Arriscou a vida durante a perseguição aos cristãos para proteger os religiosos
Roma, 13 de Maio de 2013
Maria Guadalupe García Zavala, conhecida como Madre
Lupita,foi co-fundadora da Congregação das Servas de Santa Margarida
Maria e dos Pobres, junto ao seu director espiritual Padre Cipriano
Iñiguez.
Nasceu em Zapopan, Jalisco, México, em 27 de Abril de 1878. Seus pais eram Fortino Garcia e Refugio Zavala.
Aos 23 anos de idade, já prometida em casamento, sentiu a vocação
religiosa. Seu director espiritual, padre Cipriano Iñiguez Martin del
Campo, compreendeu a sua vocação e levou-a a fundar a congregação
religiosa das Servas de Santa Margarida Maria e dos Pobres, na qual
dedicou sua vida aos doentes e desamparados.
Viveu em um período perturbado pela perseguição religiosa, nos anos
da Cristiada, que a partir de 1911 com a queda do presidente Porfirio
Diaz, foi se agravando até 1936, com perseguições por parte dos
revolucionários Venustiano Carranza, Alvaro Obregón, Pancho Villa, e
Plutarco Elías Calles. O período mais sangrento foi entre 1926 e 1929.
Mesmo arriscando sua vida, Madre Lupita escondeu no hospital vários
padres e bispos, entre eles o arcebispo de Guadalajara Francisco Orozco y
Jiménez. Por outro lado, dava comida e cuidados médicos aos soldados
perseguidores.
"Naquela época, nenhuma das religiosas deixou a congregação,
especialmente porque contaram com a ajuda dos sacerdotes e do padre
fundador, hoje Servo de Deus, para permanecerem firmes. Em
contrapartida, outras congregações enviaram suas religiosas para suas
casas para se refugiarem até que tudo tivesse passado". Disse a ZENIT
uma das religiosas da Congregação na Itália, irmã Helen Ruiz, que é
também secretária do postulador da causa, padre Oscar Sánchez Barba.
Irmã Helen recordou que Madre Lupita “tinha uma caridade operosa,
enxergava tudo com os olhos de Deus". “O fato de ser canonizada a tornou
mais conhecida, por exemplo, nas duas paróquias que temos em Roma” -
afirmou.
"Nós - concluiu a religiosa - estamos muito emocionadas. É um momento
para aprofundar nossa vocação e espiritualidade, e isso nos dá muita
força”.
Testemunhas que conheciam Madre Lupita recordam que ela muitas vezes
realizava o trabalho de enfermeira ajoelhada para cuidar dos doentes, e
apesar da carência de muitas coisas, tentava cuidar com muito zelo da
vida espiritual dos enfermos.
Madre Lupita foi Superiora Geral da Congregação ao longo de sua vida e
soube renunciar as comodidades aceitando com alegria uma vida sóbria e
sacrificada. Hoje, as Servas de Santa Margarida Maria e dos Pobres
contam com 22 fundações no México, Peru, Islândia, Grécia e Itália.
Faleceu em 24 de Junho de 1963, em Guadalajara, México, com 85 anos, já
com fama de santidade.
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