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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Religiosas sequestradas na Síria estão bem

Madre superiora fala ao telefone com o Patriarcado grego ortodoxo


Roma, 05 de Dezembro de 2013


As treze freiras sequestradas na segunda-feira passada, do convento ortodoxo de Santa Tecla, na cidade de Maalula, Síria, por um grupo islâmico não identificado, estão bem e se encontram na cidade de Yabrud, próximo a Damasco. Informaram fontes eclesiais à agência espanhola EFE.

O núncio apostólico na Síria, Dom Zenari disse que "a madre superiora pôde falar ontem de noite por telefone com o Patriarcado grego-ortodoxo em Damasco e lhes disse que as religiosas estavam bem".

As freiras são da cidade de Tecla, localidade de maioria cristã, onde ainda se fala um dialecto aramaico, similar ao falado por Cristo.  

Na Audiência Geral de quarta-feira, 4 de dezembro, o Papa Francisco pediu aos fiéis presentes na Praça de São Pedro, oração pelas freiras: “Rezemos por essas irmãs e por todas as pessoas sequestradas por causa do actual conflito. Continuemos a rezar e a actuar pela paz”.

O secretário de estado, Dom Pietro Parolin foi porta-voz da Santa Sé nesta ocasião, e por ocasião da situação na Síria. Encontrando-se, pela primeira vez, com os jornalistas, em uma conferência de imprensa, o bispo declarou: “Nós acompanhamos principalmente através da Nunciatura apostólica que nos informa sobre a situação. É um episódio que aumenta nossa preocupação em relação a grave situação enfrentada pelos cristãos, em particular, a população síria”. O Santo Padre – acrescentou - fez muitos apelos pela paz, pela pacificação da Síria, e, portanto, a Santa Sé continuará a fazê-lo. E veremos também durante a Conferência de Genebra, qual a contribuição poderemos dar".

Segundo autoridades locais, os sequestradores são terroristas financiados pelo exterior, entre eles a Frente Nusra, ligada à Al Qaeda. Por parte dos rebeldes islâmicos chegou uma declaração de que não foi um sequestro, mas uma "evacuação de residentes para outras partes do Al Qalamun, incluindo Yabrud" para protegê-los de bombardeio. Afirmou o porta-voz do Conselho Militar de oposição de Damasco, Musab al Jair, à EFE. Ele informou também que as religiosas estão protegidas "por medo de que o regime cometa um ato que envolva os revolucionários".

O porta-voz também anunciou que as treze irmãs "serão libertadas, com segurança garantida, em algum lugar no Al Qalamun, em resposta ao pedido da família cristã". O exército do presidente Bashar al -Assad se encontra em uma ofensiva para retomar o controle da área de Al Qalamun, na fronteira com o Líbano. 

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