«Os seres humanos não são cobaias»
Actualizado 4 de Abril de 2013
Zenit / ReL
A organização francesa Alliance VITA está satisfeita: a Assembleia Nacional francesa mantém a proibição da investigação com embriões humanos.
A Assembleia examinou, no passado dia 28 de Março, uma proposta de lei com vista, sem real debate prévio, a autorizar a investigação que destrói o embrião humano.
Para Alliance VITA, este texto teria subvertido as condições da investigação com embriões e células mãe embrionárias, suprimindo a proibição do princípio para substituí-la por um quadro mais amplo e ambíguo.
Esta discussão teve lugar sem que os franceses tivessem sido previamente consultados pelos estados gerais, como o prevê a lei de bioética de 7 de Julho de 2011.
O doutor Xavier Mirabel, presidente da Alliance VITA, congratula-se pelo compromisso dos deputados. A organização tinha alertado sobre um texto que "teria provocado uma regressão ética e científica absurda. Pois não há nenhuma razão científica para tratar o embrião humano como uma cobaia de laboratório".
"O prémio Nobel de medicina acaba de ser concedido ao japonês Shinya Yamanaka e ao britânico John Gurdon pelos seus descobrimentos sobre a reprogramação nuclear, que é uma técnica ética. Autorizando explicitamente a investigação com embriões encaminhada à sua destruição, a proposta de lei subverte um princípio bioético maior que confere ao embrião humano uma protecção simbólica. Recordo que a investigação com embriões não deu nenhum resultado provado no dia de hoje, e que os outros países se votam até às células mãe reprogramadas (iPS)".
"A título de exemplo, a sociedade estadunidense Geron, que tinha anunciado um ensaio clínico à base de células mãe embrionárias em 2009, pôs fim às suas investigações em 2011, à falta de resultados provados; em sentido inverso o Japão acaba de anunciar uma investigação clínica à base de células iPS relativa a uma doença ocular, o que seria uma première mundial muito prometedora».
Alliance VITA pede ao Parlamento e ao governo francês que privilegiem as investigações éticas e recorda que pede uma moratória para a congelação de embriões humanos. Na sua ausência, é necessário aplicar estritamente a lei bioética, limitando as derrogações demasiado amplamente concedidas ao princípio de proibição que continua em vigor.
A Alliance VITA recorda que a França continua em plena contradição com as directivas europeias que proíbem toda a patente relacionada com o embrião humano e a convenção de Oviedo que, no seu artigo 18, exige uma "protecção adequada" da qual devem beneficiar os embriões in vitro.
A Alliance VITA, com outras associações homólogas, empenha-se em exigir o cessar do financiamento por parte da União europeia à investigação com embriões que implique a sua destruição, como pediu a Comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento europeu, no quadro do exame do programa-quadro para a investigação e a inovação «Horizon 2020».
Convida todos os cidadãos europeus preocupados por uma investigação ética a que assinem a iniciativa cidadã europeia: (www.unodenosotros.eu, que podem assinar também os espanhóis) que pede que acabe a financiamento destas investigações com fundos europeus.
Escandalosamente passada no Senado em Dezembro a proposta de lei para levantar a proibição não passou, contra toda expectativa, na Assembleia Nacional.
Activaram-se dezenas de milhares de cidadãos, liderados pela campanha Vous trouvez ça normal? da Fundação Jérôme Lejeune, determinados a não deixar que a técnica domine sobre o humano, definição mesma da bioética.
Os 52.000 assinantes da petição, e as cem mil cartas de protesto enviadas aos deputados apoiaram, animaram e mobilizaram alguns de entre eles para quem os Estados Gerais da revisão da lei de bioética de 2011 eram uma recordação todavia fresca e cujos resultados não deviam ser desperdiçados em silêncio.
A Fundação Jérôme Lejeune alegra-se por esta vitória. Chama a continuar mobilizados em França: em teoria, o texto pode todavia ser proposto de novo por outro grupo parlamentar ou pelo governo. A Fundação lança uma mobilização junto à Alliance VITA e às AFC no quadro da iniciativa cidadã europeia "Um de nós" que visa por fim ao financiamento da União Europeia da investigação com embriões humanos.
Actualizado 4 de Abril de 2013
Zenit / ReL
A organização francesa Alliance VITA está satisfeita: a Assembleia Nacional francesa mantém a proibição da investigação com embriões humanos.
A Assembleia examinou, no passado dia 28 de Março, uma proposta de lei com vista, sem real debate prévio, a autorizar a investigação que destrói o embrião humano.
Para Alliance VITA, este texto teria subvertido as condições da investigação com embriões e células mãe embrionárias, suprimindo a proibição do princípio para substituí-la por um quadro mais amplo e ambíguo.
Esta discussão teve lugar sem que os franceses tivessem sido previamente consultados pelos estados gerais, como o prevê a lei de bioética de 7 de Julho de 2011.
O doutor Xavier Mirabel, presidente da Alliance VITA, congratula-se pelo compromisso dos deputados. A organização tinha alertado sobre um texto que "teria provocado uma regressão ética e científica absurda. Pois não há nenhuma razão científica para tratar o embrião humano como uma cobaia de laboratório".
"O prémio Nobel de medicina acaba de ser concedido ao japonês Shinya Yamanaka e ao britânico John Gurdon pelos seus descobrimentos sobre a reprogramação nuclear, que é uma técnica ética. Autorizando explicitamente a investigação com embriões encaminhada à sua destruição, a proposta de lei subverte um princípio bioético maior que confere ao embrião humano uma protecção simbólica. Recordo que a investigação com embriões não deu nenhum resultado provado no dia de hoje, e que os outros países se votam até às células mãe reprogramadas (iPS)".
"A título de exemplo, a sociedade estadunidense Geron, que tinha anunciado um ensaio clínico à base de células mãe embrionárias em 2009, pôs fim às suas investigações em 2011, à falta de resultados provados; em sentido inverso o Japão acaba de anunciar uma investigação clínica à base de células iPS relativa a uma doença ocular, o que seria uma première mundial muito prometedora».
Alliance VITA pede ao Parlamento e ao governo francês que privilegiem as investigações éticas e recorda que pede uma moratória para a congelação de embriões humanos. Na sua ausência, é necessário aplicar estritamente a lei bioética, limitando as derrogações demasiado amplamente concedidas ao princípio de proibição que continua em vigor.
A Alliance VITA recorda que a França continua em plena contradição com as directivas europeias que proíbem toda a patente relacionada com o embrião humano e a convenção de Oviedo que, no seu artigo 18, exige uma "protecção adequada" da qual devem beneficiar os embriões in vitro.
A Alliance VITA, com outras associações homólogas, empenha-se em exigir o cessar do financiamento por parte da União europeia à investigação com embriões que implique a sua destruição, como pediu a Comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento europeu, no quadro do exame do programa-quadro para a investigação e a inovação «Horizon 2020».
Convida todos os cidadãos europeus preocupados por uma investigação ética a que assinem a iniciativa cidadã europeia: (www.unodenosotros.eu, que podem assinar também os espanhóis) que pede que acabe a financiamento destas investigações com fundos europeus.
Escandalosamente passada no Senado em Dezembro a proposta de lei para levantar a proibição não passou, contra toda expectativa, na Assembleia Nacional.
Activaram-se dezenas de milhares de cidadãos, liderados pela campanha Vous trouvez ça normal? da Fundação Jérôme Lejeune, determinados a não deixar que a técnica domine sobre o humano, definição mesma da bioética.
Os 52.000 assinantes da petição, e as cem mil cartas de protesto enviadas aos deputados apoiaram, animaram e mobilizaram alguns de entre eles para quem os Estados Gerais da revisão da lei de bioética de 2011 eram uma recordação todavia fresca e cujos resultados não deviam ser desperdiçados em silêncio.
A Fundação Jérôme Lejeune alegra-se por esta vitória. Chama a continuar mobilizados em França: em teoria, o texto pode todavia ser proposto de novo por outro grupo parlamentar ou pelo governo. A Fundação lança uma mobilização junto à Alliance VITA e às AFC no quadro da iniciativa cidadã europeia "Um de nós" que visa por fim ao financiamento da União Europeia da investigação com embriões humanos.
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