Por causa do vírus, não se celebram baptismos e matrimónios na Igreja. Neste ano nenhuma Vigília de Natal. Sobreviventes e crianças órfãs discriminadas embora imunes, aumentam as gestações precoces
Roma, 02 de Janeiro de 2015 (Zenit.org)
São 2.529 as mortes relacionadas com a epidemia de Ebola na
Serra Leoa entre casos suspeitos, prováveis e confirmados. 1.326 casos
confirmados foram curados e muitas pessoas conseguiram sobreviver, mas o
impacto do vírus terá uma longa vida no país cuja população total tem
apenas 6 milhões de pessoas.
Um relatório esses dados foi enviado à Agência Fides por CAmillian
Task Force, há muito tempo comprometida nas regiões mais afectadas da
Serra Leoa. A mesma fonte também revela as consequências negativas que o
Ebola trouxe em muitas áreas, incluindo as práticas religiosas.
Na Igreja, por exemplo, estão autorizados a sentar-se só três pessoas
por banco ou em vez de água benta, você deve lavar as mãos com cloro.
Depois das celebrações religiosas, nas Igrejas, se controla a
temperatura com os infravermelhos. Não há o sinal da paz para evitar
apertar as mãos dos outros. Não se celebram nem baptismos, unções dos
enfermos, matrimónios, e neste ano não haverá a vigília de Natal e na
maior parte das paróquias celebrou-se só uma missa.
Embora muitas crianças órfãs, junto com muitos sobreviventes, pagam
as consequências do vírus: apesar de serem imunes, e, portanto, não
possam mais transmiti-lo, são discriminadas pela sociedade.
O mesmo destino também para todos aqueles que enterram os mortos de
Ebola, porque tiveram contacto directo com os portadores. Aumentou,
também, as gestações precoces, talvez por causa das vidas estagnadas e
do fechamento de escolas e universidades.
(02 de Janeiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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