Assim Papa Francisco, ao grito de Coragem e paciência convidou os fieis a começarem a ajudar as pessoas que passam por dificuldades
Roma, 19 de Junho de 2013
Cidade do Vaticano, segunda-feira, 17 de Junho de 2013.
19h20. A Sala Nervi está repleta, multicolorida. Pessoas de todo o
mundo, adultos e crianças. 10 mil pessoas estão se preparando para ouvir
o discurso do Papa por ocasião do Congresso da Diocese de Roma.
Muitos outros não conseguem entrar. Estão do lado de fora, à sombra
da colunata que os protege. Mães, carrinhos de bebé, escoteiros. Todos
tem o ingresso na mão na esperança de conseguirem entrar. Bergoglio não
consegue passar. Há muita gente. Cumprimenta-os, um a um. Abençoa as
crianças e acaricia suas testas. Sorri.
Um estrondoso sucesso antes mesmo de começar. Todos entusiasmados.
Também quem permaneceu fora. Sentem a proximidade de um Papa diferente.
Um papa que não se perde em conversa fiada. É rápido, incisivo. Em
somente 40 minutos de discurso ensina e diverte. As câmaras focam
pessoas sorrindo. Ninguém está entediado.
"Os cristãos devem ser revolucionários", diz instintivamente o Papa.
Não devemos ficar sentados rezando, lamentando-nos ou esperando uma
ajuda do céu. Temos que actuar. Ir às periferias. Não desanimar-nos,
embora não seja fácil. Coragem é a palavra chave, afirma o pontífice.
Sem coragem não vamos a lugar nenhum. Devemos ser práticos. Temos que
testemunhar. As palavras sem os fatos não são nada. A paciência é
necessária.
"Não compreendo as comunidades fechadas”, afirma sorrindo. “Quando
uma comunidade é fechada, [...] é uma comunidade estéril. Não é
fecunda”. Em poucas palavras é inútil. Primeiramente Bergoglio denuncia
abertamente aquela parte de católicos que não contribuem para a difusão
do Evangelho. E por Evangelho entenda-se não somente as Sagradas
Escrituras, mas uma verdadeira e real contribuição prática.
Neste momento, o que se precisa é ir às periferias e ajudar quem tem
necessidade. Especialmente os jovens que precisam. Aqui Bergoglio só
pôde fazer uma reflexão profunda sobre a sociedade de hoje. Cada vez
mais adolescentes estão sem esperança. Fala-se de suicídios, depressões.
E é precisamente esta a tarefa do cristianismo hoje. Restaurar a
Esperança, restaurar a Vida com V maiúsculo.
"Não é uma tarefa fácil", mas é a nossa tarefa, é o nosso dever. Além
disso, "não somos penteadores de ovelhas, somos pastores”: essa é a
diferença. Somos uma revolução, a única que mudou o coração dos homens,
continua sorrindo Papa Francisco.
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