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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Francisco: O cristão não pode ser antissemita

Afirmação do Santo Padre perante o Comité Judaico Internacional


Roma, 25 de Junho de 2013


Ao meio-dia de ontem, segunda-feira, o Papa Francisco recebeu em audiência trinta membros da delegação do Comité Judaico Internacional para Consultas Inter-religiosas. O Santo Padre recordou que os vinte e um encontros anteriores ajudaram a reforçar a compreensão mútua e a amizade entre judeus e católicos.

Durante seu discurso, ele destacou o progresso no diálogo judaico-cristão, que está sendo realizado nos últimos 50 anos graças à clareza da declaração conciliar Nostra Aetate, que reconheceu a origem comum das duas religiões monoteístas.

Francisco quis recordar a base paulina do documento, que reflecte que o ensinamento do apóstolo no sentido de que "os dons e a chamada de Deus são irrevogáveis”.

Assim declarou enfaticamente perante os membros do comité judaico, que por raízes comuns, o cristão não pode ser anti-semita!

Ele recordou também os anos de diálogo que manteve enquanto conduzia o povo de Buenos Aires como arcebispo, onde pode reflectir sobre "as respectivas identidades religiosas, a imagem do homem contida nas Escrituras, como manter vivo o sentido de Deus em um mundo secularizado", valorizando "o mais importante" quando "como amigos, desfrutamos a presença um do outro (e) nos enriquecemos mutuamente (...) com uma atitude de aceitação mútua.

Ele terminou seu discurso incentivando o comité, composto por homens e mulheres, a continuar seu trabalho, buscando a participação das novas gerações.

Reacção de judeus italianos
Diante do discurso do Papa Francisco, o presidente da União das Comunidades Judaicas italianas, Renzo Gattegna, declarou sua satisfação por aquilo que foi dito pelo Papa, porque "em uma época marcada por tensões e momentos de crise, as religiões hoje, mais do que nunca, são chamadas a converter-se em promotores de valores e desafios comuns".

Em declaração ao jornal on-line Pagine Ebraiche, a advogado Cattegna disse que "o racismo, o ódio e a xenofobia são fenómenos não mais tolerável assim como as perseguições sofridas por muitos cristãos, por causa de sua crença”.  


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