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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Que o encontro entre Francisco e Tawadros II ajude a redescobrir-nos unidos no baptismo

Em seu discurso dirigido ao Patriarca copta ortodoxo, o actual Sucessor de Pedro evocou a alegria de "reconhecer-se unidos pelo único Baptismo"


Cairo, 14 de Maio de 2013


“O encontro entre Papa Francisco e Papa Tawadros II gerou alegria, principalmente entre as pessoas mais simples. Agora, o auspício é que o caminho para a unidade possa avançar com passos concretos e difíceis”. Assim como refere à Agência Fides Sua Beatitude Ibrahim Isaac Sidrak, Patriarca de Alexandria dos coptas católicos, delineando as esperanças acesas também na comunidade católica egípcia com o recente encontro entre o Bispo de Roma e o Patriarca copta ortodoxo.

Segundo S.B. Sidrak, “o próprio facto de se hospedar na mesma residência, a Domus Sanctae Marthae, permitiu a Francisco e Tawadros encontrarem-se, além de no encontro oficial, também em outros momentos de confronto e oração. E um contexto familiar como este faz emergir muitas coisas”.

Quinta-feira, 9 de maio, no momento de sua chegada à residência Santa Marta, Papa Tawadros foi recebido na porta pelo próprio Papa Francisco. Em seu discurso dirigido ao Patriarca copta ortodoxo, o actual Sucessor de Pedro evocou a alegria de “reconhecer-se unidos pelo único Baptismo, do qual é expressão especial a nossa oração comum, que olha ao dia em que, realizando-se o desejo do Senhor, poderemos comungar do mesmo cálice”.

Segundo o Patriarca copta católico Sidrak, “para alcançar a comunhão, o caminho é longo e talvez será preciso tempo, mas seria já importante reconhecer, no plano concreto, que nós e nossos irmãos coptas ortodoxos compartilhamos o mesmo baptismo”.

Na Igreja copta ortodoxa prevalece ainda a praxe de rebaptizar os novos membros provenientes da Igreja católica. O Patriarca Tawadros – como está se dizendo – pode colocar a questão na agenda, em um futuro sínodo. A prática dos cristãos “rebaptizados” cria maus entendidos e escândalos, contradizendo os convites a um testemunho compartilhado do Evangelho.

O Patriarca copta católico Sidrak aprecia o fato que nos discursos oficiais do Papa e do Patriarca copta ortodoxo não houve referências directas à complicada fase política e social egípcia: “Tratou-se de um encontro eclesial. Foi muito bonita e espiritual a referência do Papa Francisco ao “ecumenismo do sofrimento”, mas qualquer interpretação exclusivamente em chave política poderia limitar a importância de suas palavras. Nossa unidade não pode jamais se reduzir a uma aliança política contra um inimigo comum”. (Agência Fides, 14-05-2013).



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