Em Beirute, de 21 a 25 de Maio
Madrid, 24 de Maio de 2013
O poder, a injustiça social, a ameaça do extremismo e as
relações entre cristãos e muçulmanos estão entre os principais temas da
conferência que acontece em Beirute de 21 a 25 de maio sobre a presença e
o testemunho dos cristãos no Oriente Médio. Participa o patriarca Fouad
Twal, conforme nota divulgada no site do patriarcado latino em
Jerusalém.
A conferência é organizada pelo Conselho Ecuménico das Igrejas
(CEI) e reuniu cerca de 150 participantes, procedentes não só do Oriente
Médio. Participam representantes das Igrejas e de organizações
ecuménicas e internacionais.
O comité central do CEI, de acordo com o comunicado no site do
patriarcado latino, reflecte a preocupação manifestada em 2011, que dizia
que "o CEI sempre olhou para o Oriente Médio como uma região de
particular interesse por ser berço do judaísmo, do cristianismo e do
Islão. Sem esta presença cristã, a convivência entre os povos de
diferentes religiões, culturas, civilizações, que é um sinal do amor de
Deus por toda a humanidade, estará em perigo". O comunicado observa
também que o período histórico da “primavera árabe" levou o Oriente
Médio a "um ponto de inflexão perigoso e sanguinário”.
O patriarca latino Fouad Twal recordou na manhã de quarta-feira, 22
de maio, que "nós, cristãos do Oriente Médio em geral e da Terra Santa
em particular, não somos peregrinos nesta terra, mas parte integrante da
sua identidade e do seu solo". Twal manifestou sua solidariedade "para
com cada família de refugiados e para com cada mártir amado, para com
cada proprietário de uma casa demolida na região, em particular durante
as acções impiedosas que acontecem nestes dias em nossa querida Síria.
Nós, filhos da Terra Santa, compreendemos muito bem o significado das
palavras desalojamento, expulsão, homicídio, injustiça, evacuação e
exílio".
A este propósito, o patriarca assegura que "não há nenhuma dúvida de
que o problema palestino está no centro de todos os conflitos no Oriente
Médio nos últimos cem anos". E considera "cada vez mais triste" que "os
meios de comunicação e a comunidade internacional tenham parado de
recordar a nossa difícil situação e voltado toda a sua atenção para a
situação síria". Segundo ele, a comunidade internacional não deve "fugir
desta verdade".
E complementa: "Apelemos por uma acção séria em prol da verdadeira paz
na Terra Santa, com a eliminação da injustiça histórica que afectou o
povo palestino. Com base na justiça, na verdade, no amor e na liberdade,
estabelecidas em conformidade com a legitimidade das resoluções
internacionais, que são descumpridas todos os dias, e nos direitos
humanos legítimos, começando pelo direito à autodeterminação".
in
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