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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Card. Filoni: Seria muito bom um ano da misericórdia também para os muçulmanos

Continua a visita do prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos ao Iraque. Convida os cristãos e muçulmanos a "reconstruir a fraternidade"


Roma, 01 de Abril de 2015 (Zenit.org)


Depois de uma parada em Amã, na Jordânia, e da visita a Bagdade e Erbil, no Iraque, o card. Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, foi hoje para algumas aldeias no norte do Iraque para levar a bênção e a solidariedade concreta do Papa Francisco.

O enviado do Vaticano foi tranquilizado por seus encontros com líderes institucionais curdos, como explicou à Rádio Vaticano: "Pude encontra-me tanto com o presidente do Parlamento quanto com as primeiras autoridades do Curdistão e todos me garantiram que os cristãos estão no topo também das suas atenções e que espera que a sua presença aqui cumpra seus objectivos”.

O Card. Filoni focou no tema da misericórdia, para a qual o Papa convocou um Ano Santo a partir do próximo dia 8 de Dezembro. De acordo com o cardeal, "também os irmãos muçulmanos deveriam aprender a viver um ano sabático da misericórdia, especialmente porque também eles acreditam em um Deus clemente e misericordioso”. Portanto – acrescentou -, “se também junto com os cristãos, os muçulmanos celebram a misericórdia, pode-se reconstruir aquela fraternidade, aquela proximidade, também fundamentando tudo no mistério de Deus, porque a paz e a reconciliação e a misericórdia, se não tem como base a Deus, obviamente, não são nem misericórdia, nem paz”.

A impressão que está tendo o cardeal Filoni é que “a situação, de um ponto de vista geral, com relação ao mês de Agosto, naturalmente, melhorou muito porque as famílias encontraram alojamento, uma sistematização, embora talvez duas famílias em uma mesma casa”. Porém, a situação continua a ser “difícil e delicada”, aliviada pela presença da Igreja Católica que está assegurando uma assistência aos refugiados. E que, com a presença do card. Filoni precisamente na Semana Santa, assegura também uma aproximação espiritual à população.

"Eu já disse a vários grupos que encontrei que o mistério de seu sofrimento é precioso aos olhos de Deus porque está unido ao de Cristo nesta Semana Santa, por isso não pensem que esse seu sofrimento é inútil e que não valha nada”, afirma o card. Filoni. Que conclui: “Mesmo que a sua condição neste momento, aparentemente, não dê esperança, mas diante dos olhos de Deus isso vale e é precioso. É um encorajamento espiritual ao lado do de tipo material que oferecemos".

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