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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Suécia sai às ruas para dizer "não à islamofobia"

Três mesquitas, em uma semana, vítimas de ataques agressivos. O Ministro da Cultura e da Democracia: "É preciso uma estratégia correta de informação sobre o mundo muçulmano"


Roma, 05 de Janeiro de 2015 (Zenit.org)


Mais de mil pessoas se reuniram sexta-feira, 2 de Janeiro, em Estocolmo e em várias cidades da Suécia para dizer "Não à islamofobia", depois de que três mesquitas, no espaço de uma semana, sofreram duros ataques. Trata-se das mesquitas de Eslöv (29 de Dezembro), Eskilstuna (25 de Dezembro) e Uppsala, onde, na noite entre quarta-feira e quinta-feira um homem jogou um cocktail molotov.

"Convidamos representantes da sociedade muçulmana. Juntos – disse o ministro da Cultura e Democracia, Alice Bah Kuhnke, durante as manifestações – traçaremos uma estratégia correta de informação sobre o mundo muçulmano. A Suécia até agora não adoptou nenhuma estratégia, infelizmente. Chegou a hora".

Como observa L'Osservatore Romano, o país da tolerância tem de lidar, no entanto, com o crescimento dos democratas suecos. O partido da extrema direita anti-imigração, ao grito de "Suécia para os suecos", tornou-se, de facto, a terceira força no Parlamento.

Com essa manifestação, portanto, se quis enviar uma mensagem diferente, ou seja, que "o amor vence o ódio". É por isso que se escolheu o símbolo do coração para o evento; dezenas de corações foram pendurados nas paredes da mesquita em Uppsala, onde o ataque está sendo investigado agora pela polícia.
"Estes ataques motivados pelo ódio contra os muçulmanos são um problema para toda a sociedade", disse Mohammad Kharraki, porta-voz da Associação Islâmica da Suécia. E as Forças da Ordem anunciaram o reforço das medidas de segurança aos principais lugares de culto muçulmanos.

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