidar a los que están solos, enfermos, ancianos o aislados... elegir atreverse a hablar con la verdad entre amigos y levantarse... decidir volver, aunque sea pobremente, a la oración, a confesarse o volver a misa... atrevernos a compartir esta fe que nos inspira a muchos de nosotros, aunque a veces sea frágil o mezclada con dudas…”.



Tanto mar separa os Açores do continente, continua bonita a festa

Bom dia, paz e bem!!

«A palavra é forte, mas o gesto é que arrasta» - Padre António Rego

Esta frase reapareceu na projeção de vários dos trabalhos jornalísticos do padre António Rego, na homenagem ‘António Rego: 60 anos de sacerdócio e jornalismo’, realizada pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.

As primeiras memórias do padre António Rego devem ser auditivas, a sua voz. Na televisão tenho de destacar o programa '70×7', e o famoso genérico da árvore. Temos a mesma idade, o programa é uns meses mais novo, começou no dia 21 de outubro de 1979, e a sua transmissão era um acontecimento. A primeira vez que nos cruzamos em trabalho foi no final da Missa das Vindimas (2006?!), em Palmela.

Para o futuro, aquele que se faz todos os dias, ficou no ar a pergunta, o que fazer, e como, com a escola de jornalismo, de comunicação que é e ficou do padre António Rego… acrescento, do muito que se ouviu nesta homenagem, até de Igreja, de ecumenismo, e de diálogo inter-religioso.

Esta iniciativa decorreu no final das Jornadas Nacionais de Comunicação Social 2024. Tiveram como tema ‘Jornalismo e Inteligência artificial’, em Fátima, na ‘Domus Carmeli’.

As JNCS2024, neste segundo e último dia, começaram com uma mesa redonda sobre ‘Jornalismo artificial?’, e terminaram com a conferência ‘Inteligência artificial: desafios éticos’, e a conclusão desta parte teórico-prática das Jornadas. Os vídeos já estão online: https://sites.ecclesia.pt/jornadas2024/

«Existem realidades que são únicas do humano e que nenhuma máquina, por muito inteligente que seja, pode substituir» – D. Nuno Brás, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais

O Papa continua a sua 46.ª viagem internacional, na Bélgica. Francisco condenou os casos de abusos sexuais e adoções forçadas; apelou à união da Europa para travar «inverno demográfico» e «inferno da guerra»; visitou de surpresa um Lar de idosos, e desafiou as universidades a «alargar fronteiras», contra discursos «sectários».

Neste Dia Internacional do Acesso Universal à Informação (28 setembro), as notícias da Igreja e do mundo continuam, hoje e todos os dias, em www.agencia.ecclesia.

O Programa Ecclesia, que esteve há pouco na Antena 1 da rádio pública (06h00), recebeu o padre Miguel Gonçalves Ferreira, sacerdote jesuíta que é o novo coordenador Serviço Nacional da Pastoral do Ensino Superior (SNPES).

“O tempo da Universidade cruza-se com as perguntas vitais sobre a vocação, sobre o que é que Deus chama a ser, sobre a identidade. É um tempo vital onde se faz amigos essenciais que estruturam a vida, tantas vezes é o lugar onde as pessoas encontram alguém com quem irão constituir família. O tempo da Universidade é o tempo de chegar à idade adulta, com todas as capacidades, mas também com toda a liberdade e queremos ajudar a formar pessoas livres, conscientes, compassivas, pessoas crentes.”

Passe também pela nossa agenda, e não se esqueça da entrevista conjunta ECCLESIA/Renascença, este domingo com o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), antes do início do sínodo, e o programa ‘70*7’ (17h40).

Desejo um bom fim de semana para todos,
Carlos Borges

 


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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Concerto "Há 35 anos, Violinos em Grândola"



Setembro Amarelo - Informação Partilhada do Núcleo Distrital de Beja da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza 88-2024





Francisco colocou os migrantes no centro da sua viagem ao coração da Europa

Mostrando "caminho a seguir"

 | 26 Set 2024

O Papa Francisco no encontro com a comunidade católica do Luxemburgo, 26 setembro 2024. Foto Vatican Media

Para o Papa, acolher o outro é “um dever de justiça antes ainda do dever de caridade”Foto © Vatican Media

“Obrigado ao povo e ao governo do Luxemburgo pelo que fazem pelos migrantes”, disse Francisco no final do primeiro dia da sua 46ª viagem apostólica. A frase não estava prevista no discurso que preparara para o encontro com a comunidade católica na Catedral de Notre-Dame do Luxemburgo, tal como não estava previsto o presente que mais o comoveu no voo que o levou de Roma em direção ao coração da Europa: um saco de tecido senegalês cheio de cartas escritas por migrantes que fugiram de África em busca de um futuro melhor, e que vivem atualmente nas Ilhas Canárias.

Foi a vaticanista espanhola Eva Fernández que o entregou ao Papa. Lá dentro, entre muitas outras, estava a carta de Michel, ainda menor de idade. Nela, o mais novo de três irmãos conta que viajou durante sete dias com a mesma roupa, porque os traficantes deixaram a sua mochila em terra. Quando chegou às Canárias, depois de uma semana com a mesma t-shirt e as mesmas calças sempre molhadas no corpo, mal conseguia andar. Foi acolhido juntamente com um amigo pela Fundação Il Buon Samaritano e já começou a trabalhar. Assim, escreve esperançoso, poderá ajudar a sua família no Senegal.

Ousseynou Fall, também do Senegal, é o autor de outra das cartas: é mais velho que Michel, mas igualmente traumatizado pela viagem, durante a qual viu várias pessoas morrerem de sede. Na sua missiva, diz ao Papa que se ele for visitar as Canárias será de grande conforto para aqueles que sofrem e sonham na ilha. E se essa visita se concretizar, Ousseynou oferece-se para acompanhar Francisco ao porto de Arguineguin, onde muitas pessoas chegam em barcos.

Há também uma carta de Abibo Danfá, da Guiné Bissau, um dos poucos cristãos que chegaram às Ilhas Canárias. No seu país, Abibo estudou e trabalhou para pagar os estudos dele e dos irmãos, mas a falta de dinheiro impediu-o de continuar. Chegou de barco a El Hierro, depois de uma viagem tortuosa. Fala ao Papa sobre a impossibilidade de viver em África devido à fome e às guerras: explica que é por isso que muitos decidem tentar reconstruir as suas vidas na Europa. Alguns têm como objetivo chegar ao Luxemburgo e à Bélgica, que Francisco visita por estes dias.

Consciente destas e de tantas outras histórias tragicamente semelhantes, o Papa colocou os migrantes no centro das duas intervenções que fez no Luxemburgo, esta quinta-feira, antes de rumar a Bruxelas.

O Papa Francisco no encontro com as autoridades do Luxemburgo, 26 setembro 2024. Foto Vatican Media (1)

O Papa pediu aos responsáveis políticos do Luxemburgo que ajudem as nações mais desfavorecidas a sair dessa condição. Foto © Vatican Media

De manhã, durante o encontro com as autoridades e representantes do grão-ducado, Francisco pediu aos responsáveis políticos maior vigilância para não negligenciarem as nações mais desfavorecidas, ajudando-as a sair da sua condição de empobrecimento. “Trata-se de uma excelente forma de garantir a diminuição do número dos que são obrigados a emigrar, muitas vezes em condições desumanas e perigosas”, assinalou.

Tendo em conta a sua localização estratégica e o facto de quase metade dos seus habitantes virem de outras partes da Europa e do mundo, o Papa descreveu o Luxemburgo como “uma ajuda e um exemplo para mostrar o caminho a seguir em matéria de acolhimento e integração de migrantes e refugiados”.

Francisco sublinhou ainda que este pequeno país “pode mostrar a todos as vantagens da paz face aos horrores da guerra, da integração e da promoção dos migrantes face à sua segregação; os benefícios da cooperação entre as nações face às consequências nefastas do endurecimento das posições e da procura egoísta e míope, ou mesmo violenta, dos próprios interesses”.

Mais tarde, no encontro com a comunidade católica, e depois de ter escutado com visível satisfação os testemunhos de um jovem e uma religiosa portugueses a viver no Luxemburgo, o Papa voltou a insistir num “aspeto hoje muito premente: o acolhimento”. “Neste campo, o vosso país tem e mantém viva uma tradição secular. Sim, o espírito do Evangelho é um espírito de acolhimento, de abertura a todos, e não admite nenhum tipo de exclusão”, disse Francisco. “Encorajo-vos, portanto, a permanecer fiéis a esta herança, continuando a fazer do vosso país uma casa amiga para quem quer que bata à vossa porta em busca de ajuda e hospitalidade”, acrescentou.

Para o Papa, acolher o outro é “um dever de justiça antes ainda do dever de caridade”. E recordando João Paulo II, que em 1985 encorajou os jovens luxemburgueses a traçar caminho para “uma Europa não só das mercadorias e dos bens, mas dos valores, dos homens e dos corações”, na qual o Evangelho fosse partilhado “na palavra do anúncio e nos sinais do amor”, Francisco sublinhou a importância de “uma Europa, e um mundo, em que o Evangelho seja transmitido através da palavra do anúncio unida aos sinais do amor”.

No final, a Igreja luxemburguesa ofereceu um presente ao Papa – um donativo das comunidades católicas – que será encaminhado para a Cáritas local, para colocar em prática o que ele pediu: ajudar os pobres e refugiados.