Igreja alerta sobre diminuição da percepção do risco
Madrid, 12 de Junho de 2013
A Igreja na Argentina lançou um alerta sobre “a crescente
tolerância social às drogas”, a “diminuição da percepção do risco” e a
“exclusão social” que as drogas provocam.
O alerta foi divulgado pela Pastoral Nacional sobre a Dependência
Química nesta segunda-feira, 10 de Junho, com a apresentação de um
relatório na sede da Conferência Episcopal Argentina.
O ato foi presidido por dom Jorge Lozano e pelos membros da comissão,
Horacio Reyser, Horacio Castellano e o pe. José Maria “Pepe” Di Paola,
antecipando o Dia Mundial de Luta contra o Uso Indevido e o Tráfico
Ilícito de Drogas, instituído pelas Nações Unidas e marcado para o dia
26 deste mês.
Dom Jorge Lozano afirma que "a venda de drogas é identificada hoje
como legítima" e que existem sectores sociais que vêem "com naturalidade o
facto de uma criança se drogar nas ruas". Prefere-se “criminalizar o
viciado” a "encarar as consequências e decisões" necessárias.
“A questão da droga”, disse Horacio Reyser, “é conhecida pela
sociedade, mas é não assumida como tal. A educação é fundamental.
Regiões diferentes, problemáticas diferentes”. E acrescentou um
agravante: “Notamos uma alta tolerância social ao consumo, com uma
diminuição na percepção do risco”.
Conforme foi afirmado pelo beato João Paulo II, prosseguiu Reyser,“o
problema da dependência das drogas é um problema de todos. E tem que
ficar bem claro, a mensagem que enviamos aos nossos jovens tem que ser
bem clara: não é bom você se drogar".
Castellanos, por sua vez, destacou a importância "da capacitação em
matéria de dependência de drogas” como “ferramenta de desenvolvimento na
formação de agentes que trabalham com os viciados".
O pe. Pepe Di Paola, conhecido pelo trabalho contra o uso das drogas
na “Villa 21” do bairro de Barracas, em Buenos Aires, apresentou o
documento “NÃO CRIMINALIZEMOS O DEPENDENTE”, enfatizando que "o usuário
não deve ser tratado como um delinquente, mas como um irmão”.
O padre precisou que este assunto é de responsabilidade do Estado,
“mas também da sociedade civil”, já que “a prevenção e a recuperação são
fundamentais para encarar esta questão”.
E convidou a sociedade a “encarar o problema no conjunto de tudo o
que envolve o jovem: a sua vida, a sua família, a sua saúde, se ele tem
trabalho, se ele estuda".
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