Madre superiora fala ao telefone com o Patriarcado grego ortodoxo
Roma, 05 de Dezembro de 2013
As treze freiras sequestradas na segunda-feira passada, do
convento ortodoxo de Santa Tecla, na cidade de Maalula, Síria, por um
grupo islâmico não identificado, estão bem e se encontram na cidade de
Yabrud, próximo a Damasco. Informaram fontes eclesiais à agência
espanhola EFE.
O núncio apostólico na Síria, Dom Zenari disse que "a madre
superiora pôde falar ontem de noite por telefone com o Patriarcado
grego-ortodoxo em Damasco e lhes disse que as religiosas estavam bem".
As freiras são da cidade de Tecla, localidade de maioria cristã, onde
ainda se fala um dialecto aramaico, similar ao falado por Cristo.
Na Audiência Geral de quarta-feira, 4 de dezembro, o Papa Francisco
pediu aos fiéis presentes na Praça de São Pedro, oração pelas freiras:
“Rezemos por essas irmãs e por todas as pessoas sequestradas por causa
do actual conflito. Continuemos a rezar e a actuar pela paz”.
O secretário de estado, Dom Pietro Parolin foi porta-voz da Santa Sé
nesta ocasião, e por ocasião da situação na Síria. Encontrando-se, pela
primeira vez, com os jornalistas, em uma conferência de imprensa, o
bispo declarou: “Nós acompanhamos principalmente através da Nunciatura
apostólica que nos informa sobre a situação. É um episódio que aumenta
nossa preocupação em relação a grave situação enfrentada pelos cristãos,
em particular, a população síria”. O Santo Padre – acrescentou - fez
muitos apelos pela paz, pela pacificação da Síria, e, portanto, a Santa
Sé continuará a fazê-lo. E veremos também durante a Conferência de
Genebra, qual a contribuição poderemos dar".
Segundo autoridades locais, os sequestradores são terroristas
financiados pelo exterior, entre eles a Frente Nusra, ligada à Al Qaeda.
Por parte dos rebeldes islâmicos chegou uma declaração de que não foi
um sequestro, mas uma "evacuação de residentes para outras partes do Al
Qalamun, incluindo Yabrud" para protegê-los de bombardeio. Afirmou o
porta-voz do Conselho Militar de oposição de Damasco, Musab al Jair, à
EFE. Ele informou também que as religiosas estão protegidas "por medo de
que o regime cometa um ato que envolva os revolucionários".
O porta-voz também anunciou que as treze irmãs "serão libertadas, com
segurança garantida, em algum lugar no Al Qalamun, em resposta ao
pedido da família cristã". O exército do presidente Bashar al -Assad se
encontra em uma ofensiva para retomar o controle da área de Al Qalamun,
na fronteira com o Líbano.
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