As pessoas defenderam as religiosas
Actualizado 5 de Abril de 2013
ReL
Uma notificação do City Hall de Miami chegou às Missionárias da Caridade da Madre Teresa com data de 20 de Março: informava-as de que era ilegal alimentar diariamente 300 pobres. Mais concretamente: ´se trata de um negócio sem as licenças requeridas e por isso é ilegal debaixo da lei estatal e local´.
Esta nota classificava essa ajuda como negócio e advertia da possibilidade de uma multa de até 100 dólares diários.
Trata-se de uma casa-refúgio das "calcutás" próximo do hospital Jackson Memorial e da Universidade de Miami, zona onde as monjas partilham diariamente alimento com os mais necessitados.
"Nós não estamos operando um negócio. O nosso negócio é fazer o bem", assegurou à imprensa a superiora do convento, a irmã Lima Marie. A monja perguntou além disso "O que estamos violando?", e assinalou que a missão desta congregação é a de "saciar a sede de Jesus na Cruz mediante o trabalho pela salvação e santificação da alma".
As calcutás têm 710 centros em 133 países, incluindo regimes comunistas, muçulmanos ou budistas, e costumam ser recebidas com admiração e apoio, não com denúncias municipais.
De imediato o advogado Tom Equels e a sua esposa Laura apresentaram-se para defender as religiosas, recordando, por exemplo, que não tem sentido pedir-lhes autorizações e mostrando documentos municipais de Miami que lhes demonstram uma autorização especial desde 1982 para desenvolver os seus trabalhos.
Além disso, quando The New Herald publicou a história, dezenas de chamadas de telefone e cartas de protesto chegaram ao City Hall, indignadas pelo acosso ao serviço das religiosas com os pobres.
Finalmente, pressionado pelo protesto popular e a documentação apresentada, o director de regulamentos de Miami, Orlando Diez, anunciou: "não vou fechar o lugar, se não se resolve [esta sexta-feira 5], terão a autorização de uso que necessitam na segunda-feira".
Evidentemente, onde há calcutás há pobres e onde há pobres há gente que se queixa. Anteriormente partilhavam comidas numa missão de rua, junto a um bairro de gente anciã (e acomodada), que não gostavam de ver as filas de 300 pessoas necessitadas na rua, "bloqueando a passagem". "Muitos residentes têm medo", dizia o seu representante mostrando fotos e vídeos de pobres.
As religiosas e os seus associados da Camillus House retiraram-se para outra zona e mudaram o sistema: em vez de alimentar os necessitados em geral, centraram-se nos sem tecto que participam nos programas do refúgio e que dormem nas suas instalações.
Actualizado 5 de Abril de 2013
ReL
Uma notificação do City Hall de Miami chegou às Missionárias da Caridade da Madre Teresa com data de 20 de Março: informava-as de que era ilegal alimentar diariamente 300 pobres. Mais concretamente: ´se trata de um negócio sem as licenças requeridas e por isso é ilegal debaixo da lei estatal e local´.
Esta nota classificava essa ajuda como negócio e advertia da possibilidade de uma multa de até 100 dólares diários.
Trata-se de uma casa-refúgio das "calcutás" próximo do hospital Jackson Memorial e da Universidade de Miami, zona onde as monjas partilham diariamente alimento com os mais necessitados.
"Nós não estamos operando um negócio. O nosso negócio é fazer o bem", assegurou à imprensa a superiora do convento, a irmã Lima Marie. A monja perguntou além disso "O que estamos violando?", e assinalou que a missão desta congregação é a de "saciar a sede de Jesus na Cruz mediante o trabalho pela salvação e santificação da alma".
As calcutás têm 710 centros em 133 países, incluindo regimes comunistas, muçulmanos ou budistas, e costumam ser recebidas com admiração e apoio, não com denúncias municipais.
De imediato o advogado Tom Equels e a sua esposa Laura apresentaram-se para defender as religiosas, recordando, por exemplo, que não tem sentido pedir-lhes autorizações e mostrando documentos municipais de Miami que lhes demonstram uma autorização especial desde 1982 para desenvolver os seus trabalhos.
Além disso, quando The New Herald publicou a história, dezenas de chamadas de telefone e cartas de protesto chegaram ao City Hall, indignadas pelo acosso ao serviço das religiosas com os pobres.
Finalmente, pressionado pelo protesto popular e a documentação apresentada, o director de regulamentos de Miami, Orlando Diez, anunciou: "não vou fechar o lugar, se não se resolve [esta sexta-feira 5], terão a autorização de uso que necessitam na segunda-feira".
Evidentemente, onde há calcutás há pobres e onde há pobres há gente que se queixa. Anteriormente partilhavam comidas numa missão de rua, junto a um bairro de gente anciã (e acomodada), que não gostavam de ver as filas de 300 pessoas necessitadas na rua, "bloqueando a passagem". "Muitos residentes têm medo", dizia o seu representante mostrando fotos e vídeos de pobres.
As religiosas e os seus associados da Camillus House retiraram-se para outra zona e mudaram o sistema: em vez de alimentar os necessitados em geral, centraram-se nos sem tecto que participam nos programas do refúgio e que dormem nas suas instalações.
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