Suprema Corte dos Estados Unidos declara que gene humano não pode ser patenteado
Roma, 18 de Junho de 2013
"A histórica decisão da Suprema Corte dos EUA declara que
gene humano não pode ser patenteado, como não pode ser patenteado tudo
que é considerado pertencente à natureza e seus fenómenos, reitera um
princípio fundamental: o corpo humano não é mercadoria" - declaram Paola
Ricci Sindoni e Domenico Coviello, presidente e vice-presidente da
Associação Ciência e Vida.
"Nos Estados Unidos, as sequências do DNA humano foram patenteadas,
consequentemente, empresas privadas utilizavam kits exclusivos de
diagnóstico, como para diagnosticar o risco de câncer de mama (BRCA1 e
BRCA2), comunicavam o resultado do teste, no entanto, mantinham
escondido todas as outras informações lidas no DNA dos pacientes que
foram analisados. Graças a esta decisão, que demarca claramente o
"natural" do "sintético", ou seja, o que é património de todos e o que é
produzido artificialmente, as patentes são canceladas e novas bases são
lançadas para o livre acesso à informação genética ".
"Na Europa, a legislação para esse efeito sempre foi mais cuidadosa,
afirmando que o DNA é património da humanidade e as informações nele
contidas, úteis em avanços diagnósticos e terapêuticos não podem ser
comercializadas, mas protegendo a privacidade dos pacientes,
compartilhadas entre todos os pesquisadores.
"A proibição do patenteamento do DNA não diz respeito apenas à
exploração comercial do genoma humano, mas, lembrando a lição de vida e
de ciência do professor Jerome Lejeune, esperamos que essa sentença
chame a atenção para todos os tipos de uso, também eugenético, que é
proposto ou perpetrado, muitas vezes, de modo fementido, também no mundo
científico”.
in
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