Tráfico sexual e prostituição: os frutos perversos da política do filho único.
Roma, 27 de Junho de 2013
O número reduzido de mulheres chinesas tem feito explodir o fenómeno do tráfico sexual e da prostituição na China.
O Instituto de Pesquisa Populacional dos EUA, no briefing
semanal de 24 de Junho, publicou um relatório escrito por Anne Roback
Morse, segundo o qual o Departamento de Estado dos Estados Unidos, em
seu último Relatório sobre o Tráfico de Pessoas, constatou que a China
caiu na classificação mundial e se tornou um país de destino para o
tráfico do sexo.
Ainda de acordo com o Departamento de Estado norte-americano, a
política do filho único, adoptada há 33 anos na China, é a principal
causa do aumento do tráfico sexual e da prostituição no país.
A política do filho único tem forçado centenas de milhões de casais
chineses a escolher entre uma menina e um menino, e a esmagadora maioria
escolhe ter um filho do sexo masculino. As filhas costumam ser
impedidas de nascer, vítimas do aborto selectivo.
Actualmente, existem 30 milhões de homens a mais do que mulheres na
China. Como comparação, no Brasil, as regiões Sul, Centro-Oeste e Norte,
com seus 14 Estados somados, reúnem juntas cerca de 30 milhões de
homens e 30 milhões de mulheres. Imagine que todas as mulheres desses 14
Estados brasileiros sejam “apagadas” e os homens tenham que viajar
para os demais Estados atrás de mulheres. Esta é a situação na China
hoje.
A política do filho único naquele país “apagou” pelo menos 37
milhões de meninas. É óbvio que a demanda de mulheres tenha feito
explodir o fenómeno do tráfico sexual e da prostituição. Acontecem até
raptos de mulheres das áreas rurais para as cidades. O crime organizado
está "exportando" mulheres de outros países para a China. Mulheres da
Rússia, da Europa, da África e das Américas foram raptadas, compradas,
enganadas e levadas à força para a Ásia a fim de tentar preencher a
lacuna de 37 milhões de mulheres em território chinês.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário