Afirmação do Santo Padre perante o Comité Judaico Internacional
Roma, 25 de Junho de 2013
Ao meio-dia de ontem, segunda-feira, o Papa Francisco
recebeu em audiência trinta membros da delegação do Comité Judaico
Internacional para Consultas Inter-religiosas. O Santo Padre recordou
que os vinte e um encontros anteriores ajudaram a reforçar a compreensão
mútua e a amizade entre judeus e católicos.
Durante seu discurso, ele destacou o progresso no diálogo
judaico-cristão, que está sendo realizado nos últimos 50 anos graças à
clareza da declaração conciliar Nostra Aetate, que reconheceu a origem comum das duas religiões monoteístas.
Francisco quis recordar a base paulina do documento, que reflecte que o
ensinamento do apóstolo no sentido de que "os dons e a chamada de Deus
são irrevogáveis”.
Assim declarou enfaticamente perante os membros do comité judaico, que por raízes comuns, o cristão não pode ser anti-semita!
Ele recordou também os anos de diálogo que manteve enquanto conduzia o
povo de Buenos Aires como arcebispo, onde pode reflectir sobre "as
respectivas identidades religiosas, a imagem do homem contida nas
Escrituras, como manter vivo o sentido de Deus em um mundo
secularizado", valorizando "o mais importante" quando "como amigos,
desfrutamos a presença um do outro (e) nos enriquecemos mutuamente (...)
com uma atitude de aceitação mútua.
Ele terminou seu discurso incentivando o comité, composto por homens e
mulheres, a continuar seu trabalho, buscando a participação das novas
gerações.
Reacção de judeus italianos
Diante do discurso do Papa Francisco, o presidente da União das
Comunidades Judaicas italianas, Renzo Gattegna, declarou sua satisfação
por aquilo que foi dito pelo Papa, porque "em uma época marcada por
tensões e momentos de crise, as religiões hoje, mais do que nunca, são
chamadas a converter-se em promotores de valores e desafios comuns".
Em declaração ao jornal on-line Pagine Ebraiche, a advogado
Cattegna disse que "o racismo, o ódio e a xenofobia são fenómenos não
mais tolerável assim como as perseguições sofridas por muitos cristãos,
por causa de sua crença”.
in
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