Porta-voz da Santa Sé diz que o papa não considerou as sedes cardinalícias como vinculantes
Roma, 05 de Janeiro de 2015 (Zenit.org)
Na eleição dos novos cardeais, “o critério mais evidente é o
da universalidade”, declarou neste domingo o porta-voz da Santa Sé,
padre Federico Lombardi, afirmando que, entre os novos eleitores, há
representantes de 14 países, dos quais 6 não tinham cardeais actualmente e
alguns nunca tinham tido nenhum. Levando-se em conta os cardeais
eméritos recém-nomeados, os países chegam a 18.
O director da sala de imprensa destacou que, “entre os eleitores, há
5 da Europa, 3 da Ásia, 3 da América Latina, 2 da África e 2 da Oceânia”. Não há novos cardeais dos Estados Unidos e do Canadá, mas é
"porque o seu número já é consistente”.
“Ficou confirmado”, prosseguiu Lombardi, “que o papa não se atém às
tradicionais 'sedes cardinalícias', motivadas por razões históricas dos
diversos países, nas quais o cardinalato era considerado quase
'automático'”. Por isso, “temos várias nomeações de arcebispos e bispos
de sedes que não tinham cardeal. Isto se aplica, por exemplo, à Itália, à
Espanha, ao México, ao Panamá”.
O porta-voz destacou a presença de “países que nunca tinham tido um
cardeal (Cabo Verde, Tonga, Mianmar, comunidades eclesiais pequenas ou
em situação minoritária; o bispo de Tonga é presidente da Conferência
Episcopal do Oceano Pacífico; a diocese de Santiago de Cabo Verde é uma
das mais antigas dioceses africanas; a de Morelia, no México, é uma
região muito afectada pela violência).
“Só um dos novos cardeais é da cúria romana”, disse Lombardi, “o que
também é destacável, já que os cardeais ‘romanos’ continuam sendo cerca
de um quarto dos eleitores”.
“É evidente que o papa tem a intenção de considerar os postos de
prefeitos das congregações e algumas outras importantes instituições
dentro da cúria, como, neste caso, o Tribunal da Assinatura”.
Sobre os cardeais eméritos, o porta-voz ressaltou a intenção
simbólica do papa: “Eles representam muitos bispos que, com a mesma
solicitude pastoral, serviram como pastores de dioceses, mas também na
cúria e no serviço diplomático”. É “um reconhecimento dado
simbolicamente a alguns, mas que reconhece os méritos de todos”.
Para os 12 lugares “vacantes”, o Santo Padre nomeou 15 eleitores:
“Superou ligeiramente o número, mas se manteve muito perto disso”,
encerrou Lombardi.
(05 de Janeiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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