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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

«Nunca abandonemos ninguém»


No dia em que foi anunciada a discussão na Assembleia da República portuguesa o debate das propostas para a despenalização da eutanásia, em Portugal, o Papa criticou as sociedades que “descartam os doentes incuráveis”.
“Nunca abandonemos ninguém na presença de doenças incuráveis. A vida humana, por causa do seu destino eterno, mantém todo o seu valor e dignidade em todas as condições, incluindo a precariedade e a fragilidade, e, como tal, é sempre digna da máxima consideração”, declarou, na audiência que concedeu aos participantes na assembleia plenária da Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé).
Francisco criticou a “cultura do descarte” que questiona o “valor intocável da vida humana”, pedindo maior aposta nos cuidados paliativos.
“Que as pessoas em estado terminal sejam acompanhadas com apoio médico, psicológico e espiritual qualificado, para que possam viver com dignidade, confortadas pela proximidade dos entes queridos, a fase final das suas vidas terrenas”, indicou.
Com o aproximar do dia do Consagrado, que a Igreja católica celebra no dia 2 de fevereiro, o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada (Santa Sé) assumiu um “declínio muito grande” no número de religiosas de clausura na Europa.
“Na Europa, há um declínio muito grande. Há vocações, mas poucas. Muitos mosteiros permanecem vazios, não se sabe o que fazer, muitos bens são perdidos. A média de idade das religiosas na Europa é muito alta, nos próximos anos pensamos que a vida contemplativa possa diminuir em 50%”, refere o cardeal brasileiro D. João Braz de Aviz, em entrevista ao suplemento feminino do jornal ‘L’Osservatore Romano’.
O responsável do Vaticano refere que o Papa tem proposto medidas para combater o isolamento e criar relações mais fraternas.
“As estruturas são complexas e a mudança é lenta”, realça o cardeal Braz de Aviz, para quem “a vida contemplativa é um dos sinais mais bonitos de vida cristã consagrada”.
Sobre a proposta de Donald Trump para um plano de paz para o Médio Oriente, onde falou de “solução realista de dois Estados” e anunciou Jerusalém como “a capital indivisível de Israel”, os bispos católicos da Terra Santa manifestaram, em comunicado conjunto, a sua rejeição.
“Esse plano não trará soluções, mas criará mais tensões e provavelmente mais violência e derramamento de sangue”, advertem os responsáveis.
A Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa recorda que o conflito israelita-palestino está “há décadas” no centro de “muitas iniciativas de paz e propostas de solução”, considerando que é necessário “o acordo dos dois povos, israelitas e palestinos”, numa base de “igualdade de direitos e dignidade”.
Por cá fazemos eco do trabalho que a diocese de Lamego está a desenvolver no âmbito do património religioso, com a criação de um novo departamento que quer valorizar o património religioso e natural da região, integrando a dinâmica de evangelização da comunidade católica local.
“Responder às motivações de fé e procura do bem e da beleza inscritas no coração do homem e daqueles que procuram o património religioso de Lamego”, afirmou o presidente da Pastoral do Turismo da Diocese de Lamego, o padre Filipe Pereira.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, os responsáveis deste organismo querem “organizar e velar” pela valorização e “bom aproveitamento” dos espaços religiosos e culturais abertos ao turismo, contribuindo para o “desenvolvimento integral” da diocese, “canalizando recursos económicos para a conservação do património e oferecer um produto e roteiro turístico organizado”.
Mas há mais para descobrir no portal de informação da Agência Ecclesia. Encontramo-nos lá?
Tenha um excelente dia!
Lígia Silveira


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