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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

«Destapar a panela»

A expressão é do Papa Francisco, que nesta manhã, nos chega no término da sua viagem ao Japão:
“É a primeira vez no Vaticano que a panela é destampada a partir de dentro, não de fora. De fora tantas vezes… Isso foi-nos dito tantas vezes e nós com tanta vergonha…”, afirmou sobre os escândalos de corrupção envolvendo as Finanças da Santa Sé.
Francisco precisou que a denúncia sobre corrupção ligada à compra de imóveis em Londres, com dinheiro do chamado ‘Óbolo de São Pedro’ (donativos de organismos episcopais e católicos de todo o mundo) partiu dos próprios responsáveis pela supervisão financeira da Santa Sé, a quem sugeriu que fizessem a denúncia junto das autoridades judiciais do Estado da Cidade do Vaticano. A investigação foi realizada em cinco escritórios e, apesar da presunção de inocência, indicou o Papa, “existem capitais que não são bem administrados, também com corrupção”.
Na viagem de regresso ao Vaticano, Francisco manifestou ainda a sua preocupação com crises políticas em Hong Kong e na América Latina, apelando à pacificação destes territórios.
O Papa sublinhou que se vive um clima “geral” de instabilidade, dos “coletes amarelos” na França à Nicarágua, passando pelo Chile.
“O que faz a Santa Sé face a isto? Apela ao diálogo, à paz, mas não é só Hong Kong, há várias situações com problemas que não sou capaz de avaliar neste momento. Eu respeito a paz e peço paz para todos estes países que têm problemas, incluindo a Espanha”, acrescentou.
O dia ficou ainda marcado pela intenção do Papa em consagrar a proibição de uso e pose de armas nucleares no Catecismo da Igreja Católica.
“O uso das armas nucleares é imoral, por isso deve ser introduzido no Catecismo da Igreja Católica; e não somente o uso, mas também a posse, porque um acidente, ou a loucura de algum governante, a loucura de um só pode destruir a humanidade”, referiu aos jornalistas, no voo entre Tóquio e Roma, após uma viagem de sete dias à Ásia, com passagens pela Tailândia e o Japão.
Por cá a Comissão Nacional Justiça e Paz antecipa o Dia Internacional Contra a Corrupção, que se assinala a 9 de dezembro, e pediu às pessoas a sua recusa perante “qualquer colaboração” em atividades ilícitas.
“Aos cidadãos em geral cabe um papel de recusa de qualquer colaboração na corrupção, de denúncia do fenómeno e, sobretudo, de difusão de uma cultura de honestidade e de serviço ao bem comum”, lê-se na nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Mas há mais para ler, ouvir e ver no portal de noticias da Agência Ecclesia. Encontramo-nos lá?




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