Em dia de canonização do Frei Bartolomeu dos
Mártires, começo estas linhas pela conferência anual da Comissão justiça e
Paz e pelo apelo
que Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa deixou:
“O combate deve
ser à pobreza, não aos pobres”.
A pobreza que a Assembleia da República
reconheceu, unanimemente, como um ataque aos direitos humanos, continua a
encher documentos mas não se reflete em ações que reconheça a dignidades de
todos.
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“Perante a avalanche de imigrantes na Europa, o
que vamos fazer? Ninguém os quer. Não podemos socorrer todos sem saber onde
os colocamos. Mas o que estamos a fazer para que não tenham de sair? Quantos
países cumprem o compromisso de dar uma percentagem da sua riqueza para os
países mais pobres? E como invertemos isso?”, questionou.
D. Juan José Omella indicou
que os pobres vivem hoje nas prisões, “que não são estabelecimentos de
inserção, mas escolas de crime”, “estão nas periferias”, “são vítimas de
desastres naturais”, perseguidos por questões religiosas, vitimas de
violência, “seres humanos que não nascem”, são crianças abandonadas nas ruas,
“são os que sofrem com a precariedade laboral e existencial”.
O arcebispo indicou a necessidade de “atacar e
denunciar as causas da pobreza” e afirmou ainda que o “ativismo social não
pode fazer esquecer a vocação cristã, caso contrário a Igreja transforma-se
numa ONG”.
No Vaticano o Papa Francisco entregou este sábado
o «Nobel» da Teologia
ao professor canadiano CharlesTaylor e teólogo africano Paul Béré, a quem
lembrou o dever da Teologia:
“O dever da Teologia é permanecer em diálogo
ativo com as culturas, mas é também uma condição necessária para a vitalidade
da fé cristã e a missão de evangelização da Igreja”.
A atribuição do prémio foi também ocasião para
lembrar o Papa emérito Bento XVI e agradecer o seu “estudo, reflexão, escuta,
diálogo e oração sempre à procura de um maior encontro com Deus”, afirmou.
Francisco recordou que, traduzido no “desejo de
Joseph Ratzinger”, a procura pela verdade “sempre integra razão e fé,
inteligência e espiritualidade”.
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Se ainda não teve ocasião de conhecer melhor esta
figura do século XVI que antecipou as mudanças que a Igreja necessitava, apenas
consagradas 400 anos depois no Concílio do Vaticano II, pode encontrar todas
as informações mais relevantes neste
trabalho do jornalista Luís Filipe Santos.
Um bom domingo e um dia feliz!
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domingo, 10 de novembro de 2019
«Combate à pobreza, não aos pobres»
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