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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Beja: Bispo elogia «programa» do Papa Francisco

D. António Vitalino comenta primeira exortação apostólica do pontificado

Beja, 03 Dez 2013 (Ecclesia) – O bispo de Beja elogiou o rumo traçado pelo Papa Francisco na sua primeira exortação apostólica, ‘Evangelii Gaudium’ (a alegria do Evangelho), afirmando que a mesma coloca em relevo “muitas feridas” da sociedade contemporânea.

“(O Papa) Interpela a todos a viver abertos a Deus e aos outros, sobretudo aos pobres, aos marginalizados e explorados dos poderes do mundo, pondo o dedo em muitas feridas das atitudes individualistas, surdas ao diálogo e rendidas ao consumo, dentro e fora da Igreja”, escreve D. António Vitalino, na sua nota semanal, enviada à Agência ECCLESIA.

O prelado destaca que o Papa argentino tem “mostrado claramente” como gostaria de ver a Igreja, por “palavras, gestos e atitudes”.

D. António Vitalino sublinha a referência a uma Igreja “pobre para os pobres”, “sem medo de sujar as mãos ao tocar os pobres e as misérias deste mundo”.

“Apesar de se tratar de um documento extenso, este escrito papal lê-se com facilidade, no estilo muito pessoal e interpelativo do Papa Francisco. Por isso ouso aconselhar a sua leitura neste tempo do Advento, início do ano litúrgico da Igreja, em que precisamos de alimento para o nosso caminho de esperança na vinda do Senhor, para salvar a nossa humanidade, carente de amor e de pão, muito desigual no usufruto dos bens deste mundo e do alimento que vem do céu”, refere o bispo de Beja.

O responsável alerta para a “solidão na doença e na pobreza” que aponta como causa de um “sofrimento atroz e exclusão” na sociedade.

“O Advento deve levar-nos a caminhar com alegria ao encontro dos que sofrem, seja pela solidão, a doença, a pobreza, ou pela falta de trabalho remunerado”, precisa.

O bispo de Beja convida as comunidades católicas a preparar o Natal com o objectivo de construir “um mundo mais solidário, dialogante, próximo e fraterno”.

OC


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2 comentários:

  1. Sua Santidade faz apelos muito precisos aos cristãos e aos ministros sagrados que muitas vezes tenho em dizer não acolhem não vão á procura da ovelha tresmalhada ficam se pelo conforto mas rezemos por todos aqueles que nesta igreja de perdão consigamos levar a bom porto a barca da vida sem que ninguém se afogue no obscurantismo social .

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  2. Sem uma abertura do coração à mensagem e portanto ao apelo ao amor fraterno, onde a oração tem o seu papel, assim como a palavra e os sacramentos, será difícil melhorar as coisas.
    O filósofo chinês Confúcio dizia algo do género: "Se vês um mau exemplo, analiza-te; se vês um bom exemplo, imita-o"
    Cada um, incluindo eu próprio, faça uma auto-análise e decida o que há a fazer.

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