Durante a missa em Santa Marta, papa Francisco lembra que é impossível anunciar o Evangelho se a pessoa está na tristeza ou desanimada
Cidade do Vaticano, 31 de Maio de 2013
A alegria é uma condição necessária para a proclamação do
Cristo ressuscitado. Papa Francisco já manifestou este conceito em
vários momentos desde o início do seu pontificado, e esta manhã o
reiterou durante a homilia na Santa Marta.
O Papa concelebrou com o cardeal Jozef Tomko, o Arcebispo de
Faridabad-Delhi, Kuriakose Bharanikulangara, e o Arcebispo de Belo
Horizonte, Walmor Oliveira de Azevedo. Alguns funcionários participaram
da missa, alguns dos Serviços Financeiros do Vaticano, acompanhados pelo director, Sabatino Napolitano, e alguns colaboradores da Guarda Suíça.
Papa Francisco observou como a palavra “alegria” aparece seja na
Primeira Leitura de hoje (Sofonias 3, 14-17) que no Evangelho (Lc 1,
39-56): este último em especial mostra o encontro entre Maria e a sua
prima Isabel, cujo filho “exulta de alegria” no ventre, ao ouvir as
palavras da Mãe de Deus.
No entanto, a alegria não é algo tão óbvio na vida de tantos
cristãos. "Não estamos mais acostumados a falar de alegria", e mais,
“acredito que muitas vezes gostamos mais da reclamações”, destacou o
Papa.
Neste sentido, o Santo Padre citou as palavras de seu predecessor
Paulo VI que "dizia que não se pode levar adiante o Evangelho com
cristãos tristes, desencorajados, desanimados”.
O autêntico “criador da alegria” é o Espírito Santo que “nos dá a
verdadeira liberdade cristã”. Sem alegria, nós cristãos “não podemos nos
tornar livres”, pelo contrário “nos tornamos escravos das nossas
tristezas”, acrescentou. A tal ponto que muitos cristãos parecem “ir
mais a uma procissão fúnebre” do que “louvar a Deus”.
O louvor a Deus, explicou depois o Papa, acontece quando se sai de si
mesmo “gratuitamente, como é gratuita a graça que Ele nos dá”. Louvar a
Deus, é algo maior do que um simples agradecimento e a eternidade
consistirá precisamente no louvar a Ele: “E isso não será chato, será
maravilhoso!. A alegria do louvor “nos faz livres”, acrescentou.
Modelo de alegria e de louvor a Deus é a Virgem Maria, que, não à
toa, a Igreja chama “causa da nossa alegria”, porque “leva a maior
alegria que é Jesus”, lembrou Francisco.
O Santo Padre concluiu sua homilia pedindo para "rezar a Nossa
Senhora, para que trazendo Jesus nos dê a graça da alegria, da alegria
da alegria”.
(Tradução Thácio Siqueira)
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