Sociólogo Massimo Introvigne: Europa tem 41 leis potencialmente negativas para a liberdade religiosa dos cristãos em 15 países
Roma, 22 de Maio de 2013
As discriminações administrativas e legais contra os
cristãos na Europa vêm aumentando, afirma o sociólogo italiano Massimo
Introvigne, coordenador do Observatório da Liberdade Religiosa, criado
pelo Ministério dos Assuntos Exteriores da Itália. Introvigne acaba de
participar da conferência da OSCE (Organização para a Segurança e
Cooperação na Europa) em Tirana, Albânia, sobre a não-discriminação, e
apresenta hoje, em Viena, o relatório do Observatório sobre a
intolerância e discriminação contra os cristãos na Europa.
"Nós enumeramos 41 leis na Europa que podem ter efeitos negativos
sobre a liberdade religiosa dos cristãos em 15 países, entre os quais,
felizmente, não está a Itália. Também relatamos 169 casos de sentenças
em tribunais europeus, no decorrer de 2012, que nós julgamos perigosas
para a liberdade dos cristãos".
"Os âmbitos mais perigosos são os limites para a objecção de
consciência dos cristãos que não querem se render ao aborto, à venda de
pílulas abortivas ou aos casamentos homossexuais; os limites para a
liberdade de pregação, impostos por leis contra o chamado "discurso do
ódio"; os limites para a liberdade das escolas confessionais e para a
liberdade de educação dos pais; e as limitações para o uso de símbolos
religiosos".
O sociólogo relata que 74% dos cristãos europeus se consideram
discriminados em relação às religiões de outras pessoas e aos ateus; 71%
acham que a media em geral não respeita os cristãos; e 61% acreditam
que os cristãos são discriminados no local de trabalho. "É claro que
seria errado igualar a violência assassina contra os cristãos em alguns
países da África e da Ásia e a discriminação jurídica e administrativa
na Europa. Mas, em termos de liberdade religiosa, aplica-se a lógica do
plano inclinado. Onde a discriminação se torna normal, a transição para a
violência nunca está longe".
in
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