Mensagem dos bispos do nordeste da Itália para este 1º de Maio
Roma, 29 de Abril de 2013
"É hora de mudar de marcha, renovando o compromisso e a
disponibilidade de todos para o trabalho: bancos, empresas, sindicatos,
sociedade civil, comunidade política". É o que afirmam os bispos da
região italiana do Trivêneto em sua mensagem de 1º de maio, publicada
ontem nos semanários diocesanos do nordeste da Itália. Temos que
"recomeçar a partir do trabalho, no âmbito da economia e no âmbito da
iniciativa política e social", destacam os bispos no texto que foi
desenvolvido em Roma, durante a sua recente visita ad limina.
A mensagem transmite "proximidade humana e cristã àqueles que
sofrem pela falta desse bem necessário à realização na vida, que é o
trabalho. O trabalho sempre foi e é considerado pela Igreja como um
direito humano fundamental; de certa forma, a ferramenta indispensável
para se abordarem e solucionarem as várias questões sociais".
“A crise é muito grave”, continuam os bispos, “e nós, como realidade
eclesial, também estamos envolvidos nela com íntima e dolorosa
participação. Uma participação que cresce mais a cada dia e que,
juntamente com as nossas dioceses, nos leva a compartilhar o drama
diário de pessoas, especialmente de trabalhadores e empreendedores, que
estão sem trabalho e sem futuro; de famílias perturbadas pela incerteza
paralisante e pelo sentir-se no meio de uma estrada que não leva a lugar
nenhum; de jovens rejeitados pelo mercado de trabalho e que têm negada a
oportunidade de começar uma família e de realizar a própria
personalidade".
Além do trabalho, prosseguem, "é de salvaguardar-se o bem imensurável
da coesão social e, acima de tudo, da coesão espiritual e cultural dos
nossos povos, que, enriquecidos pelo dom da fé e pelo trabalho exemplar e
inteligente, têm sido capazes de realizar obras memoráveis de
desenvolvimento humano ao longo dos anos. Uma visão renovada e
compartilhada do valor do trabalho, do direito a ele e dos direitos que
acompanham o seu exercício: é isto o que permitirá a prática das
exigências éticas fundamentais, muito urgentes, que traçam o perfil
integral, comunitário e solidário dos processos do nosso desenvolvimento
e da nossa convivência".
in
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