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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

50 minutos e um discurso para o mundo


 
“Preocupantes são os sinais que chegam de toda a região, após o recrudescimento da tensão entre o Irão e os Estados Unidos que se arrisca, antes de tudo, a provar duramente o lento processo de reconstrução do Iraque, bem como a criar as bases dum conflito em larga escala que todos gostaríamos de poder esconjurar”.
“A Santa Sé renova o seu empenho para que se descubram os abusos cometidos e se garanta a proteção dos menores, através duma ampla gama de normas que permitam enfrentar tais casos no contexto do direito canónico e através da colaboração com as autoridades civis, a nível local e internacional”.
“Um mundo sem armas nucleares é possível e necessário, e é tempo que se tornem cientes disto mesmo quantos têm responsabilidades políticas, porque não é a posse dissuasora de poderosos meios de destruição de massa que torna o mundo mais seguro”.
 “O projeto europeu continua a ser uma garantia fundamental de desenvolvimento para quem faz parte dele há algum tempo e uma oportunidade de paz, depois de turbulentos conflitos”.
“Dói constatar como continuam – particularmente no Burquina Faso, Mali, Níger e Nigéria – episódios de violência contra pessoas inocentes, entre as quais muitos cristãos perseguidos e mortos pela sua fidelidade ao Evangelho”.
Um discurso com 50 minutos a 183 representantes e muitos recados para o mundo. Foi assim que o Papa Francisco apresentou ao corpo diplomático na Santa Sé as preocupações para o ano que começa, sem esquecer ainda a situação que os incêndios na Austrália estão a provocar.
A situação no Médio Oriente, com a escalada de tensão que se verificou nos últimos dias entre os Estados Unidos da América e o Irão, e um apelo forte para que as partes envolvidas “evitem um agravamento do conflito e mantenham acesa a chama do diálogo e do autocontrolo, no pleno respeito da legalidade internacional”, foi acentuado por Francisco que não esqueceu a necessária “liberdade religiosa” para cristãos perseguidos e mortos pela sua fidelidade ao Evangelho”.
Sublinhamos ainda a reafirmação do Papa no combate aos abusos sexuais, sublinhando a importância da colaboração com as autoridades civis, e o fim do armamento nuclear.
Mas Francisco não esqueceu também a construção do projeto europeu, pilar d erecuperação da paz após a II Guerra Mundial.
Neste dia confira ainda a entrevista Ecclesia/Renascença, a João Pedro Tavares, presidente da ACEGE - Associação Cristã de Empresários e Gestores, sobre o que considera que deveriam ser as prioridades do Orçamento, o aumento do salário mínimo, a necessidade de uma cultura de pagamento pontual e a conciliação família-trabalho, projetando o encontro de jovens economistas que o Papa convocou para março deste ano, em Assis.
Deixo-lhe ainda a sugestão de conferir a reportagem da ECCLESIA numa visita ao Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
Mas há mais para ler, ver e ouvir no portal de informação da Agência Ecclesia.
Encontramo-nos lá?
Lígia Silveira

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