Conselho Pontifício para os Migrantes
Roma, 22 de Maio de 2013
No último dia 21 de Maio, bispos e representantes de Igrejas
na Jordânia convocaram uma “marcha de tochas silenciosas” em favor de
dois bispos sírios raptados em 22 de Abril de 2013.
Eles justificaram a medida em um comunicado: “Após um mês do rapto
de Paul Yazigi, da Igreja Ortodoxa Grega, e Mar Gregorios Yohanna
Ibrahim, da Igreja Ortodoxa Siríaca, bem como de outros sacerdotes da
Síria, os bispos e representantes da Igreja da Jordânia expressam sua
“condenação” quanto ao rapto, um acontecimento “inaceitável” que
“suscita preocupações, não somente por suas vidas”, mas pela “moral do
povo sírio", especialmente dos fieis dos dois bispos.
Yohanna Ibrahim e Paul Yaziji “são conhecidos por sua erudição, pelo
amor a sua cidadania e por sua liderança espiritual moderada”, diz a
nota, que considera que tal ato envolve “duas das mais importantes
figuras árabes cristãs de nosso tempo”.
As Igrejas na Jordânia desejam “que a caminhada silenciosa com
tochas, bem como as orações e apelos abrandem os corações e motivem o
retorno seguro dos queridos bispos”.
Eles expressaram sua “solidariedade” com o Patriarcado Grego-Ortodoxo
e a Igreja Ortodoxa Siríaca, e convocaram todos à oração, em união com
“as duas Igrejas irmãs” e “todas as Igrejas do mundo”, cujos dirigentes
“jamais deixaram de apelar a todas as pessoas de consciência e de boa
vontade” pela libertação dos bispos.
Chamando à “solidariedade fraterna e a unidade nacional os seguidores
do Islão e do Cristianismo” no Oriente Médio, os líderes e
representantes das Igrejas reafirmam o “papel de relevo” dos cristãos
árabes “ao lado de seus irmãos muçulmanos”: “Os cristãos árabes são
parte integrante da civilização árabe-islâmica, e todos nós devemos
trabalhar para manter a promoção da presença cristã e reduzir a
imigração”, escrevem eles.
Eles rezam pelo restabelecimento da “tranquilidade e da estabilidade
na amada Síria” e pela “graça da segurança, estabilidade e unidade
nacional” da Jordânia, apelando, finalmente, “pelo respeito aos lugares
santos na Palestina, particularmente na Jerusalém Oriental.”
(Traduzido do original francês por Cristian José Oliveira Santos)
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