Na tragédia da guerra, os gestos da caridade aparecem como um dom ainda mais luminoso e comovente.
Alepo, 13 de Maio de 2013
Noventa deficientes obrigados a fugir do bairro de Cheikh
Maksoud, em Alepo – uma área conquistada nas semanas passadas pelas
milícias contra Assad – receberam acolhimento numa hospedaria do
Vicariato apostólico de Alepo, mas agora suas condições estão em risco
pela falta de água que se tonou crônica na metrópole martirizada pela
guerra civil, informou a agência de Notícias Fides.
“Os deficientes, todos muçulmanos”, refere de Alepo à Agência Fides
o padre David Fernandez, missionário católico do Instituto do Verbo
Encarnado, “tiveram que fugir da casa que os abrigava, como fizeram
quase todos os habitantes do bairro de Cheikh Maksoud. Procuravam um
lugar onde encontrar refúgio, e o Vicariato apostólico colocou à
disposição uma residência para estudantes no momento desabitada.
Mas agora falta água, aumenta o calor e aqueles pobres deficientes se
encontram em graves dificuldades. Muitos são enfermos. Os voluntários
que os ajudam passam todo o tempo em busca do indispensável para viver”. Além dos refugiados deficientes na residência estudantil, outros
idosos e enfermos, nas mesmas condições, recebem os cuidados das Irmãs
de Madre Teresa. “Na tragédia da guerra”, comenta padre Fernandez, “os
gestos da caridade aparecem como um dom ainda mais luminoso e
comovente”.
O missionário confirma à Fides que na semana passada muitos misseis e
tiros foram disparados pelas milícias anti-regime no bairro de
Sulaymaniyah, onde moram muitos cristãos. O objectivo dos ataques era uma
sede do exército governativo, mas vários tiros atingiram casas de
civis. Foi danificada também a sede metropolitana sírio-ortodoxa, onde
normalmente reside Mar Gregorios Yohanna Ibrahim, um dos dois bispos de
Alepo sequestrados (o outro é o metropolita greco-ortodoxo Boulos
al-Yazigi) há quase 3 semanas e que ainda estão em mãos de
desconhecidos.
(Fonte: Agência Fides)
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